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22 de fevereiro de 2012

Ainda existe um fio de esperança


Por: Felipe Ferreira (@felipepf13)


Todos sabiam que a visita do Chelsea a Nápoles seria complicada e de que sair de lá com um resultado positivo seria maior ainda. Contudo, todos sabiam que os Blues tem um time com nomes interessantes e capacidade para jogar de maneira equilibrada contra o Napoli, todavia, a má fase vivida pelo time londrino impede que tal fato se realize e retrata a grande bagunça do time de André Villas-Boas tanto em situação tática quanto em situação interna. Com isso tudo, o resultado do jogo não poderia ser outra se não uma vitória dos italianos, que venceram pela confortável vantagem de 3 a 1.

Comparado as mais recentes atuações, os Blues até que não foram extremamente mal, mas foram mal, isso tem que se ressaltar. O time não tomou o mesmo baile que o Arsenal tomou do Milan, aliás, os comandados de Villas-Boas estiveram perto de surpreender quando, mesmo jogando mal, conseguiu abrir o placar com Mata após uma erro grotesco de Paolo Cannavaro.

Porém, apesar da vantagem, o Chelsea jogava de maneira desorganizada. A opção por deixar Frank Lampard foi tomada erroneamente, visto que Ramires e Raúl Meirelles não conseguiam ajudar totalmente a defesa, deixando claro que um homem a mais no meio-campo que pudesse voltar para auxiliar na marcação seria algo interessante. Sem contar que o meia inglês fornece um toque de classe ao meio-campo que desequilibra. Mas, Villas-Boas optou por Malouda que não sabia ao certo o que fazer e mais atrapalhou do que ajudou.

Mesmo com uma defesa que demorou a se encaixar no jogo, o Napoli deixou claro desde o início de que tinha plenas condições de vencer os ingleses de maneira tranquila, ainda mais impulsionado pela sua fanática torcida. Hamsik não apareceu tanto para o jogo, deixando trabalho de decisão para Cavani e Lavezzi que se aproveitaram dos mais diversos erros da defesa do Chelsea, principalmente do destemperamento da dupla de zaga David Luiz e Gary Cahill. Deu espaço para o uruguaio e argentino, é só lamento como diz a linguagem popular e foi assim que o Napoli conseguiu a virada de maneira tranquila, ressaltando quem mandava no jogo.

A derrota não veio de maneira tão desgrenhada como foi o Arsenal contra o Milan. O gol fora de casa foi algo importante. E, mesmo jogando um futebol apático e pouco eficiente, além de que se tem um forte adversário, o Chelsea ainda vê um fio de esperança para buscar um resultado positivo no jogo de volta em Stamford Bridge. Podendo assim, dar uma amenizada na turbulenta situação interna, além de poder garantir André Villas-Boas por mais um tempo podendo comandar os Blues.

2 de dezembro de 2011

Os problemas do Chelsea de André Villas-Boas

Contratado a peso de ouro, o técnico André Villas-Boas não conseguiu repetir no Chelsea o sucesso e o jogo eficiente que teve no Porto

Por: Felipe Ferreira (@felipepf13)

Quando contratado no início da temporada por nada mais nada menos que 15 milhões de euros, sob o salário de 5 milhões de euros anuais, o torcedor do Chelsea acreditou que a chegada do técnico André Villas-Boas ao time de Stamford Bridge, ainda mais após o português ter tido uma esplendorosa temporada frente ao Porto, tinha muito a somar ao time e render uma crescente enorme. Porém, as expectativas não atenderam e até mesmo a queda do treinador já foi especulada.

Desde que assumiu os Blues, Villas-Boas treinou a equipe em 21 jogos, nestes, obteve 11 vitórias, 4 empates e 6 derrotas, se não bastasse isso, os torcedores convivem com as  ruins e irregulares atuação da equipe, que cambaleia na Premier League, já caiu fora da Carling Cup e encontra diversas dificuldades na UEFA Champions League. De fato, tal temporada é de longe um mar de rosas para o torcedor do Chelsea, mas uma coisa é muito bom ressaltar, o buraco não é tão superficial assim e o time já se vê com dificuldades em todos os setores.

A defesa é o setor mais preocupante. Jogadas 13 partidas na Premier League, os comandados de André Villas-Boas já sofreram 17 gols. Na temporada 2004/05, ano em que Mourinho conquistou o campeonato nacional, o Chelsea deteve a marca de apenas 15 gols contras, mostrando que a fama de sólida defesa não é mais a mesma.

Os problemas defensivos nessa temporada vão muito da dupla de zaga, Terry e David Luiz, não exprimem extrema confiança, sem contar as falhas de ambos, que vão desde a saída de bola (problema de Terry) até as saídas constantes ao ataque (problema de David Luiz). A lateral-direita segue como uma incógnita, muito em função de que um nome de confiança não foi encontrado até hoje, na esquerda, Ashley Cole não é mais o "porto-seguro" que demonstrava ser de seus primórdios em Stamford Bridge.

Sem Essien, o Chelsea tem opções de sobra para usar na condição de volantes, mas, poucos, demonstram a mesma tranquilidade do ganês, sem contar o fato de que nenhum deles encontra facilidade na criação de jogo, restando o trabalho para o irregular Frank Lampard, que vem oscilando muito, novamente. Mata consegue encaixar uma boa sequência de jogos, mas não se mostra em condições de ser a maior referência no meio-campo. Malouda perdeu espaço desde a chegada de Villas-Boas e vem a ser mais uma carta fora do baralho. Somado a tudo isso, vem o fato de que o treinador português ainda não encontrou a maneira ideal de armar tal setor.

