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22 de dezembro de 2011

O buraco é mais embaixo...


Por: Felipe Ferreira (@felipepf13)

Antes de ver os investidores indianos chegarem ao clube por meio da empresa Venky, o Blackburn nunca foi um time brilhante, porém, não decepcionava seu torcedor, que viu a equipe chegar as semifinais tanto da Carling Cup como da FA Cup, sem contar que os Rovers sempre estavam na parte de cima da tabela brigando por uma vaga nas competições europeias, conquistando uma vaga três vezes nos últimos cinco anos.

Contudo, no dia 19 de novembro de 2010, a coisa começou a mudar em Ewood Park. Os indianos da empresa especializada em produtos farmacêuticos, além da produção de carne de frango, compraram o clube e mostraram que o sofrimento do torcedor do Blackburn não seria pequeno. 

Não tardou para que a primeira  decisão polêmica fosse tomada e Sam Allardyce acabou demitido. Steve Kean assumiu a equipe e a coisa piorou. Acostumado a terminar ao menos no top 10, os Rovers foram obrigados a se contentar com o inexpressivo 15° lugar ao fim da temporada 2010-2011.

Para a temporada 2011-2012, a confiança recaída sobre a equipe não era dos melhores. Com um técnico limitado (Steve Kean) e um elenco sem muitas alterações em relação ao da última temporada, a promessa de que a empresa Venky levaria o time ao topo da tabela parecia não acontecer e a realidade foi totalmente oposta.

Não conseguindo se encontrar desde o início do campeonato, o Blackburn já se encontra a três jogos sem vencer e a mais recente atuação contra o Bolton, que culminou em derrota de 2 a 1 e o ganho da lanterna da Premier League, mostrou que realmente as coisas estão uma bagunça e os enormes protestos da torcida são inevitáveis.

Steve Kean é limitado, não é nenhum salvador, de fato, não seria o homem ideal a levar para o topo do tabela. O treinador trabalha de acordo com sua capacidade, sem contar que os recursos oferecidos e o que ele tem em mão não possuem enorme qualidade, e, neste fato, a culpa recai sobre os donos do clube, que nunca se convenceram de que o escocês não era o homem certo para assumir o clube, além do fato de bons nomes a serem contratados é uma utopia, já que para essa essa temporada apenas inexpressivas promessas foram contratadas, ou seja, acima de tudo o elenco precisa ser melhorado.

Demitir Kean? Sim, é um fato compreensível. Mas, o buraco é mais embaixo, consertar a bagunça interna que o clube vive desde a chegada da Venky e melhorar o plantel podem fazer com que o torcedor dos Rovers volte a ter paz com seu time.

27 de agosto de 2011

Resumo dos jogos deste sábado da terceira rodada da Premier League

A terceira rodada da Premier League foi iniciada neste sábado com seis jogos. Confira o resumo de cada uma das partidas.

Aston Villa 0x0 Wolverhampton Wanderers


E no primeiro jogo da rodada, tivemos uma partida bem fraca tecnicamente, podemos dizer que sonolenta. Placar de 0 a 0 foi justo. O Aston Villa conquistou o seu segundo empate em três jogos e ocupa o sexto lugar, enquanto o Wolves perdeu a sequência de vitórias e está em 3º. O time da casa era quem tentava algo mais, no 4-3-3, enquanto o visitante se limitava aos contra-ataques. Na próxima rodada, dia 10/09, o Aston Villa vai até Liverpool encarar o Everton, enquanto o Wolverhampton recebe o Tottenham no Molineux.

Wigan Athletic 2x0 Queen Park Rangers


E numa partida bem confusa, o Wigan se manteve invicto em casa, enquanto o QPR que parecia ir bem na Premier League, perdeu o segundo jogo seguido. Com dois gols de Di Santo (isso mesmo, você não leu errado) o time da casa assumiu a sétima colocação. Enquanto o QPR que até foi bem no jogo (como nos outros dois jogos) está em 11º. Na próxima rodada, o Wigan vai até Manchester enfrentar o City no dia 10/09, enquanto o QPR recebe o Newcastle (no dia 12/09).

Blackburn Rovers 0x1 Everton


Com direito a show particular de Tim Howard, o Everton venceu fora de casa o Blackburn por 1 a 0, com gol de Arteta, no finalzinho. O jogo foi muito brigado (literalmente, foram 7 cartões amarelos e dois jogadores se lesionaram), o time da casa se deu ao "luxo" de perder dois pênaltis e levou a pior, quando Arteta de pênalti fez o gol do jogo. Os Rovers continuam se pontuar e é o lanterna, enquanto os Toffees ocupam o 10º lugar. Na próxima rodada o Everton recebe o Aston Villa no Goodison Park no dia 10/09, enquanto o Blackburn vai até Londres enfrentar o Fulham no dia 11/09.

