30 de outubro de 2011

Van Persie dos bons tempos

Van Persie! Este foi nome da rodada no Campeonato Inglês deste último fim de semana. O atacante do Arsenal acabou com o Chelsea em Stamford Bridge. O hat-trick do holandês foi de suma importância para os Gunners vencerem os Blues por 5 a 3.

Este foi mais um jogo em que as defesas dos times ingleses sofreram bastante, assim como a do Manchester United quando perdeu para o City por 6 a 1, entre outros resultados acachapantes.

Melhor para os centroavantes, melhor ainda para o atacante Van Persie que conseguiu realizar sua primeira grande partida no inglês. E logo em um clássico, se não for o maior rival, é um dos maiores rivais dos Gunners na terra da rainha.

A ascendência do Arsenal que saiu das últimas posições para alcançar a sétima colocação, faz acreditar que, a equipe de Londres pode chegar para brigar ao menos pela Liga dos Campeões. Enquanto a disputa pelo titulo, os próprios jogadores sabem que é muito difícil se igualar ao City e ao United, por exemplo, e não estou falando de pontos.

Van Persie não desfruta de muita técnica, como outros artilheiros: Rooney, Aguero ou Torres, mas possui qualidade suficiente para ajudar o Arsenal a voltar pelas primeiras posições para a alegria dos torcedores do terceiro maior clube da Inglaterra, em números de conquistas no país.

E tentar os melhores dias para o artilheiro holândes na Premier League, que o elegeu como o melhor em 2009 (mês de novembro) e 2005 (mês de outubro).

Títulos na carreira:

Arsenal

§ FA Community Shields: 2004

§ FA Cup: 2004-05

Por Gustavo Bezerra (@gugagk)

6 de outubro de 2011

O melhor dos piores


Quem assistiu ao clássico entre Liverpool e Everton viu que o time azul fazia um jogo equilibrado até a expulsão, injusta, do volante Rodwell aos 30 minutos do primeiro tempo. Mesmo assim, os Reds foram marcar apenas na metade na metade da segunda etapa.

Isso prova que o Everton é um time muito organizado e com bons jogadores. Nas últimas temporadas, acostumou-se a terminar na sétima colocação da Premier League, posição que significa ser o melhor dos piores.

Com um orçamento baixo, o time dirigido há nove anos por David Moyes não consegue enfrentar o top 6, formado por Manchester United, Manchester City, Arsenal, Chelsea, Liverpool e Tottenham. A equipe não faz contratações caras e muda muito pouco o elenco de uma temporada a outra.

Se grandes estrelas não chegam, o clube também não faz muitas vendas, o que garante o entrosamento dentro de campo. Difícil lembrar de jogadores que saíram do Everton para figurar nos grandes clubes do país. Nas últimas temporadas destaco apenas três transações. O jovem Rooney, que desde cedo mostrava potencial para ser uma grande estrela, foi para o Manchester United. O zagueiro Lescott saiu para o Manchester City, enquanto, há poucas semanas, Arteta se transferiu ao Arsenal.

São poucas saídas, se considerarmos que o Everton faz boas campanhas nos últimos campeonatos. O time montado por Moyes não é vistoso e nem conta com grande técnica. Entretanto, é muito competitivo e difícil de ser batido.

O time azul conta com refugos de grandes clubes, como o goleiro Howard, o lateral/volante Phil Neville, o zagueiro Distin e o atacante Saha. As estrelas do time são o ótimo zagueiro Jagielka, o desengonçado volante/meia Fellaini e o meia-atacante australiano Cahill (foto), que, apesar de baixo, é ótimo do jogo aéreo e sempre marca seus golzinhos. Revelações como Rodwell e o meia Coleman também já começam a ganhar espaço.

Mesmo os principais jogadores do time não seriam titulares absolutos em equipes do top 6 (talvez apenas Jagielka). Assim como Arteta, que só chegou com status no Arsenal pois o caos se instalou nos Gunners após a derrota de 8 a 2 contra o rival Manchester United, e já mostrou que não será substituto de Fabregas ou Nasri. O espanhol, assim como Cahill, é apenas um bom jogador.

Nas últimas temporadas, o Everton sempre começa mal e vai se recuperando com o tempo. Passadas sete rodadas, o time é o 13º, mas tem um jogo a menos que os demais. Uma vitória nesse duelo já leva a equipe a 8ª colocação. Uma campanha consistente, com um futebol sólido, mas nunca bonito de se ver. É certo que o Everton será assim. O título de melhor dos piores, isto é, a 7ª colocação, também é muito provável.