24 de novembro de 2011

Parou no tempo


O sucesso no futebol é temporário. O craque de hoje é o passado amanhã. As equipes de sucesso também não duram muito tempo, a não ser que vivam se renovando taticamente e melhorando tecnicamente. Para isso, a maior parte do elenco tem de ser jovem, como o Barcelona de Pep Guardiola. Se essa juventude não está presente, os nomes têm de mudar. Ficar preso aos velhos craques faz com que seu time ande para trás e perca espaço frente aos concorrentes.

É exatamente isso que vem acontecendo com o Chelsea. Potência financeira desde que o russo Roman Abramovich assumiu o clube, os Blues estão na quinta colocação da Premier League, a nove pontos de distancia para o líder Manchester City. Na Champions League, depois de perder para o Bayer Leverkusen nesta quarta-feira (23), fará um jogo decisivo contra o Valência na luta pela segunda colocação do grupo E.

Apesar de muitos apontarem o novo técnico André Villas Boas como o principal culpado, não dessa forma. Grande parte do elenco que atuava sob o comando de José Mourinho permanece no clube e, por força natural do tempo, não está mais no auge de suas carreiras. Nesse exemplo se enquadram Cech, Ashley Cole, Terry, Essien (constantemente machucado), Lampard (foto), Malouda, Anelka (que chegou com Hiddink) e Drogba.

A esses, somam-se Ivanovic, Mikel, Alex, Ramires e Raul Meireles, bons jogadores que podem fazer parte do elenco mas não tem qualidade para serem protagonistas. Bosingwa e Kalou são exceções e já deviam ter ido embora há muito tempo.

E qual foi a renovação dos últimos anos? Quase nada. Além de Meireles, chegaram Mata,David Luiz e Fernando Torres, enquanto o jovem Sturridge ganhou espaço entre os mais experientes. A única contratação de impacto foi o espanhol Mata. David Luiz pode ser um dos principais zagueiros da Liga, mas ainda tem alguns pontos para evoluir. Torres parece que desaprendeu a jogar futebol e Sturridge demonstra ter muita qualidade, mas ainda é uma aposta.

Pela força do elenco, o Chelsea tem tudo para ficar entre os quatro primeiros da Premier League e ser um adversário duro no mata-mata da Champions League. Porém, para ser campeão de um destes torneios, precisa de jogadores acima da média e no auge de seus rendimentos. Isso, atualmente, o Chelsea não tem. Enquanto a renovação não desembarcar em Stanford Bridge, os Blues serão coadjuvantes. Riquíssimos coadjuvantes.

12 de novembro de 2011

O sucessor de Paul Scholes, Tom Cleverley

Por Gustavo Bezerra - @gugagk

Depois da aposentadoria de Paul Scholes, o técnico do Manchester United, Sir Alex Ferguson, procura um jogador á altura para suprir a ausência de um dos seus melhores atletas nesses 25 anos no clube inglês.

Em tempos de crise financeira na zona do euro, os times acabam sentindo este reflexo negativo nas bolsas européias. Com isto, o número de contratações de grandes jogadores estão cada vez mais escasso.

Pensando em uma alternativa mais econômica, e que pode render frutos no futuro, a direção do United está investindo pesado na base. Formado nas divisões inferiores dos Red Devil’s, o volante Tom Cleverley, é uma das apostas de Ferguson para comandar o meio campo do Manchester United na década.

O jovem de apenas 22 anos foi emprestado para Leicester City, Wigan e Watford para adquirir experiência e, depois disso, Cleverley retornou a equipe do norte da Inglaterra, principalmente após a confirmação da saída definitiva de Scholes, um dos homens fortes do grupo mais que vitorioso do United nos últimos anos.

Natural de Basingstoke, Cleverley, inclusive, já chamou atenção de Fábio Capello, que o convocou para representar a seleção inglesa, porém, uma lesão adiou sua estreia.

‘’ Tom é uma das brilhantes promessas do futebol inglês ’’, afirmou Ferguson a TV United.

A confiança no meio-campista é tão grande que o Manchester United anunciou a renovação de contrato de sua joia por mais quatro anos. Agora, Cleverley precisa provar em campo que o maior clube do país não está equivocado em apostar suas fichas em seu futebol para manter o espírito vencedor que consagrou a era Sir Alex Ferguson.