Chelsea 3x1 Norwich City


E o jogo no Stamford Bridge, os Blues conseguiram a segunda vitória e agora ocupa o segundo lugar, enquanto os Canários continuam sem vencer e estão em 14º. Apesar do placar, o jogo foi bem disputado, mas a qualidade do elenco do Chelsea prevaleceu sobre o modesto Norwich e o time da casa saiu vitorioso. Os gols da partida foram marcados por  Bosingwa, Lampard e Mata (a sua estreia na EPL) a favor do Chelsea, e Holt para o Norwich. Na próxima rodada o Chelsea enfrenta o Sunderland no Stadium of Light no dia 10/09, enquanto Norwich recebe o WBA em casa no dia 11/09.

Swansea City 0x0 Sunderland


E o jogo no Liberty Stadium o time da casa empatou em zero com os Black Cats. Jogo movimentado, porém os goleiros Vorm (Swansea) e Mignolet (Sunderland) impediram os gols. O Swansea ocupam o 15º lugar, enquanto o Sunderland está em 13º. Na próxima rodada, no dia 10/09, o Swansea vai até Londres enfrentar o Arsenal, enquanto o Sunderland recebe o Chelsea.

Liverpool 3x1 Bolton Wanderers


O Liverpool recebeu o Bolton no Anfield, venceu bem e apresentou um bom futebol. Os Reds conquistaram a segunda vitória e agora ocupam a liderança, enquanto os Trotters perderam a segunda e ocupam o 9º lugar.  Com amplo domínio o Liverpool fez 3 a 0 com certa facilidade (Henderson, Skrtel e Adam), e numa infelicidade de Carragher, o Bolton fez o gol de honra aos 92 minutos com Klasnic. Na próxima rodada, no dia 10/09, o Liverpool enfrenta o Stoke fora de casa, enquanto o Bolton recebe o Manchester United no Reebok Stadium.

Neste domingo, teremos ainda quatro jogos: Newcastle United x Fulham, Tottenham Hotspur x Manchester City, West Bromwich Albion x Stoke City e Manchester x United. A classificação da Premier League ficou da seguinte maneira:

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Por Arthur Barcelos (@arthurbarcelos_)

20 de agosto de 2011

Resumo dos jogos deste sábado da segunda rodada da Premier League

A segunda rodada da Premier League foi iniciada neste sábado com seis jogos. Confira o resumo de cada uma das partidas.

Sunderland 0x1 Newcastle



No duelo que abriu a jornada, o Sunderland começou melhor e atacou o Newcastle. Jogando em casa, no Stadium of Lights, os Black Cats criaram chances, principalmente com Sessegnon e Larsson, mas a bola não entrou, ora por Krul defendendo, outrora pela bola tirada em cima da linha por Barton, supostamente com o braço. O árbitro Howard Webb mandou seguir. Preso na defesa no primeiro tempo, os Magpies se arrumaram na etapa final e conseguiram organizar mais jogadas de ataque. E foi o Newcastle que abriu o marcador com Ryan Taylor, de falta, aos 17 minutos. O técnico Steve Bruce mexeu rapidamente no Sunderland, mas não adiantou nada e viu seu time perder em casa o clássico do nordeste inglês (chamado de Tyne-Wear Derby).

Arsenal 0x2 Liverpool


O primeiro clássico de times grandes da temporada teve desfecho ruim para o Arsenal, que perdeu por 2x0, mesmo jogando no Emirates Stadium. O time até que foi bem, criou algumas oportunidades, com Frimpong e Nasri (um dos poucos que se salvaram das vaias), mas também se expôs ao contra-ataque. Carroll e Adam davam trabalho à Szczesny. No segundo tempo, os Gunners tiveram boa chance com Van Persie, mas Reina salvou. Perto do fim, o Arsenal levou o castigo. O primeiro gol dos Reds foi de Ramsey, contra, após falha generalizada da defesa; e o segundo foi de Suárez, que tocou pras redes sem goleiro. A fraca atuação dos londrinos fizeram a torcida vaiar o time no final do jogo. Para o Liverpool, a vitória levou a equipe para quatro pontos em dois jogos.

Swansea 0x0 Wigan


Na primeira partida do Swansea como mandante na Premier League, o time não saiu do zero contra o Wigan. Mas o jogo não foi tão ruim como o resultado sugere. No primeiro tempo, os Cisnes tiveram a iniciativa e o Wigan se fechava, explorando o contra-ataque. O placar não foi aberto porque o Swansea teve incompetência na hora da finalização. Nos 45 minutos finais, o duelo foi mais equilibrado e o Wigan poderia ter vencido em um pênalti, mas Watson perdeu, quando bateu e Vorm defendeu. É o primeiro ponto dos Cisnes na volta à primeira divisão. Já os visitantes foram para o segundo empate em dois jogos.

Everton 0x1 QPR


A estreia do Everton (não jogou na primeira rodada diante o Tottenham devido aos ataques em Londres) não foi das melhores. O QPR foi ao Goodison Park mordido pela goleada sofrida na primeira rodada (4x0 do Bolton) e foi determinado a tentar pontuar. E aos 30 minutos, o time conseguiu isso, com Tommy Smith, que fez 1x0. Na etapa final, os Toffes pressionaram desesperadamente, mas sem sucesso. Os Rangers se recuperam da humilhação de sábado passado e conquistam seus três primeiros pontos na Premier League.

