22 de junho de 2011

O que esperar de André Villas-Boas no comando do Chelsea?

Hoje, dia 22 de Junho de 2011, quarta-feira, por 13 milhões de libras, foi confirmada a transação mais cara da história no futebol por um treinador, qual treinador? André Villas-Boas. Pois é, o que foi constantemente, digo até que enjoativamente, cogitado como novo treinador do Chelsea Football Club, se tornou realidade.

Eis o novo treinador do Chelsea, André Villas-Boas. (Getty Images)

O motivo do valor da transferência ser tão cara? Creio que pela curta experiência de Villas-Boas como treinador do Porto. Lá, ele conseguiu na primeira temporada conquistar um Campeonato Português invicto (sem derrotas) e teve uma campanha “monstruosa” na UEFA Europa League, em que inclusive se sagraram os campeões. Está certo que o valor foi bem alto, mas fazer o quê? Quando o russo Roman Abramovich (presidente do clube londrino) está interessado em algo, ninguém pode impedi-lo!

E a última temporada do Chelsea, com o experiente treinador italiano, Carlo Ancelotti não foi nada agradável para os torcedores e para o russo. Nela, os Blues não conseguiram nenhum título, apenas um segundo lugar na Premier League, um quarto na FA Cup, um terceiro na Copa da Liga Inglesa e um vice na Community Shield, além de terem sido eliminados nas Quartas-de-final da UEFA Champions League.

O “novo Mourinho” terá bastante trabalho com essa equipe do Chelsea, em que o elenco geralmente tem “mandado” mais que o treinador; por isso, ter um bom trabalho no vestiário é essencial para o português. Porém, Villas-Boas no Chelsea não é nenhuma novidade, afinal ele já foi auxiliar de José Mourinho no time londrino. Aliás, o treinador mostrou humildade em entrevista para o Chelsea TV: “Não se pode esperar tudo de uma pessoa só. Podem esperar um grupo dinâmico e unido, é isso o que vamos tentar fazer. Queremos a torcida ao nosso lado, motivada e é isso o que importa, não a minha chegada. Temos é que continuar o sucesso deste grande clube”. Se fizer o que disse na entrevista, o Chelsea da temporada 2011-12 promete, meus companheiros!

Além de um salário bem “gordo”, o treinador português terá ainda cerca de 80 milhões de euros para gastar em contratações. Eis aqui alguns dos nomes cogitados: Falcao García (Porto), João Moutinho (Porto), Neymar (Santos) e Kun Agüero (Atlético Madrid).

Bom, vamos agora a parte tática. André Villas-Boas usou no Porto o 4-3-3 que deve ter “aprendido” com Mourinho. É um esquema simples, veja como funciona.

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No meio-campo, o Porto apresenta um triângulo de base alta. Fernando é o vértice recuado, um primeiro volante combativo e disciplinado, que não deixa a zona de atuação restrita à proteção da linha defensiva. Mais à frente, alinhados, estão os meias articuladores João Moutinho (esquerda) e Guarín (direita), que alternam o passe longo para os pontas – geralmente com inversões – e a própria passagem em velocidade, triangulando com o lateral e com o atacante. Na linha dos três atacantes, Hulk e Varela alternam as jogadas pela linha de fundo e a entrada em diagonal na área. Esta é a principal característica de ambos: velocidade para abrir a defesa adversária. Com isso, eles tiram a marcação da área e abrem espaço para Falcao (atacante centralizado) jogar com marcação simples. Eles recorrem muito aos cruzamentos, altos ou rasteiros na primeira trave. É um 4-3-3 que lembra muito o usado por Mourinho quando treinava o Chelsea.*

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Hoje, com o elenco que o Chelsea disponibiliza à André Villas-Boas, vejo o português escalando um 4-3-3 dessa maneira: Cech; Ivanovic, David Luiz, Terry e Ashley Cole; Ramires, Essien e Lampard; Anelka, Torres e Malouda. Bom, resta agora esperarmos para ver o resultado dessa "aposta" do Chelsea, qualidade Villas-Boas possui, mas tem o caso da inexperiência.

*Crédito para Eduardo Cecconi (@eduardocecconi), onde usei trechos de seu post no blog Tabuleiro.
**Ilustrações: TacticalPad

Por Arthur Barcelos (@arthurbarcelos_)

21 de junho de 2011

O futebol de resultado no English Team

Juntamente com outras promessas, o volante Jordan Henderson sucumbiu com o English Team na Eurocopa Sub-21

Com uma geração boa e talentosa, o time sub-21 inglês possui todos os elementos para fazer com que o English Team retome suas glórias e volte a integrar o hall das melhores seleções do mundo.