O ataque é o que menos preocupa, mas também vem a causar dor de cabeça no técnico que ganhou tudo com o Porto na última temporada. Daniel Sturridge, após ter tido uma boa passagem por empréstimo pelo Bolton, ganhou espaço, não vem decepcionando e é um dos poucos que se salvam em uma equipe tão pouco elogiada. A incógnita é o parceiro de Sturridge, Torres nunca convenceu, porém, segue sendo o queridinho de Villas-Boas, já Drogba, mesmo com números superiores, vem esquentando o banco e pode acabar até mesmo por deixar a equipe, pelo fato do português ter certo receio em lançar dois atacantes de força. As demais opções são Kalou, que é de longe um brilhante atacante, o insatisfeito Anelka e o jovem Lukaku.

O buraco do Chelsea pode ser mais embaixo. Por ainda não ter conquistado a diretoria e a torcida, muito em função de não ter correspondido o seu alto salário, André Villas-Boas vem sendo ameaçado e, mesmo dizendo que deve seguir até o fim da temporada, a sombra de Gus Hiddink vem seguindo o português, que caso não venha a convencer, não demorará a ser sacrificado.

15 de setembro de 2011

Preguiçosos na Champions League, Manchester e Chelsea priorizam o clássico


Titulares poupados, desempenhos sem grande intensidade e a escolha por priorizar claramente o clássico do próximo domingo. Essa foi a tônica dos jogos de Chelsea e Manchester United na primeira rodada da Champions League. O Blues venceram o Bayer Leverkusen por 2 a 0 no Stamford Bridge, enquanto os Red Devils empataram com o Benfica em 1 a 1, fora de casa.

O Manchester preferiu utilizar um time mais experiente. Entraram Fletcher, Carrick, Giggs, Valencia e Park, saindo Cleverley (contundido), Anderson, Nani, Young e Chicharito. Em geral, o time foi dominado pelos portugueses. Quando quis um pouco mais de jogo, teve o controle e atuou no campo de ataque. Isso aconteceu no final do primeiro tempo e no começo do segundo.

Giggs, o mais experiente do elenco, fez o gol que garantiu um ponto que ficou de bom tamanho para o Manchester United. Em um grupo que conta ainda com Basel e Otelul Galati, a classificação em primeiro lugar não deverá ser problema.

No domingo, todos os jovens, com exceção de Cleverley, devem voltar ao time. Carrick deve ser o primeiro volante. A expectativa é que a mobilidade mostrada nas primeiras rodadas da Premier League faça a diferença contra o estático Chelsea.

Os Blues não pouparam tantos jogadores como seu rival. Dos titulares absolutos, ficaram de fora apenas Terry e Lampard. A vitória de 2 a 0 foi construída com boas atuações de David Luiz e Mata (foto), que foram inclusive os autores dos gols. Anelka entrou na segunda etapa e também teve boa atuação. Apesar do grupo ser um pouco mais complicado (conta ainda com Valência e Genk), os ingleses também deverão ficar com a liderança.

Contra o Manchester, resta saber quem fará o trio de meio campo com Lampard e Mikel. O escolhido, pelo poder de marcação, deve ser Raul Meireles. Outra dúvida está instalada no ataque. Mata é jogador de mais mobilidade e titular absoluto. Fernando Torres será o centroavante. Anelka, Kalou, Malouda e Sturridge brigam pela terceira vaga. Aposto em Anelka.

Apesar de não ter brilhado nesse começo de temporada, o Chelsea é muito forte e não será facilmente batido como o Arsenal. Os Blues devem apostar em um jogo truncado e de forte marcação. Na frente, a esperança fica por conta dos espanhois Mata e Fernando Torres. O segundo, que não deslanchou no novo clube, sempre é destaque contra o Manchester.

27 de agosto de 2011

Resumo dos jogos deste sábado da terceira rodada da Premier League

A terceira rodada da Premier League foi iniciada neste sábado com seis jogos. Confira o resumo de cada uma das partidas.

Aston Villa 0x0 Wolverhampton Wanderers


E no primeiro jogo da rodada, tivemos uma partida bem fraca tecnicamente, podemos dizer que sonolenta. Placar de 0 a 0 foi justo. O Aston Villa conquistou o seu segundo empate em três jogos e ocupa o sexto lugar, enquanto o Wolves perdeu a sequência de vitórias e está em 3º. O time da casa era quem tentava algo mais, no 4-3-3, enquanto o visitante se limitava aos contra-ataques. Na próxima rodada, dia 10/09, o Aston Villa vai até Liverpool encarar o Everton, enquanto o Wolverhampton recebe o Tottenham no Molineux.

Wigan Athletic 2x0 Queen Park Rangers


E numa partida bem confusa, o Wigan se manteve invicto em casa, enquanto o QPR que parecia ir bem na Premier League, perdeu o segundo jogo seguido. Com dois gols de Di Santo (isso mesmo, você não leu errado) o time da casa assumiu a sétima colocação. Enquanto o QPR que até foi bem no jogo (como nos outros dois jogos) está em 11º. Na próxima rodada, o Wigan vai até Manchester enfrentar o City no dia 10/09, enquanto o QPR recebe o Newcastle (no dia 12/09).