Aston Villa 3x1 Blackburn


Aproveitando a fragilidade do adversário, o Aston Villa venceu com tranquilidade o Blackburn por 3x1, no Villa Park. Agbonlahor e Emile Heskey colocaram o Villa com 2x0 de vantagem no primeiro tempo. O Blackburn não conseguia sair para o jogo e tomou ainda mais sufoco. Na etapa final até conseguiu diminuir com Pedersen, mas logo levou o terceiro, com Darren Bent. Com isso, o Aston Villa foi para quatro pontos. Já o Blackburn segura a lanterna, com ainda nenhum ponto.

Chelsea 2x1 West Bromwich


Na partida que fechou o sábado, o Chelsea, a duras penas, venceu o West Bromwich por 2x1, em Stamford Bridge. Mas o resultado apertado foi o de menos para o técnico André Villas-Boas, que venceu oficialmente seu primeiro jogo pelos Blues. No primeiro tempo o WBA logo abriu o placar, com Long, depois de Ramires errar passe no meio-campo. O Chelsea esbarrou no meio-campo do adversário, devido a forte marcação que o WBA tinha. Na etapa final, os londrinos mudaram de atitude e empataram com Anelka, aos 8. Porém, o West Bromwich também assustava com Scharner. Fernando Torres, apagado, deu lugar a Drogba, e isso fez os Blues melhorarem ainda mais no poder ofensivo, tanto que, aos 38 minutos, Malouda empurrou para as redes, após jogada de Bosignwa, definindo a vitória do Chelsea, que foi para quatro pontos na Premier League. Os Baggies seguem sem ganhar, com duas derrotas.

A rodada será completada neste domingo com Wolves x Fulham, Norwich x Stoke City e Bolton x Manchester City. Na segunda-feira, Manchester United x Tottenham se enfrentam no Old Trafford.

Por: Márcio Donizete (@marciodonizete)

13 de agosto de 2011

Resumo dos jogos de sábado da primeira rodada da Premier League

Neste sábado foi dado o início da Premier League 2011-12. Estaremos analisando os primeiros* jogos da rodada.

Blackburn 1x2 Wolverhampton


No confronto em Ewood Park, Blackburn e Wolves fizeram um jogo razoável. No primeiro tempo, quem abriu o placar foi o estreante Formica, mas pouco depois o Wolves tratou de empatar a partida com Fletcher. Já na segunda etapa, no rebote de uma cobrança errada de Doyle, Ward deu números finais à partida. Foi uma partida bem parelha, com chance para ambos os lados, domínio maior do Wolves no primeiro tempo, e no segundo o Blackburn que buscou mais o jogo. Ambos possuem time para ficar no meio da tabela. Na próxima rodada o Blackburn enfrentará o Aston Villa fora de casa, enquanto o Wolves recebe o Fulham.

Fulham 0x0 Aston Villa


O jogo em Londres, no “caldeirão” Craven Cottage não foi muito empolgante. Com cara de início de temporada mesmo. Poucas chances, que os excelentes goleiros Schwarzer e Given souberam defender. A partida também contou com algumas estreias, pelo lado do Fulham: Martin Jol (técnico) e John Arne Riise (lateral); pelo lado do Villa: Alex McLeish (técnico), Shay Given (goleiro) e Charles N’Zogbia (winger). Dois times que têm qualidade para brigar por uma vaga na Europa League, mas precisam melhorar muito ainda. Na próxima rodada, o Fulham enfrentará o Wolves fora de casa, enquanto o Aston Villa recebe o Blackburn.

Liverpool 1x1 Sunderland


No jogo em Anfield, talvez o melhor da rodada. Muita expectativa para ambos os times, que movimentaram bastante o mercado da bola. Cada tempo um time dominou. O primeiro foi todo do Liverpool, pressionando bastante os Black Cats, mostrando valer todo o dinheiro gasto. Mas não souberam aproveitar as chances que tiveram, Suárez perdeu um pênalti, mas depois numa cobrança de falta batida por Adam ele desviou de cabeça. Aliás, bom primeiro tempo dos estreantes, Charlie Adam (pelos passes quase perfeitos), Stewart Downing (pela movimentação junto à Suárez) e José Enrique (pela solidez defensiva), porém Jordan Henderson foi mal (mal posicionado também). No segundo tempo, o Liverpool voltou totalmente fora de ritmo, parecia cansado, diferente do Sunderland que foi com tudo pra cima dos Reds. E numa falha da defesa vermelha, os Black Cats chegaram ao gol, e que gol, um belo voleio de Larsson. Há muito trabalho a ser feito por Kenny Dalglish e Steve Bruce, o Liverpool é candidato direto ao título, enquanto o Sunderland pode ser capaz de surpreender e ficar na frente de equipes como Arsenal e Tottenham. Na próxima rodada, o Liverpool vai até o Emirates Stadium enfrentar o Arsenal, enquanto o Sunderland recebe o Newcastle.