3 de novembro de 2011

Somos grandes


Por: Henrique Munhos (@HenriqueMunhos)

Um time de grandeza mundial não surge de uma hora para outra. Desde 2008, quando foi comprado pelo Shiek Mansour, todo mundo espera que o Manchester City se torne essa potência. Desde então, apenas um título, que foi a Copa da Inglaterra na última temporada. A classificação para a Champions League também veio somente para esse ano. Muito pouco para quem gastou rios de dinheiro ano após ano.

Finalmente, o panorama mudou. O Manchester City foi consertando os erros pouco a pouco e avisou que seria candidato a tudo que disputasse em 2011/2012. Se alguém tinha alguma dúvida, a goleada de 6 a 1 sobre o rival Manchester United, na casa do adversário, serviu para acabar com os questionamentos. Duas vitórias sobre o Villarreal, após um começo claudicante na Champions League, foi outro aviso.

Após seguidas demissões de treinadores, o Manchester City deu confiança a Roberto Mancini, que encontrou no 4-2-3-1 a melhor formação para a equipe azul. O sistema, ao mesmo tempo protege bem a zaga, já que 9 jogadores marcam, garante muita movimentação do meio para a frente.

Barry e Yaya Toure (foto) são volantes com qualidade no passe e que tem boa chegada a frente (principalmente o marfinense). A frente deles, o trio de meias não guarda posição fixa. David Silva, Milner (ou Nasri) e Aguero se mexem muito e dificultam a marcação adversária.

Mais do que um técnico de confiança e um sistema de jogo eficiente, um time que se dispõe a brigar por todos os títulos tem de contar com estrelas que decidam jogos. O City conta. Enquanto Aguero é artilheiro da Premier League, David Silva é o melhor jogador da competição até o momento. O espanhol, que é parece ser uma cópia de Iniesta, está em todos os cantos do campo, cria, chega a frente a ainda marca seus golzinhos. Na frente, Dzeko e Balotelli estão colocando as bolas na rede, que é função primordial do centroavante.

Um time de grandeza mundial tem de ter elenco. O City tem. Nasri ficou no banco contra os Red Devils, assim como Dzeko. Os dois, assim como Kolarov, Kolo Toure. Adam Johnson e De Jong (reservas na maioria dos jogos), seriam em titulares em muitos times do mundo. A profundidade do plantel é tão grande que, o melhor jogador do time na temporada passada, Carlitos Tevez, já é descartável.

Apesar da liderança com cinco pontos de vantagem na Premier League, nada está ganho, longe disso. Na Liga dos Campeões, a situação também não é tranqüila. O confronto contra o Napoli, fora de casa, na próxima rodada, será decisivo para o futuro do City.

Mesmo assim, o mundo ganhou mais um time que é olhado com muito respeito e até com medo pelos adversários. E esse time é o Manchester City.

2 de novembro de 2011

Um hat-trick aqui, uma cabeçada ali e Demba Ba vai se consagrando

Com hat-tricks importantes e oportunismo no jogo aéreo, o atacante Demba Ba vai se consagrando como um dos grandes destaques do surpreendente Newcastle

Demba Ba chegou ao Newcastle em ritmo lento após ter feito grande sucesso em uma passagem pelo West Ham. No entanto, o senegalês naturalizado francês vai se transformando em uma peça-fundamental dos Magpies e tem tudo para crescer ainda mais dentro do time.

Prejudicado no início por rumores que davam conta do islâmico Demba Ba estar sendo prejudicado por passar pelo jejum do Ramadã (mês sagrado da religião muçulmana), o jogador calou muitos críticos quando anotou um hat-trick na vitória sobre o Blackburn, depois, deixou sua marca em dois jogos consecutivos contra Tottenham e Wolverhampton, ficou sem marcar contra o Wigan, para voltar a se consagrar com um hat-trick no triunfo sobre o Stoke. 

Resumindo, desde que marcou seu primeiro gol (hat-trick contra os Rovers), Demba Ba anotou 8 gols em 5 jogos, média de 1,6 por jogo.

Se não bastasse esta grande marca que o atacante pode ainda aumentar, outro número impressiona. Em 6 cabeçadas que cabeceou no gol, o jogador marcou 4 gols. Ressaltando o oportunismo e frieza do atacante.

O Newcastle já se vê a 10 jogos invictos e na 3ª colocação da Premier League, se Demba Ba seguir nessa grande fase e não arrumar confusão querendo sair do clube (como fez em sua passagem pelo Hoffenheim), os Magpies terão uma grande contribuição para seguir postulando o status de maior surpresa dessa temporada.

Por: Felipe Ferreira (@felipepf13)