Blackburn Rovers 0x1 Everton


Com direito a show particular de Tim Howard, o Everton venceu fora de casa o Blackburn por 1 a 0, com gol de Arteta, no finalzinho. O jogo foi muito brigado (literalmente, foram 7 cartões amarelos e dois jogadores se lesionaram), o time da casa se deu ao "luxo" de perder dois pênaltis e levou a pior, quando Arteta de pênalti fez o gol do jogo. Os Rovers continuam se pontuar e é o lanterna, enquanto os Toffees ocupam o 10º lugar. Na próxima rodada o Everton recebe o Aston Villa no Goodison Park no dia 10/09, enquanto o Blackburn vai até Londres enfrentar o Fulham no dia 11/09.

Chelsea 3x1 Norwich City


E o jogo no Stamford Bridge, os Blues conseguiram a segunda vitória e agora ocupa o segundo lugar, enquanto os Canários continuam sem vencer e estão em 14º. Apesar do placar, o jogo foi bem disputado, mas a qualidade do elenco do Chelsea prevaleceu sobre o modesto Norwich e o time da casa saiu vitorioso. Os gols da partida foram marcados por  Bosingwa, Lampard e Mata (a sua estreia na EPL) a favor do Chelsea, e Holt para o Norwich. Na próxima rodada o Chelsea enfrenta o Sunderland no Stadium of Light no dia 10/09, enquanto Norwich recebe o WBA em casa no dia 11/09.

Swansea City 0x0 Sunderland


E o jogo no Liberty Stadium o time da casa empatou em zero com os Black Cats. Jogo movimentado, porém os goleiros Vorm (Swansea) e Mignolet (Sunderland) impediram os gols. O Swansea ocupam o 15º lugar, enquanto o Sunderland está em 13º. Na próxima rodada, no dia 10/09, o Swansea vai até Londres enfrentar o Arsenal, enquanto o Sunderland recebe o Chelsea.

Liverpool 3x1 Bolton Wanderers


O Liverpool recebeu o Bolton no Anfield, venceu bem e apresentou um bom futebol. Os Reds conquistaram a segunda vitória e agora ocupam a liderança, enquanto os Trotters perderam a segunda e ocupam o 9º lugar.  Com amplo domínio o Liverpool fez 3 a 0 com certa facilidade (Henderson, Skrtel e Adam), e numa infelicidade de Carragher, o Bolton fez o gol de honra aos 92 minutos com Klasnic. Na próxima rodada, no dia 10/09, o Liverpool enfrenta o Stoke fora de casa, enquanto o Bolton recebe o Manchester United no Reebok Stadium.

Neste domingo, teremos ainda quatro jogos: Newcastle United x Fulham, Tottenham Hotspur x Manchester City, West Bromwich Albion x Stoke City e Manchester x United. A classificação da Premier League ficou da seguinte maneira:

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Por Arthur Barcelos (@arthurbarcelos_)

21 de agosto de 2011

A força do Manchester City

Até a temporada 2007/2008, o Manchester City era considerado apenas uma equipe média no futebol inglês e, com menos expressão ainda no continente europeu. Diferente de seu maior rival, o Manchester United, que sempre foi visto como um dos maiores clubes do mundo, conquistando títulos da Premier League e da Liga dos Campões.

E, é isto que os novos donos do Citzens pretendem chegar com o time comandado, atualmente, pelo técnico italiano, Roberto Mancini. Tornar o Manchester City em uma das potências de toda Europa. O clube do norte da Inglaterra foi adquirido pelo grupo árabe Abu Dhabi, em meados de 2008. Depois disso, só contratações de nome foram feitas, chamando atenção dos grandes rivais do país e até de times de outras fronteiras.

Hoje, a equipe do atacante Tevez é considerado o clube mais rico do mundo, mais do que o próprio Manchester United e o Real Madrid, que sempre lideraram este ranking. O maior investimento de um time no planeta, nesta temporada, foi do City. Em janeiro deste ano, o Manchester City contratou o centroavante Edin Dzeko, do Wolfsburg, por 35 milhões de euros, sendo a maior negociação da história do futebol alemão.

Com estes números, faz com que os objetivos traçados a alguns anos de seus representantes se firmem cada vez mais no City. Na temporada passada, a equipe azul de Manchester conquistou a Copa da Inglaterra e ficou com a 3ª posição da Premier League, ficando atrás apenas de seu maior rival, o United, (campeão) e o Chelsea.

A expectativa da imprensa e dos próprios adversários é que o Citzens brigue diretamente pelo titulo do Nacional, seu principal objetivo. Além da Liga dos Campeões, Copa da Liga Inglesa e a Fa Cup.

E com a chegada de Kun Aguero, ex-Atlético Madrid, o ataque do City ficou mais poderoso com Dzeko, Aguero, Balotelli e Carlos Tevez, que apesar das sondagens da Inter de Milão, o argentino deve permanecer em Manchester.

Chelsea (3) e Manchester United (4) que se cuide, as duas equipes se revezam desde 2004/2005 na conquista da Premier League, e poder ver nesta temporada que se inicia um forte candidato a frequentar as comemorações de conquista do principal campeonato da Inglaterra nos próximos anos.