QPR 0x4 Bolton


A partida entre QPR e Bolton no Loftus Road foi bem interessante, foi ao lado de Liverpool 1x1 Sunderland o melhor jogo de sábado. O estreante QPR não levou muita sorte (definitivamente, o veterano Dyer sofreu outra lesão), jogou até bem no primeiro tempo, mas não soube aproveitar as chances que teve. Diferente do Bolton, que marcou nos acréscimos com Cahill (que deve sair do time em breve, rumo ao Arsenal ou Liverpool). No segundo tempo, aí sim, domínio total do Bolton. O time de Coyle fez três gols em 12 minutos, matando o QPR. Apesar do placar elástico sofrido, o QPR tem um time que dá para ficar no meio da tabela, já o Bolton briga por uma vaguinha na Europa League. Na próxima rodada o QPR vai até Liverpool enfrentar o Everton, enquanto o Bolton recebe o Manchester City.

Wigan 1x1 Norwich


No DW Stadium, jogo fraco tecnicamente, até porque ambos os times irão brigar para não cair. No primeiro tempo, Watson (Wigan) é quem inaugurou o placar, numa cobrança de pênalti. E nos acréscimos Hoolahan, após falha bisonha da defesa do Wigan, principalmente do goleirão Al Habsi, empatou a partida. No segundo tempo, times pouco criaram, e o jogo ficou no empate mesmo. Na próxima rodada, o Wigan vai até o País de Gales enfrentar o Swansea, enquanto o Norwich recebe o Stoke.

Newcastle 0x0 Arsenal


E no último jogo de sábado, uma partida bem fraca, sabendo da qualidade dos elencos. O jogo ficou marcado por uma confusão entre Gervinho e Barton. No primeiro tempo, pouca movimentação das equipes, o time da casa não conseguia criar, já o Arsenal ficava muito dependente das jogadas de Gervinho, que foi inclusive muito bem, mas não o bastante para ajudar a abrir o placar. No segundo tempo, o Newcastle passou a ter mais chances, enquanto o Arsenal ainda não se encontrava em campo. A segunda etapa aliás foi marcada por uma confusão. Gervinho simulou um pênalti na área, onde o árbitro não marcou, só que os jogadores do Newcastle partiram pra cima do marfinense, entre eles o que adora confusão, Barton, que chegou a trocar algumas agressões com o winger do Arsenal. Depois da confusão, o árbitro expulsou Gervinho e deu apenas um amarelo para Barton. O Arsenal sentiu bastante a falta da qualidade técnica de Nasri e Fàbregas, é um problema a ser trabalhado por Wenger. Já o Newcastle, falta aquele homem que chame mais a responsabilidade, um que desequilibre a partida. Na próxima rodada o Newcastle irá enfrentar o Sunderland fora de casa, enquanto o Arsenal receberá o Liverpool em casa.

*Lembrando que a partida entre Tottenham e Everton foi adiada, devido a onde de violência que vem ocorrendo na Inglaterra.

Neste domingo, teremos mais dois jogos: Stoke x Chelsea e West Bromwich x Manchester United. Manchester City e Swansea jogam na segunda.

Por Arthur Barcelos (@arthurbarcelos_)

Alan Shearer: O maior artilheiro da Premier League

Sem nunca ter jogado por um gigante do futebol inglês, Alan Shearer se destacou pelo Newcastle, onde atuou por 10 anos

Atacante alto, forte, técnico, grande habilidade no jogo aéreo e chutes potentes. Essas são algumas das qualidades de Alan Shearer, que sem dúvida entra na lista dos melhores jogadores ingleses da última década.

Formado na base do Southampton, o prodígio garoto não demorou para ser integrado ao elenco profissional da equipe. 

Chegando ao clube em 1986, então com 16 anos, Shearer treinaria por 2 anos com o time de juniores para no fim da temporada 1987/1988 fazer sua estreia pela equipe principal do Southampton.

Foram apenas 5 jogos, porém um deles foi especialíssimo e mostrou toda a capacidade. Na vitória por 4 a 2 sobre o Arsenal, o ainda jovem atacante anotou um hat-trick, ganhando admiração e o recorde de jogador mais jovem a fazer tal feito.

As temporadas foram passando e Alan Shearer crescendo. Sem marcar muitos gols, o jogador usava de toda sua força e técnica para criar boas jogadas, logo, ganhou a admiração da torcida ao fazer uma notória dupla de ataque com Matt Le Tissier.

Em todo o tempo que ficou no Southampton, sua temporada mais fantástica foi a de 1991/1992, quando conseguiu marcar 13 gols em 41 jogos, rendendo convocação para as seleções de base da Inglaterra e interesses de outros clubes. Tanto que acabou se transferindo para o Blackburn, deixando os Saints após ter feito 118 jogos e 23 gols.

Mesmo sob o interesse do Manchester United, Alan Shearer acabou por se transferir para o Blackburn, em transferência que movimentou 3, 3 milhões de libras.

Em sua primeira temporada com os Rovers (1992/1993), o atacante se machucou seriamente, em um grande momento, anotando 16 gols em 21 jogos da temporada.

Recuperado da lesão, o jogador voltou com tudo na temporada 1993/1994. Participando de quase todos os jogos, Shearer foi um dos grandes destaques do Blackburn, que acabou vice-campeão na Premier League. Com 31 gols em 40 jogos, o atacante acabou por ser eleito o melhor jogador do futebol inglês pela associação dos jornalistas.

