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3 de novembro de 2011

Somos grandes


Por: Henrique Munhos (@HenriqueMunhos)

Um time de grandeza mundial não surge de uma hora para outra. Desde 2008, quando foi comprado pelo Shiek Mansour, todo mundo espera que o Manchester City se torne essa potência. Desde então, apenas um título, que foi a Copa da Inglaterra na última temporada. A classificação para a Champions League também veio somente para esse ano. Muito pouco para quem gastou rios de dinheiro ano após ano.

Finalmente, o panorama mudou. O Manchester City foi consertando os erros pouco a pouco e avisou que seria candidato a tudo que disputasse em 2011/2012. Se alguém tinha alguma dúvida, a goleada de 6 a 1 sobre o rival Manchester United, na casa do adversário, serviu para acabar com os questionamentos. Duas vitórias sobre o Villarreal, após um começo claudicante na Champions League, foi outro aviso.

Após seguidas demissões de treinadores, o Manchester City deu confiança a Roberto Mancini, que encontrou no 4-2-3-1 a melhor formação para a equipe azul. O sistema, ao mesmo tempo protege bem a zaga, já que 9 jogadores marcam, garante muita movimentação do meio para a frente.

Barry e Yaya Toure (foto) são volantes com qualidade no passe e que tem boa chegada a frente (principalmente o marfinense). A frente deles, o trio de meias não guarda posição fixa. David Silva, Milner (ou Nasri) e Aguero se mexem muito e dificultam a marcação adversária.

Mais do que um técnico de confiança e um sistema de jogo eficiente, um time que se dispõe a brigar por todos os títulos tem de contar com estrelas que decidam jogos. O City conta. Enquanto Aguero é artilheiro da Premier League, David Silva é o melhor jogador da competição até o momento. O espanhol, que é parece ser uma cópia de Iniesta, está em todos os cantos do campo, cria, chega a frente a ainda marca seus golzinhos. Na frente, Dzeko e Balotelli estão colocando as bolas na rede, que é função primordial do centroavante.

Um time de grandeza mundial tem de ter elenco. O City tem. Nasri ficou no banco contra os Red Devils, assim como Dzeko. Os dois, assim como Kolarov, Kolo Toure. Adam Johnson e De Jong (reservas na maioria dos jogos), seriam em titulares em muitos times do mundo. A profundidade do plantel é tão grande que, o melhor jogador do time na temporada passada, Carlitos Tevez, já é descartável.

Apesar da liderança com cinco pontos de vantagem na Premier League, nada está ganho, longe disso. Na Liga dos Campeões, a situação também não é tranqüila. O confronto contra o Napoli, fora de casa, na próxima rodada, será decisivo para o futuro do City.

Mesmo assim, o mundo ganhou mais um time que é olhado com muito respeito e até com medo pelos adversários. E esse time é o Manchester City.

6 de janeiro de 2010

O problema da asa direita

Capello esteve no San Siro, mas precisa dar atenção a outros estádios e opções

Conforme desejava Fabio Capello, David Beckham retornou ao Milan. No primeiro jogo da nova etapa no San Siro, o meia foi uma das mais importantes peças no ótimo triunfo rossonero por 5 a 2 diante do Genoa. A contusão de Pato durante os treinos forçou a utilização de Beckham pela ponta direita, de onde habitualmente saem seus eficazes cruzamentos. Ademais, a abundante oferta de jogadores ingleses acostumados à faixa central do meio de campo induz o treinador italiano a encarar o reforço milanista como um right winger, posição natural do ex-ídolo do Manchester United.

Capello aprecia as características de Beckham. O eventual caráter crucial das bolas paradas indica que, se o camisa 32 do Milan mantiver a boa forma, certamente estará na Copa. Hoje, porém, ele não é titular. Aaron Lennon, do Tottenham, está em sua melhor temporada. São nove assistências na Premier League e, sobretudo, uma ousadia que tem atormentado os laterais-esquerdos adversários. Se Beckham está a um passo da África do Sul, Lennon já pode planejar o safari. Assim, o provável preenchimento das vagas da "asa direita" deve aguçar a capacidade de Capello de reinventar a composição do elenco inglês.

O site oficial da Premier League promove uma enquete sobre quem foi o melhor jogador do mês de dezembro no campeonato. Uma das opções é James Milner, do Aston Villa. Isso indica o ótimo momento do meia, um dos líderes do interessante plantel à disposição de Martin O'Neill. Assim como Lennon, Milner foi revelado pelo Leeds United e construiu sua carreira como right winger. Isso significa que ficará fora da Copa?

Não, definitivamente. O jogador do Villa possui dotes distintos em relação aos de Lennon. Talvez esteja mais próximo do estilo de jogo de Beckham. É muito técnico e tem como principal virtude a facilidade em bater na bola. Felizmente, ele facilita o trabalho de Capello por ser muito versátil. Com a chegada de Stewart Downing (outro candidato a uma vaga na Copa) ao Villa Park, Milner passou a atuar pela faixa central do meio de campo, sendo uma espécie de substituto de Gareth Barry. Ademais, pode perfeitamente ser escalado no lado esquerdo. Desta forma, ele foi o destaque inglês no amistoso contra o Brasil.

Sem precisar sair de Birmingham, encontramos outra peça que merece muita atenção. Ashley Young é o melhor jogador do Aston Villa nas últimas temporadas e deve ser tratado como nome certo para a Copa. Atualmente - para deixar Capello ainda mais hesitante -, Young joga aberto pelo lado direito do meio de campo. O lado positivo é a constante movimentação do jogador, apto a ser incluído em várias funções na convocação.

Outro jogador que merece menção é Shaun Wright-Phillips, o melhor do Manchester City até certo ponto da temporada. Está abaixo de todos os supracitados, é bem verdade, mas precisa ser considerado por sempre fornecer ao time um notável dinamismo através de suas velocíssimas investidas pela ponta direita. Mais distante da África está Theo Walcott, do Arsenal. Ao contrário de 2006, quando Sven-Goran Eriksson o convocou sem que precisasse jogar, a presença na próxima Copa está atrelada a um fantástco desempenho na segunda metade da temporada. Não acredito.

Proponho agora um exercício que considero sempre válido. Respeitando o que se vê hoje, os 23 que eu convocaria para a Copa são os seguintes:

Goleiros: Joe Hart, Robert Green, Ben Foster

Laterais: Glen Johnson, Ashley Cole, Micah Richards, Leighton Baines

Zagueiros: John Terry, Rio Ferdinand, Matthew Upson e Joleon Lescott

Meias: Aaron Lennon, Frank Lampard, Gareth Barry, Steven Gerrard, David Beckham, James Milner, Tom Huddlestone e Ashley Young (com pesar por não incluir Joe Cole)

Atacantes: Wayne Rooney, Jermaine Defoe, Peter Crouch e Darren Bent (com pesar por não incluir Michael Owen)

Imagem: The Independent