Títulos do City na Inglaterra:

Premier League – 2 (1937 e 1968)

Copa da Inglaterra – 5 (1904, 1934, 1956, 1969 e 2011)

Copa da Liga Inglesa – 2 (1970 e 1976)

Super Copa da Inglaterra – 3 (1937, 1968 e 1972)

Recopa Europeia – 1 (1970)

Segunda Divisão – 7 (1899, 1903, 1910, 1928, 1947, 1956 e 2002)

Por Gustavo Bezerra (@gugagk/facebook.com/gustavobezerra)

20 de agosto de 2011

Resumo dos jogos deste sábado da segunda rodada da Premier League

A segunda rodada da Premier League foi iniciada neste sábado com seis jogos. Confira o resumo de cada uma das partidas.

Sunderland 0x1 Newcastle



No duelo que abriu a jornada, o Sunderland começou melhor e atacou o Newcastle. Jogando em casa, no Stadium of Lights, os Black Cats criaram chances, principalmente com Sessegnon e Larsson, mas a bola não entrou, ora por Krul defendendo, outrora pela bola tirada em cima da linha por Barton, supostamente com o braço. O árbitro Howard Webb mandou seguir. Preso na defesa no primeiro tempo, os Magpies se arrumaram na etapa final e conseguiram organizar mais jogadas de ataque. E foi o Newcastle que abriu o marcador com Ryan Taylor, de falta, aos 17 minutos. O técnico Steve Bruce mexeu rapidamente no Sunderland, mas não adiantou nada e viu seu time perder em casa o clássico do nordeste inglês (chamado de Tyne-Wear Derby).

Arsenal 0x2 Liverpool


O primeiro clássico de times grandes da temporada teve desfecho ruim para o Arsenal, que perdeu por 2x0, mesmo jogando no Emirates Stadium. O time até que foi bem, criou algumas oportunidades, com Frimpong e Nasri (um dos poucos que se salvaram das vaias), mas também se expôs ao contra-ataque. Carroll e Adam davam trabalho à Szczesny. No segundo tempo, os Gunners tiveram boa chance com Van Persie, mas Reina salvou. Perto do fim, o Arsenal levou o castigo. O primeiro gol dos Reds foi de Ramsey, contra, após falha generalizada da defesa; e o segundo foi de Suárez, que tocou pras redes sem goleiro. A fraca atuação dos londrinos fizeram a torcida vaiar o time no final do jogo. Para o Liverpool, a vitória levou a equipe para quatro pontos em dois jogos.

Swansea 0x0 Wigan


Na primeira partida do Swansea como mandante na Premier League, o time não saiu do zero contra o Wigan. Mas o jogo não foi tão ruim como o resultado sugere. No primeiro tempo, os Cisnes tiveram a iniciativa e o Wigan se fechava, explorando o contra-ataque. O placar não foi aberto porque o Swansea teve incompetência na hora da finalização. Nos 45 minutos finais, o duelo foi mais equilibrado e o Wigan poderia ter vencido em um pênalti, mas Watson perdeu, quando bateu e Vorm defendeu. É o primeiro ponto dos Cisnes na volta à primeira divisão. Já os visitantes foram para o segundo empate em dois jogos.

Everton 0x1 QPR


A estreia do Everton (não jogou na primeira rodada diante o Tottenham devido aos ataques em Londres) não foi das melhores. O QPR foi ao Goodison Park mordido pela goleada sofrida na primeira rodada (4x0 do Bolton) e foi determinado a tentar pontuar. E aos 30 minutos, o time conseguiu isso, com Tommy Smith, que fez 1x0. Na etapa final, os Toffes pressionaram desesperadamente, mas sem sucesso. Os Rangers se recuperam da humilhação de sábado passado e conquistam seus três primeiros pontos na Premier League.

Aston Villa 3x1 Blackburn


Aproveitando a fragilidade do adversário, o Aston Villa venceu com tranquilidade o Blackburn por 3x1, no Villa Park. Agbonlahor e Emile Heskey colocaram o Villa com 2x0 de vantagem no primeiro tempo. O Blackburn não conseguia sair para o jogo e tomou ainda mais sufoco. Na etapa final até conseguiu diminuir com Pedersen, mas logo levou o terceiro, com Darren Bent. Com isso, o Aston Villa foi para quatro pontos. Já o Blackburn segura a lanterna, com ainda nenhum ponto.

Chelsea 2x1 West Bromwich


Na partida que fechou o sábado, o Chelsea, a duras penas, venceu o West Bromwich por 2x1, em Stamford Bridge. Mas o resultado apertado foi o de menos para o técnico André Villas-Boas, que venceu oficialmente seu primeiro jogo pelos Blues. No primeiro tempo o WBA logo abriu o placar, com Long, depois de Ramires errar passe no meio-campo. O Chelsea esbarrou no meio-campo do adversário, devido a forte marcação que o WBA tinha. Na etapa final, os londrinos mudaram de atitude e empataram com Anelka, aos 8. Porém, o West Bromwich também assustava com Scharner. Fernando Torres, apagado, deu lugar a Drogba, e isso fez os Blues melhorarem ainda mais no poder ofensivo, tanto que, aos 38 minutos, Malouda empurrou para as redes, após jogada de Bosignwa, definindo a vitória do Chelsea, que foi para quatro pontos na Premier League. Os Baggies seguem sem ganhar, com duas derrotas.