Se a temporada 1993/1994 foi excelente, a de 1994/1995 foi fantástica. Com a chegada de Chris Sutton, Alan Shearer voltou a protagonizar outra parceria épica, sem deixar de brilhar individualmente e muito. Com 34 gols na Premier League, o atacante foi artilheiro da competição e comandou os Rovers em uma brilhante campanha que culminou no título do campeonato nacional. Por fim, Shearer foi eleito pela federação inglesa, o melhor jogador da temporada.

Para a temporada 1995/1996, o Blackburn não conseguiu fazer uma boa campanha, ficando apenas na 7ª colocação, já o homem-gol da equipe voltou a se destacar, terminando mais uma vez a Premier League como artilheiro, dessa vez com 31 gols.

O sonho estava realizado. Após uma passagem brilhante pelo Blackburn (112 gols em 138 jogos), Alan Shearer se transferiu para seu clube favorito desde sua infância: o Newcastle. De quebra, o treinador da equipe era o ex-jogador Kevin Keagan, maior ídolo de Shearer.

Em sua primeira temporada com o Newcastle (1996/1997), Alan Shearer foi muito bem, marcou 25 gols, sendo novamente artilheiro da Premier League e eleito o melhor jogador da temporada.

As temporadas seguintes de Shearer foram tenebrosas. Com diversas lesões, o atacante não conseguiu emplacar uma boa sequência de jogos, nem muito menos voltar a fazer gols aos montes, como de costume.

Nos Magpies, não conseguiu conquistar títulos. Mas pelo nomes e alguns jogos dignos de gênio, Alan Shearer veio a ser um dos maiores ídolos do clube, mesmo não conquistando tudo o que esperava.

Cercado de lesões, aos 36 anos, Alan Shearer encerrou sua carreira em um amistoso realizado entre Newcastle e Celtic, realizado em 11 de maio de 2006. Novamente machucado, o atacante não participou mas deu o pontapé inicial da partida, deixando na memória do torcedor do Newcastle todos os 303 jogos e 148 gols que fez em quase 10 anos de clube.

Alan Shearer emplacou boas atuações e gols também na seleção inglesa. Convocado pela primeira vez em 1990, quando foi chamado para a equipe sub-21, o atacante não tardou a se destacar, porém teve seus problemas.

As lesões o atrapalharam bastante a emplacar uma sequência e uma quantidade de gols, mas não impediram de ter suas grandes glórias.

O maior destaque do atacante com o English Team foi o posto de artilheiro na Eurocopa de 1996 e a participação na Copa do Mundo de 1998.

Ao todo (incluindo a seleção sub-21), foram 75 jogos de Shearer com a camisa da Inglaterra e 43 gols.

Em toda sua carreira, Alan Shearer marcou 379 gols, desses, 260 aconteceram em jogos da Premier League, o que lhe dá a condição de artilheiro máximo da competição e é sempre lembrado na memória de todos nós amantes do futebol inglês.


Por: Felipe Ferreira (@felipepf13)

30 de julho de 2011

Disputa de terceiro lugar e final da Barclays Asia Trophy


A Barclays Asia Trophy, torneio de pré-temporada promovido pelo grande patrocinador da Premier League, teve, hoje, seu desfecho com a disputa do 3° lugar e a disputa do título.

Como prometido, aqui está a análise das últimas duas partidas da competição:

Disputa do 3° lugar: Blackburn 3 x 0 Kitchee

 
Na disputa do 3° lugar, o Blackburn fez sua obrigação e venceu o Kitchee, equipe chinesa, por 3 a 0, em gols marcados por Formica, Blackmann e Dunn.

Diante de uma equipe bastante fraca tecnicamente, os Rovers fizeram o que deveriam fazer. Pressionaram desde início, não deram espaço para o rival e aproveitou as boas oportunidades que teve, aliado a uma boa atuação de David Dunn, o time inglês não encontrou grandes dificuldades e venceu bem o fraco time chinês.

Mais uma vez a deficiência técnica do Kitchee veio a tona. O time é muito fraco, tentou até algumas vezes levar perigo ao Blackburn, mas não conseguiu criar boas jogadas. Em meio a um grande sufoco, a equipe ainda conseguiu obrigar o goleiro Bunn a fazer uma única boa defesa.

O homem do jogo, sem dúvida, foi David Dunn. O meia criou as melhores jogadas do Blackburn, compôs muito bem o meio-campo e para fechar com chave de ouro deixou o seu gol, acabando por ser a peça-chave para o terceiro lugar conquistado pelos Rovers.

Final: Chelsea 2 x 0 Aston Villa


Nada de surpresas na final da Barclays Asia Trophy. O grande favorito, Chelsea, confirmou seu status e sem grandes dificuldades venceu a equipe do Aston Villa por 2 a 0, gols marcados por Anelka e Fernando Torres.

Com grandes perdas na janela de transferência, o Villa mostrou que as coisas para esta temporada serão difíceis. A equipe de Alex McLeish foi presa fácil para o Chelsea, que dominou o jogo desde o início, criou diversas oportunidades e viu seu adversário levar perigo a sua meta em pouquíssimas vezes.