Entretanto, a primeira prova de fogo da futura geração futebolistíca inglesa foi um fiasco. Com excelentes jogadores, casos do volante Jordan Henderson e do atacante Scott Sinclair, a equipe sub-21 sucumbiu de maneira vergonhosa na 1ª fase da Eurocopa da categoria.

Sob o péssimo comando de Stuart Pearce, a equipe fez uma campanha bastante aquém de suas capacidades. Trocando toda a técnica e habilidade por um pragmatismo muito mal implantado, a equipe fez péssimos jogos que acabaram em empate diante de Espanha e Ucrânia, e, por fim, com uma atuação ruim aliada com alguns erros de Stuart Pearce, o English Team foi derrotado pela República Tcheca.

O futebol apresentado pela seleção de base inglesa pode ser comparado ao jogo desempenhado pelo contestado English Team de Fabio Capello, em que, mesmo com um time técnico e habilidoso, a excessiva busca pelo resultado positivo e a tentativa de manter o eficiente pragmatismo de antigamente acabam atrapalhando.

Os constantes fiascos do English Team acabaram trazendo uma enorme obsessão pelo resultado positivo, o que acaba por atingir até mesmo as seleções de base. As vitórias virão de forma natural, isto todos sabem, exceto as figuras de Fabio Capello e Stuart Pearce.

Por: Felipe Ferreira (@felipepf13)

4 de junho de 2011

Análise da Temporada do Manchester United

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Esse é o campeão inglês e vice da UEFA Champions League, com todos os méritos. O time comandado pelo mito, Sir Alex Ferguson pode ser pragmático, sem desenvolver o futebol dos mais agradáveis de ver, mas é um time que defensivamente é bem forte. E que ataca com muita velocidade e inteligência.

Vejamos agora os números da temporada dos Red Devils. Foram ao todo (contando Premier League, Copa da Liga Inglesa, The FA Cup, Supercopa da Inglaterra e UEFA Champions League) 60 partidas. Destes jogos, venceu 41, empatou 14 e perdeu 7 delas. Marcou 117 gols e, sofreu 55.


O time dirigido por Sir Alex Ferguson jogou a maioria das partidas no 4-4-2, que conta com a movimentação de Wayne Rooney, que volta para ajudar na marcação e também para buscar o jogo, formando assim um 4-4-1-1. Um detalhe a se destacar é a forte marcação exercida pelos meias centrais (Carrick e Fletcher) e pelos zagueiros (Ferdinand e Vidic), que “encurta” os espaços para o adversário criar chances de gols. Já no ataque, conta com o apoio dos laterais Rafael (e Fábio que jogou a parte do final da temporada no lugar de seu irmão) e Evra. Além disso, conta com a movimentação de Fletcher, que cumpre a função de box-to-box, e a presença do outro meia central, Carrick, ficava mais preso no meio. É bom lembrar que Giggs cumpriu as funções do escocês enquanto este esteve lesionado, atuando boa parte da Champions League assim.

Os wingers se destacam pela criação de jogadas; aliás, Giggs e Nani foram os que mais deram assistências na temporada - 13 e 20, respectivamente. Giggs por vezes fez essa função de box-to-box em vários jogos importantes, a maioria pela Champions League, e quando ele fazia essa função, quem jogou boa parte de left winger foi o sul coreano, Park. Sendo muito importante para que esse 4-4-1-1 de Sir Alex funcionasse corretamente. Como Giggs não possui muita capacidade defensiva, Park era quem fazia a cobertura do galês.

Por fim, como dito anteriormente, Rooney busca o jogo e ajuda mais na marcação do que o outro atacante, ora Javier Hernández, ora Berbatov (que atuou mais pela Premier League, sendo inclusive o artilheiro do campeonato). O inglês não começou muito bem na temporada, se envolvendo em muitas polêmicas, mas foi de extrema importância na parte final da temporada, marcando 16 gols (inclusive um na final da Champions League) e dando 11 assistências.

Por Arthur Barcelos (@arthurbarcelos)

3 de junho de 2011

Prévia: Inglaterra x Suíça

A Inglaterra de Fabio Capello tem obrigação de vencer a nada brilhante seleção suíça 

Neste sábado, o estádio de Wembley, recebe a partida entre Inglaterra e Suíça, que tem seu início às 12h45 (horário de Brasília); o jogo é válido pelas Eliminatórias da Euro-12. 

Diante da nada brilhante seleção suíça, o English Team tem a oportunidade de deixar mais do que encaminhada sua classificação para a próxima edição da Eurocopa. Dividindo a liderança do grupo com a seleção de Montenegro, que enfrenta a Bulgária, um triunfo afasta a seleção inglesa dos demais concorrentes, mesma situação também vivida por Montenegro.

Retrospecto do confronto

Pelas atuais eliminatórias, em setembro de 2010, Inglaterra e Suíça se enfrentaram na Basiléia. A partida mostrou a seleção inglesa jogando um excelente futebol e no final contou com uma excelente vitória por 3 a 1. 