A rodada será completada neste domingo com Wolves x Fulham, Norwich x Stoke City e Bolton x Manchester City. Na segunda-feira, Manchester United x Tottenham se enfrentam no Old Trafford.

Por: Márcio Donizete (@marciodonizete)

14 de agosto de 2011

Resumo dos jogos de domingo da primeira rodada da Premier League

Após seis jogos no sábado, a Premier League teve duas partidas realizadas hoje. Vamos a uma análise delas:

Stoke City 0 x 0 Chelsea


Em sua estreia na Premier League, o Chelsea decepcionou. Apesar de ter conseguido uma enorme posse de bola, os Blues não tiveram a calma, muito menos capacidade, para chegar ao gol, acabando por apenas empatar em 0 a 0 com o Stoke City.

Bem postado em campo, o Chelsea conseguiu segurar bem a bola desde os primeiros minutos, algumas boas oportunidades foram criadas, porém, por ineficácia do ataque da equipe, o gol não saiu e as oportunidades não foram aproveitadas, creditando um jogo bastante ruim aos Blues.

Os destaques individuais da partida foram dois. O goleiro do Stoke, Asmir Begovic, que em uma partida bastante truncada, salvou sua equipe em muitos momentos. Já o atacante do Chelsea, Fernando Torres, apresentou um bom futebol, demonstrando uma vontade nunca vista com a camisa dos Blues.

West Brom 1 x 2 Manchester United


Sem dúvida esta foi a melhor partida. Em um jogo bastante movimentado, o Manchester United não conseguiu vir a ter uma boa atuação, entretanto, jogou o bastante para conseguir uma boa vitória por 2 a 1 sobre o West Bromwich.

O West Brom veio muito bem postado em campo e em chegou a pressionar os Red Devils em alguns momentos. O primeiro gol do Manchester, marcado por Rooney, acalmou a equipe, que apesar de prender bem a bola, não conseguiu criar boas oportunidades. Com isso, a equipe rival cresceu e em uma falha de De Gea, o jogo estava empatado.

Diante de um adversário retrancado, o Manchester encontrava algumas dificuldades, muito em função de não estar em um dia inspirado. Até que Ashley Young conseguiu acertar uma boa jogada e com uma pitada de sorte, definiu a primeira e única vitória de um time grande, até agora, na Premier League.

O grande destaque da partida não poderia ser outro se não Ashley Young. O winger foi responsável por criar as melhores oportunidades da partida. Sendo premiado com uma assistência e um gol, Young foi o único jogador do Manchester United a conseguir um grande destaque.

A primeira rodada da Premier League terá seu desfecho na tarde de manhã, quando Manchester City e Swansea City protagonizam o último jogo da rodada.

Por: Felipe Ferreira (@felipepf13)

30 de julho de 2011

Disputa de terceiro lugar e final da Barclays Asia Trophy


A Barclays Asia Trophy, torneio de pré-temporada promovido pelo grande patrocinador da Premier League, teve, hoje, seu desfecho com a disputa do 3° lugar e a disputa do título.

Como prometido, aqui está a análise das últimas duas partidas da competição:

Disputa do 3° lugar: Blackburn 3 x 0 Kitchee

 
Na disputa do 3° lugar, o Blackburn fez sua obrigação e venceu o Kitchee, equipe chinesa, por 3 a 0, em gols marcados por Formica, Blackmann e Dunn.

Diante de uma equipe bastante fraca tecnicamente, os Rovers fizeram o que deveriam fazer. Pressionaram desde início, não deram espaço para o rival e aproveitou as boas oportunidades que teve, aliado a uma boa atuação de David Dunn, o time inglês não encontrou grandes dificuldades e venceu bem o fraco time chinês.

Mais uma vez a deficiência técnica do Kitchee veio a tona. O time é muito fraco, tentou até algumas vezes levar perigo ao Blackburn, mas não conseguiu criar boas jogadas. Em meio a um grande sufoco, a equipe ainda conseguiu obrigar o goleiro Bunn a fazer uma única boa defesa.

O homem do jogo, sem dúvida, foi David Dunn. O meia criou as melhores jogadas do Blackburn, compôs muito bem o meio-campo e para fechar com chave de ouro deixou o seu gol, acabando por ser a peça-chave para o terceiro lugar conquistado pelos Rovers.

Final: Chelsea 2 x 0 Aston Villa


Nada de surpresas na final da Barclays Asia Trophy. O grande favorito, Chelsea, confirmou seu status e sem grandes dificuldades venceu a equipe do Aston Villa por 2 a 0, gols marcados por Anelka e Fernando Torres.

Com grandes perdas na janela de transferência, o Villa mostrou que as coisas para esta temporada serão difíceis. A equipe de Alex McLeish foi presa fácil para o Chelsea, que dominou o jogo desde o início, criou diversas oportunidades e viu seu adversário levar perigo a sua meta em pouquíssimas vezes.

O domínio do Chelsea não refletiu no placar. A equipe criou muitas oportunidades e deu grandes sinais de que uma goleada seria construída, entretanto, os Blues pararam na muralha Shay Given, que mais uma vez teve que fazer o impossível para salvar sua equipe.

O homem do jogo poderia ser muito bem Anelka, grande destaque do Chelsea, no entanto, destaco a atuação de um jogador da equipe derrotada. Given mais uma vez foi brilhante, fechou o gol do Villa e mostrou que tem tudo para crescer ainda mais nessa temporada.

