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6 de outubro de 2011

O melhor dos piores


Quem assistiu ao clássico entre Liverpool e Everton viu que o time azul fazia um jogo equilibrado até a expulsão, injusta, do volante Rodwell aos 30 minutos do primeiro tempo. Mesmo assim, os Reds foram marcar apenas na metade na metade da segunda etapa.

Isso prova que o Everton é um time muito organizado e com bons jogadores. Nas últimas temporadas, acostumou-se a terminar na sétima colocação da Premier League, posição que significa ser o melhor dos piores.

Com um orçamento baixo, o time dirigido há nove anos por David Moyes não consegue enfrentar o top 6, formado por Manchester United, Manchester City, Arsenal, Chelsea, Liverpool e Tottenham. A equipe não faz contratações caras e muda muito pouco o elenco de uma temporada a outra.

Se grandes estrelas não chegam, o clube também não faz muitas vendas, o que garante o entrosamento dentro de campo. Difícil lembrar de jogadores que saíram do Everton para figurar nos grandes clubes do país. Nas últimas temporadas destaco apenas três transações. O jovem Rooney, que desde cedo mostrava potencial para ser uma grande estrela, foi para o Manchester United. O zagueiro Lescott saiu para o Manchester City, enquanto, há poucas semanas, Arteta se transferiu ao Arsenal.

São poucas saídas, se considerarmos que o Everton faz boas campanhas nos últimos campeonatos. O time montado por Moyes não é vistoso e nem conta com grande técnica. Entretanto, é muito competitivo e difícil de ser batido.

O time azul conta com refugos de grandes clubes, como o goleiro Howard, o lateral/volante Phil Neville, o zagueiro Distin e o atacante Saha. As estrelas do time são o ótimo zagueiro Jagielka, o desengonçado volante/meia Fellaini e o meia-atacante australiano Cahill (foto), que, apesar de baixo, é ótimo do jogo aéreo e sempre marca seus golzinhos. Revelações como Rodwell e o meia Coleman também já começam a ganhar espaço.

Mesmo os principais jogadores do time não seriam titulares absolutos em equipes do top 6 (talvez apenas Jagielka). Assim como Arteta, que só chegou com status no Arsenal pois o caos se instalou nos Gunners após a derrota de 8 a 2 contra o rival Manchester United, e já mostrou que não será substituto de Fabregas ou Nasri. O espanhol, assim como Cahill, é apenas um bom jogador.

Nas últimas temporadas, o Everton sempre começa mal e vai se recuperando com o tempo. Passadas sete rodadas, o time é o 13º, mas tem um jogo a menos que os demais. Uma vitória nesse duelo já leva a equipe a 8ª colocação. Uma campanha consistente, com um futebol sólido, mas nunca bonito de se ver. É certo que o Everton será assim. O título de melhor dos piores, isto é, a 7ª colocação, também é muito provável.

12 de outubro de 2009

O futuro já começou

Ao realizar o Mundial sub-20 em outubro, a FIFA não permitiu que os amantes do futebol conhecessem várias jovens estrelas. Certamente, uma das seleções mais afetadas foi a inglesa, que, sem nenhum de seus grandes nomes, foi mera coadjuvante no Egito. No reino da desinformação, é possível que alguém diga que o English Team vai sofrer durante uma inevitável renovação. Não é verdade. A Inglaterra tem vários novos talentos.

A seleção inglesa sub-20 ideal seria a seguinte: Alex McCarthy (Reading); Kyle Naughton (Tottenham), Chris Smalling (Fulham), James Tomkins (West Ham), Kieran Gibbs (Arsenal); Jack Wilshere (Arsenal), Jack Rodwell (Everton), Junior Stanislas (West Ham), Danny Welbeck (Manchester United); Theo Walcott (Arsenal), Daniel Sturridge (Chelsea). Cinco desses jogadores merecem nossa atenção especial.

Jack Wilshere é, com 17 anos, o mais novo da turma. Aos 16 anos e 256 dias, tornou-se o jogador mais jovem em todos os tempos a atuar na liga nacional pelo Arsenal. O recorde, por sinal, era de Cesc Fàbregas. Na Emirates Cup, torneio da pré-temporada, este pequeno canhoto foi decisivo na partida contra o Glasgow Rangers, da Escócia: marcou dois gols e foi eleito o melhor em campo. No Arsenal, comparam-no a Dennis Bergkamp. No mundo, muitos o associam a Lionel Messi. Pode ser cedo, mas é bom não duvidar do mais habilidoso "bebê" de Arsène Wenger.

Jack Rodwell tem apenas 18 anos. Canhoto e alto (188cm), o médio central do Everton é muito técnico. O pupilo de David Moyes foi o jogador mais jovem a representar os Toffees em competições europeias: aos 16 anos e 284 dias, substituiu Tim Cahill numa partida da antiga Copa da UEFA, diante dos holandeses do AZ Alkmaar. Vez ou outra, é titular do conjunto de Liverpool. Talvez porque, além de distribuir bem a bola, é muito bom em arremates de longa distância.

Os gigantes também criam pequenos gênios. Prova disso é o desempenho do versátil Danny Welbeck, do Manchester United. Alex Ferguson, aos poucos, aumenta a frequência do jovem no time principal. Seja no lado esquerdo do meio-de-campo ou mesmo no ataque, Welbeck, de 18 anos, tem provado ser um jogador muito eficiente para os padrões de sua faixa etária. Incrivelmente, a joia do United marcou um golaço em sua estreia na Premier League, diante do Stoke City.

De todos os jogadores sobre os quais falamos, o mais famoso é Theo Walcott. Aos 16 anos, no Southampton, já era uma enorme promessa. Arsène Wenger não deu espaço a possíveis concorrentes e levou o jogador para o Arsenal por potenciais 17 milhões de libras. Walcott esteve no grupo da Inglaterra que foi à Copa de 2006, embora não tenha participado de nenhuma partida. Podendo atuar no ataque ou no lado direito do meio-de-campo, Theo ainda não foi o jogador que se esperava. Mas alguns lampejos, como o incrível hat-trick contra a seleção croata, deixam claro que estamos falando de alguém com qualidade para ser uma grande estrela, de notável velocidade.

Aos 20 anos, Daniel Sturridge já tem um título individual na carreira. Ele foi o objeto do maior erro da nova administração do Manchester City. Embora os Sky Blues tenham contratado muito bem, é imperdoável que tenham deixado sair seu jogador mais promissor. A diretoria não cuidou de seu contrato, e o Chelsea, por uma compensação financeira irrisória, levou o jogador para Stamford Bridge. Sturridge é rápido, canhoto e finaliza muito bem. Ele é o futuro do Chelsea: será titular quando Drogba e Anelka não estiverem na melhor forma. Na pré-temporada dos Blues, nos Estados Unidos, o atacante deixou o dele.

Detalhe importante: Nós falamos de apenas cinco dos 40 jogadores com quem a Inglaterra não pôde contar no Mundial sub-20. Enquanto a competição for disputada dessa maneira, a conquista será banalizada por aqueles que acompanham o futebol.

Observação: O podcast volta na próxima segunda-feira. O objeto de análise será a nona rodada da Premier League.

Imagem: Soccer Box