A superioridade inglesa sobre a Suíça não se dá apenas nesta partida, na história, a Inglaterra jogou 21 vezes diante da equipe vinda da terra do chocolate, dessas, o English Team contou com 14 vitórias, 3 empates e 4 derrotas, ressaltando sua força.

Outro desafio o qual a Suíça vai buscar quebrar é o fato de ainda não ter marcado gol fora de casa, nas atuais Eliminatórias. Para "contribuir", Marco Streller e Alexander Frei sofreram grande pressão da imprensa local e acabaram pedindo dispensa da seleção, sobrando apenas Derdiyok para decidir na linha de frente.

O English Team para amanhã

Sem poder contar com Wayney Rooney, suspenso, Fabio Capello apostou em jogadores menos badalados, os convocados forão: Jermain Defoe, Peter Crouch, Bobby Zamora e Darren Bent, sendo que o último será o titular na partida de amanhã.

Capello deve armar o English Team em um 4-3-3, com a já conhecida linha defensiva (Glen Jonhson, Terry, Ferdinand e Ashley Cole). O meio-campo deve aparecer com Parker, Lampard e Wilshere; e é esta parte da Inglaterra que estarei curioso para ver amanhã, pelo fato de serem três meias de caracteristícas ofensivas, restando a dúvida de quem jogará mais recuado. Na frente, jogam Young e Downing mais recuados, voltando para buscar jogo e colocar a bola para Bent chegar ao gol.


Expectativas

Uma coisa é certa: a seleção inglesa deve ser responsável por buscar e criar as melhores chances ofensivas, enquanto isso veremos uma Suíça retrancada. E aqui está o problema...

Como bem lembrou o blogueiro Daniel Leite em sua prévia da partida, a seleção inglesa encontrou algumas dificuldades diante de equipe mais fechadas que buscam o contra-ataque, situação que torna-se uma incógnita para o jogo de amanhã, só aguardando e assistindo para vermos o comportamento do nosso tão amado English Team...

Por: Felipe Ferreira (@felipepf13)

Swansea, um galês na primeira divisão inglesa




Post publicado originalmente no Blog do Frederico Jota (http://fredericojota.blogspot.com)

O Swansea é o mais novo integrante da Premier League, a primeira divisão do Campeonato Inglês, o campeonato mais interessante de todo o planeta. Os Swans (cisnes, em português), na verdade, são do País de Gales, pequenino país integrante do Reino Unido. Para chegar à primeira divisão, o Swansea, que terminou em terceiro lugar a Championship, a segundona inglesa, eliminou nos play-offs o Nottingham Forest, bicampeão europeu em 1979/1980, e, no jogo decisivo, na segunda-feira, dia 30, despachou o Reading por 4 a 2, com três gols de Scott Sinclair, ex-Chelsea. O jovem jogador, de 22 anos, disputou pouquíssimas partidas pelos Blues e chegou ao Swansea em 2010. Sinclair já participou das seleções sub-17, sub-18 e sub-19 da Inglaterra.

Não será a primeira vez que o Swansea disputará a primeira divisão. Na temporada 1981/1982, os galeses fizeram bonito. Exatamente em sua temporada de estreia, chegou em 6º lugar, uma campanha memorável, com direito a vitórias sobre Manchester United, Liverpool, Arsenal e Tottenham, além de uma goleada de 5 a 1 sobre o tradicional Leeds United, outro que disputou neste ano a segundona.

Mas o sonho do Swansea durou pouco. Na temporada seguinte, 1982/1983, o time ficou em 21º lugar e voltou para a segunda divisão. A partir daí, oscilou entre a quarta, a terceira e a segunda divisões. Sequência quebrada apenas agora, com a subida para Premier League. Claro que, para se manter, terá que se reforçar para evitar um novo bate e volta, coisa que o Blackpool fez nesta temporada.

O Swansea vai receber os grandes do futebol inglês no Liberty Stadium, que tem capacidade para pouco mais de 20 mil pessoas. A curiosidade é que o Swansea divide o espaço, desde 2005, com um clube de rugby, o Ospreys. Antes, o Swansea jogava no Vetch Field. O clube foi fundado em 1912 como Swansea Town e hoje seu nome completo é Swansea City Association Football Club.

O maior rival do Swansea é o também galês Cardiff, time da capital do País de Gales e que também joga a Championship. O rival dos Swans, fundado em 1899, porém, já jogou 15 vezes a primeira divisão inglesa, a última delas na já distante temporada de 1961/1962.

A camisa do Swansea é branca, assim como os calções e meiões. Abaixo, uma foto da camisa do Swansea da minha coleção particular.

Texto de Frederico Jota (http://twitter.com/FredericoJota)