Por: Felipe Ferreira (@felipepf13)

27 de julho de 2011

As semifinais da Barclays Asia Trophy


A Barclays Asia Trophy é uma competição organizada pelo principal patrocinador da Premier League, que realiza o torneio na Ásia em busca de conquistar um novo mercado e divulgar o futebol por lá.

Apesar de ser apenas um torneio amistoso, a competição é interessante por 3 das 4 equipes que a disputam serem times da Premier League, o que acaba por ganhar nossa atenção, pois, assim, podemos conhecer e ver como tais equipes virão para a temporada.

A competição, que é disputada por Chelsea, Aston Villa, Blackburn e Kitchee (equipe chinesa), terá apenas suas duas semifinais, e, depois, teremos a final e a disputa de terceiro lugar.

Aqui em nosso blog, você encontrará nossa análise sobre todos os jogos, já começando por hoje com as duas semifinais.

Aston Villa 1 x 0 Blackburn


Após perder peças importantes para a próxima temporada, o Aston Villa estreou bem no torneio de pré-temporada. A equipe conquistou uma boa vitória sobre o Blackburn por 1 a 0, gol marcado por Darren Bent, que mostrou ter tudo para se tornar o destaque da equipe nessa temporada.

O Aston Villa de Alex McLeish entrou retrancado, apostando no contra-ataque, e permitiu muitas vezes o Blackburn chegar a seu campo de ataque levando muito perigo.

A partida foi bastante competitiva, os Rovers se comportaram muito bem diante de um adversário fechado, entretanto, em muitos momentos, deixou espaços para o Villa contra-atacar e criar suas jogadas mais perigosas.

Sem conseguir criar muitas chances, os Villans conquistaram a vitória na base do oportunismo. Contratado a peso de ouro, o atacante Dareen Bent foi capaz de empurrar para as redes e mostrar que chega para ocupar a vaga de protagonista no time.

Sobre a vitória do Aston Villa, a considero injusta. O Blackburn teve um maior domínio da partida, criou mais oportunidades e só não conseguiu chegar ao gol por ter parado em Shay Given, que fez grandes defesas, podendo até mesmo ser considerado o melhor jogador da partida.

Chelsea 4 x 0 Kitchee


Diante da equipe mais fraca da competição, o Kitchee, que é o atual campeão chinês, o Chelsea não fez feio. Os Blues não demonstraram todo seu potencial, mas jogaram o bastante para golear a equipe chinesa por 4 a 0, gols de Lampard, Luzardo (contra), Drogba e Sturridge.

Depois de um jogo muito bom entre Aston Villa e Blackburn, Chelsea e Kitchee protagonizaram um jogo de um time só. A tradicional equipe londrina não precisou "suar a camisa" para aplicar a goleada no time chinês.

Armado muito bem em um 4-2-3-1 por André Villas-Boas, os Blues apresentaram um meio-campo eficiente, que trabalhou bem a bola e criou oportunidades muito boas quando partiu para a cima da nada brilhante linha defensiva do Kitchee.

O homem do jogo não poderia ser outro, se não Didier Drogba. O atacante infernizou a defesa chinesa, criou muito boas oportunidades e mostrou que esta temporada poderá ser a sua temporada.

Além do atacante, vale a pena destacar também Benayoun que voltou a fazer uma eficiente partida nesta pré-temporada. Mostrando que, enfim, poderá se firmar como uma boa opção no elenco do Chelsea.

Nota rápida: A final entre Chelsea e Aston Villa será realizada no sábado, assim como a disputa do 3° lugar entre Blackburn e Kitchee. Ambos os jogos ganharão destaque aqui no blog.

Por: Felipe Ferreira (@felipepf13)

22 de junho de 2011

O que esperar de André Villas-Boas no comando do Chelsea?

Hoje, dia 22 de Junho de 2011, quarta-feira, por 13 milhões de libras, foi confirmada a transação mais cara da história no futebol por um treinador, qual treinador? André Villas-Boas. Pois é, o que foi constantemente, digo até que enjoativamente, cogitado como novo treinador do Chelsea Football Club, se tornou realidade.

Eis o novo treinador do Chelsea, André Villas-Boas. (Getty Images)

O motivo do valor da transferência ser tão cara? Creio que pela curta experiência de Villas-Boas como treinador do Porto. Lá, ele conseguiu na primeira temporada conquistar um Campeonato Português invicto (sem derrotas) e teve uma campanha “monstruosa” na UEFA Europa League, em que inclusive se sagraram os campeões. Está certo que o valor foi bem alto, mas fazer o quê? Quando o russo Roman Abramovich (presidente do clube londrino) está interessado em algo, ninguém pode impedi-lo!

E a última temporada do Chelsea, com o experiente treinador italiano, Carlo Ancelotti não foi nada agradável para os torcedores e para o russo. Nela, os Blues não conseguiram nenhum título, apenas um segundo lugar na Premier League, um quarto na FA Cup, um terceiro na Copa da Liga Inglesa e um vice na Community Shield, além de terem sido eliminados nas Quartas-de-final da UEFA Champions League.