O domínio do Chelsea não refletiu no placar. A equipe criou muitas oportunidades e deu grandes sinais de que uma goleada seria construída, entretanto, os Blues pararam na muralha Shay Given, que mais uma vez teve que fazer o impossível para salvar sua equipe.

O homem do jogo poderia ser muito bem Anelka, grande destaque do Chelsea, no entanto, destaco a atuação de um jogador da equipe derrotada. Given mais uma vez foi brilhante, fechou o gol do Villa e mostrou que tem tudo para crescer ainda mais nessa temporada.

Por: Felipe Ferreira (@felipepf13)

27 de julho de 2011

As semifinais da Barclays Asia Trophy


A Barclays Asia Trophy é uma competição organizada pelo principal patrocinador da Premier League, que realiza o torneio na Ásia em busca de conquistar um novo mercado e divulgar o futebol por lá.

Apesar de ser apenas um torneio amistoso, a competição é interessante por 3 das 4 equipes que a disputam serem times da Premier League, o que acaba por ganhar nossa atenção, pois, assim, podemos conhecer e ver como tais equipes virão para a temporada.

A competição, que é disputada por Chelsea, Aston Villa, Blackburn e Kitchee (equipe chinesa), terá apenas suas duas semifinais, e, depois, teremos a final e a disputa de terceiro lugar.

Aqui em nosso blog, você encontrará nossa análise sobre todos os jogos, já começando por hoje com as duas semifinais.

Aston Villa 1 x 0 Blackburn


Após perder peças importantes para a próxima temporada, o Aston Villa estreou bem no torneio de pré-temporada. A equipe conquistou uma boa vitória sobre o Blackburn por 1 a 0, gol marcado por Darren Bent, que mostrou ter tudo para se tornar o destaque da equipe nessa temporada.

O Aston Villa de Alex McLeish entrou retrancado, apostando no contra-ataque, e permitiu muitas vezes o Blackburn chegar a seu campo de ataque levando muito perigo.

A partida foi bastante competitiva, os Rovers se comportaram muito bem diante de um adversário fechado, entretanto, em muitos momentos, deixou espaços para o Villa contra-atacar e criar suas jogadas mais perigosas.

Sem conseguir criar muitas chances, os Villans conquistaram a vitória na base do oportunismo. Contratado a peso de ouro, o atacante Dareen Bent foi capaz de empurrar para as redes e mostrar que chega para ocupar a vaga de protagonista no time.

Sobre a vitória do Aston Villa, a considero injusta. O Blackburn teve um maior domínio da partida, criou mais oportunidades e só não conseguiu chegar ao gol por ter parado em Shay Given, que fez grandes defesas, podendo até mesmo ser considerado o melhor jogador da partida.

Chelsea 4 x 0 Kitchee


Diante da equipe mais fraca da competição, o Kitchee, que é o atual campeão chinês, o Chelsea não fez feio. Os Blues não demonstraram todo seu potencial, mas jogaram o bastante para golear a equipe chinesa por 4 a 0, gols de Lampard, Luzardo (contra), Drogba e Sturridge.

Depois de um jogo muito bom entre Aston Villa e Blackburn, Chelsea e Kitchee protagonizaram um jogo de um time só. A tradicional equipe londrina não precisou "suar a camisa" para aplicar a goleada no time chinês.

Armado muito bem em um 4-2-3-1 por André Villas-Boas, os Blues apresentaram um meio-campo eficiente, que trabalhou bem a bola e criou oportunidades muito boas quando partiu para a cima da nada brilhante linha defensiva do Kitchee.

O homem do jogo não poderia ser outro, se não Didier Drogba. O atacante infernizou a defesa chinesa, criou muito boas oportunidades e mostrou que esta temporada poderá ser a sua temporada.

Além do atacante, vale a pena destacar também Benayoun que voltou a fazer uma eficiente partida nesta pré-temporada. Mostrando que, enfim, poderá se firmar como uma boa opção no elenco do Chelsea.

Nota rápida: A final entre Chelsea e Aston Villa será realizada no sábado, assim como a disputa do 3° lugar entre Blackburn e Kitchee. Ambos os jogos ganharão destaque aqui no blog.

Por: Felipe Ferreira (@felipepf13)

13 de dezembro de 2010

Terra de instabilidade

Sam Allardyce, no começo do trabalho no Bolton: saudade de um tempo de estabilidade, ainda que sem abundância

Os proprietários indianos do Blackburn surtaram. Se Raj Koothrappali precisa ingerir bebida alcoólica para conversar com mulheres em The Big Bang Theory, os novos mandatários dos Rovers demitiram Sam Allardyce plenamente conscientes. Até por isso, a atitude soa incompreensível. Big Sam chegou ao Ewood Park na metade final de 2008-09. Salvou do rebaixamento uma equipe que parecia perdida a certa altura da temporada. Na seguinte, levou o Blackburn à ótima 10ª posição. Agora, na 13ª, cai sem nenhuma explicação. Sete a zero em Old Trafford e jogo feio, com esse orçamento, não são argumentos.

A demissão de Big Sam dos Rovers vem alguns dias depois da de Chris Hughton do Newcastle. Allardyce, vale lembrar, foi dispensado do Newcastle, há três anos, também por Mike Ashley, algoz de Hughton. Na temporada passada, Steve Bruce, do Sunderland, reagiu com desgosto à atitude da cúpula do Manchester City de mandar Mark Hughes embora: "os treinadores britânicos não têm estabilidade!". Hughton é futebolisticamente irlandês, mas também se enquadra no grupo dos caseiros. Não há, porém, perseguição aos treinadores locais. Por exemplo, Bruce, mal na temporada passada, ganhou muito tempo - talvez mais que o normal - para arrumar o Sunderland. Há certa tendência à instabilidade, um tanto maior que em outros tempos, mas tudo depende do comportamento de cada diretoria.

A do Manchester City, endinheirada, não costuma hesitar na hora de se desfazer de alguém. No entanto, a pendência atual exige muita calma. De onde vem o pedido de transferência de Tévez? Oficialmente, trata-se da antiga insatisfação com o mundo, que tem sido frequentemente manifestada há muitos anos: saudade das filhas, da cumbia. Está claro, contudo, que pode haver conselhos descabidos de seu agente, Kia Jooraabchian. Afinal, o que tem a ver uma requisição de transferência com um eventual retorno à Argentina? Tévez, no máximo, sairia para Itália ou Espanha, mais calientes, porém quase igualmente distantes de Florencia e Katie.

Kia à parte, Tévez é um profissional ambíguo. É quase perfeito em campo, mas tem feito uma algazarra - não no sentido Adriano do negócio - fora dele. Carlitos é o principal jogador e o capitão do City. O time venceu o West Ham sem ele, mas não se sustentará na corrida pelo título e pode ter problemas na luta pelo quarto posto caso ele vá embora. Não é possível, com uma ou duas aquisições em janeiro, forjar o encaixe ao time e a capacidade prática de Tévez, uma espécie de MVP da Premier League. A princípio, a diretoria disse "não" ao pedido do argentino. O ideal é dialogar muito, como fez o United com Rooney, para evitar sua saída por conta de uma possível confusão de bastidores. O fato é que o caso de Robinho, problemático e ineficiente em Eastlands, não pode ser equiparado ao do capitão.

Aliás, o Manchester United, inspirado pelo capitão Vidic e seu parceiro Ferdinand, derrotou o Arsenal por 1 a 0 e descolou uma ótima vantagem na liderança. Os Red Devils, com normais 70,8% de rendimento, podem, por exemplo, abrir nove pontos para o Chelsea se vencerem em Stamford Bridge e aproveitarem os três pontos do jogo que não disputaram. Invicto e sólido, mas tendo produzido menos exibições impressionantes que os outros quatro postulantes, o United é o melhor time de um primeiro turno marcado pelos vacilos do Arsenal e a queda do Chelsea, vertiginosa, mas claramente passageira.

Imagem: BBC

24 de março de 2010

Obrigado, Big Sam

Sam Allardyce não é fenomenal, mas sabe conduzir a evolução de um time

Ele pode ser adepto de invencionices. Suas equipes têm, de fato, certa propensão a jogar de modo insosso. Ainda assim, Sam Allardyce tem se notabilizado na Inglaterra como um bom treinador. De 1991 a 1996, comandou Limerick, da Irlanda, e Blackpool. Em 1997-98, pelo Notts County, Big Sam conquistou a quarta divisão com 19 pontos de vantagem sobre o segundo colocado, estabelecendo uma série de recordes. Em outubro de 1999, chegou ao Bolton para realizar um dos mais consistentes trabalhos dos últimos tempos no futebol inglês.

A temporada 1999-2000 já indicava que Allardyce faria algo bom no Reebok Stadium. Mesmo na segunda divisão, o Bolton incrivelmente chegou às semifinais das Copas da Inglaterra e da Liga. No ano seguinte, os Trotters derrotaram o Preston por 3 a 0 na final dos playoffs e ascenderam à Premier League após três anos de ausência. Depois de duas temporadas de corrida contra o rebaixamento, a equipe melhorou repentinamente. Em 2003-04, Big Sam levou o clube à primeira metade da tabela e à decisão da Copa da Liga. Em seguida, vieram a sexta posição e a vaga na antiga Copa da UEFA. A consistência provocou especulações quanto à possibilidade de Allardyce substituir Sven-Goran Eriksson na seleção inglesa.

Com o cargo ocupado por Steve McClaren, o treinador do Bolton assumiria o Newcastle em 2007. Aliás, foi no St. James' Park que ele criou uma imagem tenebrosa perante seus críticos. Apesar do início promissor, uma sequência de maus resultados, aliada a supostos problemas de relacionamento com o elenco dos Magpies, levou as partes a um rompimento amigável logo em janeiro de 2008, apenas cinco meses após o começo da temporada. Por conta das ambições exageradas e da maior visibilidade internacional do Newcastle, Big Sam não é encarado por muitos como alguém competente. Mas, à exceção de Kevin Keegan durante alguns meses, quem fez algo realmente substancial pelos Magpies nos últimos tempos?