O “novo Mourinho” terá bastante trabalho com essa equipe do Chelsea, em que o elenco geralmente tem “mandado” mais que o treinador; por isso, ter um bom trabalho no vestiário é essencial para o português. Porém, Villas-Boas no Chelsea não é nenhuma novidade, afinal ele já foi auxiliar de José Mourinho no time londrino. Aliás, o treinador mostrou humildade em entrevista para o Chelsea TV: “Não se pode esperar tudo de uma pessoa só. Podem esperar um grupo dinâmico e unido, é isso o que vamos tentar fazer. Queremos a torcida ao nosso lado, motivada e é isso o que importa, não a minha chegada. Temos é que continuar o sucesso deste grande clube”. Se fizer o que disse na entrevista, o Chelsea da temporada 2011-12 promete, meus companheiros!

Além de um salário bem “gordo”, o treinador português terá ainda cerca de 80 milhões de euros para gastar em contratações. Eis aqui alguns dos nomes cogitados: Falcao García (Porto), João Moutinho (Porto), Neymar (Santos) e Kun Agüero (Atlético Madrid).

Bom, vamos agora a parte tática. André Villas-Boas usou no Porto o 4-3-3 que deve ter “aprendido” com Mourinho. É um esquema simples, veja como funciona.

Clique na imagem para ampliá-la**

No meio-campo, o Porto apresenta um triângulo de base alta. Fernando é o vértice recuado, um primeiro volante combativo e disciplinado, que não deixa a zona de atuação restrita à proteção da linha defensiva. Mais à frente, alinhados, estão os meias articuladores João Moutinho (esquerda) e Guarín (direita), que alternam o passe longo para os pontas – geralmente com inversões – e a própria passagem em velocidade, triangulando com o lateral e com o atacante. Na linha dos três atacantes, Hulk e Varela alternam as jogadas pela linha de fundo e a entrada em diagonal na área. Esta é a principal característica de ambos: velocidade para abrir a defesa adversária. Com isso, eles tiram a marcação da área e abrem espaço para Falcao (atacante centralizado) jogar com marcação simples. Eles recorrem muito aos cruzamentos, altos ou rasteiros na primeira trave. É um 4-3-3 que lembra muito o usado por Mourinho quando treinava o Chelsea.*

Clique na imagem para ampliá-la**

Hoje, com o elenco que o Chelsea disponibiliza à André Villas-Boas, vejo o português escalando um 4-3-3 dessa maneira: Cech; Ivanovic, David Luiz, Terry e Ashley Cole; Ramires, Essien e Lampard; Anelka, Torres e Malouda. Bom, resta agora esperarmos para ver o resultado dessa "aposta" do Chelsea, qualidade Villas-Boas possui, mas tem o caso da inexperiência.

*Crédito para Eduardo Cecconi (@eduardocecconi), onde usei trechos de seu post no blog Tabuleiro.
**Ilustrações: TacticalPad

Por Arthur Barcelos (@arthurbarcelos_)

16 de maio de 2011

Ajuda fundamental

A força do elenco do Manchester United foi essencial para o título dos Red Devils; porém, a equipe também deve agradecer a ajuda dos próprios adversários

O Manchester United quase se complicou na partida contra o Blackburn. Enquanto Kuszczak substituía muito mal Van der Sar e passava insegurança ao seu time, jogadores essenciais como Nani, Giggs e Hernandez eram figuras apagadas em Ewood Park. Por sorte, o desastrado goleiro Robinson garantiu um pênalti ao adversário, que permitiu aos Red Devils empatarem o jogo e garantirem o título.

Um título, aliás, muito merecido. Um dos grandes trunfos dessa equipe foi não ter dependido necessariamente de um jogador para decidir o campeonato. Enquanto Nani (líder de assistências da competição), Berbatov (ainda artilheiro do campeonato) e Giggs capitanearam o time no começo da Premier League, Rooney, Chicharito, Valencia e o já citado meia galês foram essenciais de janeiro para cá. Além disso, os mancunianos tiveram em Van der Sar, Ferdinand e Vidic um trio que formou pilar espetacular na defesa. Dessa forma, após uma leve “Rooneydependência” na temporada passada, o time soube distribuir muito melhor suas responsabilidades em campo e não ter de ficar preso às expectativas do desempenho sensacional de um específico jogador.

Outro fator essencial foi o fato de esse time ter tido uma eficiência impressionante durante a temporada, algo que compensou a falta de brilho de todo o conjunto. Não foram poucas as vezes em que o Manchester United parecia estar jogando mal e pior do que adversário, tanto em casa quanto fora de seus domínios. Porém, atuando de forma segura e conseguindo aproveitar o máximo de chances criadas, os Red Devils certamente conquistaram muitos pontos importantíssimos na briga pelo campeonato.

Talvez foram esses pontos considerados preciosos que tanto ajudaram o Manchester United e tanto fizeram falta a seus rivais. Enquanto os Red Devils coletaram o máximo de pontos possíveis, jogassem bem ou mal (e foi justamente por isso que se especulava tanto um título invicto da equipe de Alex Ferguson), os seus principais adversários sucumbiram diante de longas secas ou períodos de muita irregularidade.

Veja o Arsenal, por exemplo. Foram tantos resultados negativos após a traumática perda da Copa da Liga seguida de eliminações na Champions League e na FA Cup que a equipe não só foi ultrapassada pelo Manchester United como ficou bem distante desta. Se os Gunners tivessem mantido um desempenho no mínimo aceitável, poderiam até mesmo estar conquistando o título – é bom lembrar que o time de Wenger chegou a derrotar os Red Devils no confronto semana de algumas semanas.