Allardyce voltou à tona em dezembro de 2008 com a indigesta missão de salvar o afundado Blackburn, campeão inglês em 1995, do rebaixamento. E ele foi bem sucedido. Transformou uma equipe completamente desacreditada em um conjunto ainda desagradável de se ver, mas bem melhor de se torcer. Mais confiante, o Blackburn de 2009-10 já é capaz de impor dificuldades aos grandes - ainda que apenas no Ewood Park - e vencer confrontos diretos pelas posições intermediárias. Assim, o elenco de Paul Robinson, Míchel Salgado e El-Hadji Diouf é o 11º colocado da Premier League.

Na temporada passada, com Roque Santa Cruz e Benni McCarthy indisponíveis, Allardyce escalou o zagueiro congolês Christopher Samba, de 1.93m, como centroavante por algumas rodadas. Invencionice até certo ponto, sim. Mas prova a disposição de Sam em se adaptar a condições adversas. Por isso, ele melhorou quase todos os clubes em que trabalhou. Parece claro que não é treinador para grandes equipes, para sustentar projetos muito ambiciosos. Contudo, ele soube fazer os poucos destaques técnicos do Blackburn - Givet na defesa, Gamst Pedersen e David Dunn no meio - funcionarem muito bem. A boa exploração do baixo potencial certamente leva os torcedores de vários dos clubes treinados por Big Sam a uma postura de agradecimento em relação a ele.

Imagem: The Guardian

20 de novembro de 2009

The Human Wall

Bradley Howard Friedel, ou simplesmente Brad Friedel. nasceu no dia 18 de maio de 1971. O goleiro norte-americano de 38 anos é considerado por muitos velho demais para o futebol. Contrariando essas pessoas, Friedel é recordista em número de partidas consecutivas pela Premier League.

Praticou esportes como futebol, basquete e tênis em sua adolescência. Iniciou como futebolista jogando de atacante, mas foi mesmo no gol que se destacou. Jogando pela Universidade da Califórnia - UCLA, foi eleito o melhor goleiro dos Estados Unidos em 1991 e 1992. O bom desempenho o fez sair cedo da UCLA e partir para o futebol profissional.

Tentou iniciar a carreira jogando pelo Nottingham Forest, mas foi impedido por não obter a licença de trabalho britânica. Assim, assinou contrato com a Federação de Futebol dos Estados Unidos para ser atleta exclusivo do time nacional e, em 1994, participou da Copa do Mundo disputada em seu país.

Após o fim da competição, partiu em busca de um clube e passou a integrar o Newcastle United como atleta universitário - já que não obteve a licença mais uma vez. Depois, partiu para a Dinamarca para jogar pelo Brondby IF. Após vários meses jogando pelo clube voltou ao seu país para se preparar com sua seleção para a Copa América de 1995.

Terminada a Copa América, rumou novamente para a Inglaterra e tentou atuar pelo Sunderland, quando teve novamente a licença negada. Foi parar então no Galatasaray, da Turquia, onde jogou até julho de 1996, quando se transferiu para o Columbus Crew, de sua terra natal. Pelo Columbus, foi eleito o melhor goleiro da temporada de 1997 e fez parte do MLS Best XI.

Já consolidado como o grande goleiro do país, alçou novos voos e, enfim portando a licença para trabalhar no Reino Unido, foi para Liverpool, jogar pelos Reds, estreando no dia 28 de fevereiro do 1998. Após três temporadas e 30 jogos na terra dos Beatles e com duas Taça UEFA disputadas, acabou por amargar a reserva e transferir-se gratuitamente em novembro de 2000 para o Blackburn Rovers, time pelo qual jogou mais tempo.

Com atuações seguras e de alto nível, ajudou os Rovers a conquistarem o acesso à Premier League e por lá permanecerem. Friedeu obteve o título de Homem do Jogo na partida final da Liga em 2002 frente ao Tottenham. Outro exemplo de sua competência está o elogio recebido do treinador Gordon Strachan, também em 2002, que o comparou ao Superman: "Eu não ficaria surpreso se, quando ele tirar sua camisa, houver outra azul com um 'S' por trás dela", afirmou.

O goleiro seguiu jogando em altíssimo nível e foi eleito na temporada 2002/03 para a seleção do campeonato. As boas atuações lhe renderam mais uma participação em Copa do Mundo, em 2002.

Depois de renovar contrato com o Blackburn em duas ocasiões, em 2006 e 2008, declarando amor ao clube, acertou com o Aston Villa, pelo qual tem jogando e quebrado recordes. No dia 31 de outubro de 2009, atingiu a marca de 200 partidas consecutivas pela Premier League e se tornou o jogador com o maior número de jogos seguidos pela competição. Agora, ele já soma 201 aparições em sequência.

Pela seleção nacional, Fiedel disputou três Copas do Mundo e 82 partidas ao todo e recebeu o apelido dos torcedores: The Human Wall (a muralha humana)! Anunciou sua aposentadoria da seleção em 7 de fevereiro de 2005.

Aos 38 anos de idade, Friedel continua em ótima forma e mostra que, apesar da idade, é capaz de seguir fazendo a diferença em campo e ajudando o Villa a fixar maiores objetivos nessa temporada.