O Chelsea foi pelo mesmo caminho. Um desempenho sofrível entre novembro e começo de fevereiro fez com que as chances de título diminuíssem – e a excelente sequência de resultados desde março mostrou que, se os Blues não tivessem vacilado tanto, estariam brigando pela primeira posição, talvez até a frente do Manchester United. Até mesmo o Manchester City teria sorte melhor se não tivesse perdido tantos pontos de janeiro para cá, ao mesmo tempo em que tropeçavam nas convicções defensivas e contestáveis de Roberto Mancini.

Todos esses períodos de crise dos concorrentes do Manchester United foram essenciais para a equipe de Alex Ferguson. Dessa forma, ela pode se recuperar aos poucos do início não tão bom de temporada, quando quase sempre empatavam fora de Old Trafford mas pelo menos não perdiam, ao contrário do que aconteceu com seus rivias. Isso, porém, não tira os méritos dos Red Devils, que foram a equipe mais regular do campeonato e soube aproveitar os tropeços dos rivais para galgar postos na tabela até alcançar a liderança e não mais larga-la.


Enfim, Blackpool? – Após quase três meses sem vencer, o Blackpool derrotou o Bolton em casa por 4 a 3. Porém, a vitória pode ter vindo tardia. Os Tangerines, com 39 pontos, continuam na zona de rebaixamento e terão de buscar um resultado positivo contra o Manchester United em Old Trafford na última rodada. Podem aproveitar o desleixo dos Red Devils? Sem dúvida. Mas também podem esbarrar na solidez que a equipe da casa deverá manter, ainda que só os reservas joguem. Se isso acontecer, bater a frágil defesa do conjunto de Ian Holloway será fácil demais.

Sempre dá para piorar – De certa forma, o problema do Arsenal não foi ter perdido por 2 a 1 em casa, mas sim ter sido derrotado pelo Aston Villa, equipe extremamente irregular e sem mais nada a fazer no campeonato. De qualquer maneira, o resultado evidencia o péssimo momento dos Gunners após a perda da Copa da Liga: de lá para cá, foram só 2 vitórias em 10 jogos. E o que era ruim pode ficar pior: a equipe de Wenger corre o risco de ser ultrapassado pelo Manchester City e terminar a Premier League em 4º. Ou seja: não bastasse o final de temporada ruim, o clube ainda pode ter de disputar a “repescagem” da Champions League. Caso isso realmente ocorra, cabeças vão rolar, principalmente entre jogadores já desgastados dentro do elenco, como Bendtner, Diaby, Denilson e mais alguns...

Imagem: Zimbio

3 de março de 2011

Muito difícil

Conquistar a Premier League é uma missão quase impossível para o Chelsea nessa temporada

A vitória sobre o Manchester United pode ter sido o sinal de um final de temporada animador para o Chelsea. Após os três pontos conquistados sobre os Red Devils na última terça-feira, Frank Lampard deu a entender que a equipe ainda pode conquistar o título da atual temporada.

A visão de Lampard, pelo menos a princípio, é muito otimista. O Chelsea está na quarta posição, a doze pontos do líder Manchester United, embora tenha um jogo a menos. Com apenas dez rodadas a serem disputadas, é muito difícil acreditar que os Blues ainda possam alcançar os comandados de Sir Alex Ferguson. Por mais que os resultados recentes dos mancunianos na Premier League não tenham sido satisfatórios – os antigos invictos vêm de duas vitórias e duas derrotas nos últimos quatro jogos –, a única situação imaginável é a do Arsenal tomando a ponta dos Red Devils.

O meio-campista, porém, condicionou um possível título a um fato importante: o Chelsea precisa de uma sequência de vitórias para manter o sonho vivo. É esse fato, entretanto, que quase liquida as chances de conquistar a Premier League nessa temporada. A campanha feita pelos Blues na competição é uma das mais inconstantes nos últimos tempos, talvez a mais destoante desde os tempos de Ranieri. A equipe vive de altos e baixos e não dá pinta de que vá engrenar justo nessa reta final.

Muito disso passa pela fase do elenco. Coincidência ou não, o Chelsea sofre por ter vários atletas com um desempenho abaixo do ideal: Drogba, Malouda e até mesmo Essien foram acometidos por esse mal. O próprio Lampard ainda procura sua forma ideal depois de voltar de uma séria lesão na fogueira. Poucos são os jogadores de destaque: apenas Terry, Ivanovic e Cech fazem temporadas seguras ou aceitáveis, enquanto Ramires luta para entrar neste seleto grupo após um começo tão inconstante quanto o time. Dentro desse quadro, fica difícil prever uma melhora repentina e assustadora dos Blues – até porque, é bom lembrar, a equipe não foi tão bem contra o Manchester United.

Atualmente, o mais importante para o Chelsea, além de se preocupar em assegurar uma vaga para a próxima Champions League, é apostar as suas fichas na competição europeia, ainda mais após a vitória sobre o Copenhague fora de casa que deixou os Blues muito perto das quartas de final. Os londrinos muito provavelmente terão pela frente equipes no momento mais fortes. Porém, o clube tem dois trunfos na manga: a imprevisibilidade do mata-mata e o técnico Carlo Ancelotti, que já mostrou com o Milan que entende do torneio. Mais do que nunca, é aqui que Lampard e seus companheiros devem se apegar.

Imagem: The Guardian