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9 de dezembro de 2009

Owen refresca memória dos chefes

Sacou, Fergie?

O atacante Michael Owen, do Manchester United, notabilizou-se não apenas por sua excelente média goleadora, mas também por desempenhos históricos. Quem não se lembra do fantástico gol contra a Argentina na Copa de 1998? Sua capacidade para marcar ficou especialmente clara em 2001, quando recebeu a Bola de Ouro da Revista France Football. Seu principal momento no ano foi o incrível hat-trick contra a Alemanha, em Munique, pelas eliminatórias europeias para a Copa do Mundo.

Na iminência de completar 30 anos, Owen chegou ontem ao 14º hat-trick da carreira. A vitória por 3 a 1 diante do Wolfsburg garantiu ao Manchester United o primeiro lugar em seu grupo na Champions League. Seu último hat-trick havia sido em dezembro de 2005, na vitória por 4 a 2 do Newcastle sobre o West Ham. Na Liga dos Campeões, Owen tinha marcado três gols numa partida pela última vez quando ainda era jogador dos Reds, em 2003, no triunfo por 3 a 1 do Liverpool sobre o Spartak Moscou.

A princípio, Michael tinha tudo para não conseguir seus objetivos imediatos, que parecem atrelados a mais minutos pelo United e uma vaga no grupo que Fabio Capello levará à África do Sul em 2010. Alex Ferguson tem usado na Premier League um esquema com atacante único. Obviamente, o eleito sempre é Wayne Rooney. Mesmo que o escocês desista da ideia, Owen ainda precisa enfrentar dura competição com o búlgaro Dimitar Berbatov. No que concerne ao English Team, o treinador italiano não fecha as portas ao artilheiro, mas ressalta que ele precisa "jogar bem (e isso também significa muito tempo) e marcar gols".

Sua complicada situação no elenco dos Red Devils parecia incompatível com qualquer chance de disputar a Copa. Mas, aliando histórico e experiência a seu atual desempenho, Owen pode, de fato, reerguer sua carreira. Quarto artilheiro do English Team em todos os tempos com 40 gols em 89 jogos (perde apenas para Bobby Charlton, Gary Lineker e Jimmy Greaves), o atacante já foi sete vezes o capitão da Inglaterra. Ademais, o camisa 7 do United tem aproveitado todos os minutos em campo e enfrentou apenas uma leve lesão desde agosto, algo importante quando pensamos no tempo que Owen já perdeu em virtude de problemas físicos.

Se o épico gol contra o Manchester City serviu para a torcida do United se esquecer do passado no Liverpool, o hat-trick de ontem faz Alex Ferguson e Fabio Capello se lembrarem de sua existência. O treinador escocês já elogiou o atacante de maneira enfática, destacando sua capacidade de finalização e posicionamento, além da melhora recente nos treinos. A Inglaterra agora aguarda um posicionamento do comandante italiano. E espera que ele não leve Emile Heskey para a Copa em detrimento de Michael Owen.

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Imagem: The Telegraph

23 de outubro de 2009

Craque das lesões

Michael James Owen. Esse é o nome de um dos maiores nomes da história recente do futebol inglês. Atacante baixinho e habilidoso, nasceu no dia 14 de Dezembro de 1979 em Chester. Terry Owen, pai de Michael, jogou futebol pelo Everton, e quis o destino que o garoto prodígio iniciasse sua meteórica carreira no outro clube da cidade, o Liverpool.

Contratado aos 16 anos, Owen assinou seu primeiro acordo profissional aos 17. Logo aos 18 anos, em maio de 1997, fez sua estreia pelos Reds. Mostrando todo o seu potencial, substituiu Robbie Fowler e marcou seu primeiro gol. Assumiu a vaga de titular ao lado de nomes de peso, como Paul Ince e Steve McManaman, e marcou 18 gols na temporada, levando também o título de jogador jovem do ano pela PFA.

Com tanto talento e a excelente temporada de estreia, era de se esperar que estivesse presente na Seleção Inglesa já na Copa do Mundo da França, em 1998. Esteve! E não foi só isso! Foi a estrela do selecionado, marcando um golaço contra a Argentina, considerado por muitos o mais belo gol inglês da história das Copas. Tudo isso com apenas 19 anos.

Em 2000, quando teria a oportunidade de mais uma vez representar bem seu país, teve inicio o fator decisivo para sua carreira: as lesões.

Já em 2001, fez parte do time mais brilhante do Liverpool dos últimos anos. Ajudou o clube a conquistar a Copa da Liga, a FA Cup e a Copa da UEFA. Nesses títulos ele não poderia passar em branco: na partida final da FA Cup, marcou dois nos últimos minutos e garantiu a histórica virada sobre o Arsenal. A onda de fatos marcantes não parou por aí. Logo após essas conquistas, enfrentou, em Munique, a Alemanha, do excelente goleiro Oliver Kahn. Anotou nada mais nada menos que 3 gols na vitória por 5 a 1, pelas Eliminatórias para a Copa de 2002. Tudo isso fez com que no final do ano Owen se tornasse o primeiro jogador britânico em 20 temporadas a conquistar o prêmio de Jogador Europeu do Ano.

As fracas campanhas de sua equipe, o Liverpool, fizeram o craque buscar novos ares. Alçou voo para Madrid em Agosto de 2004 e foi ser mais um galático do Real, ao lado de outra estrela inglesa, David Beckham, e de outros grandes nomes, como Zidane, Raúl, Ronaldo, Figo e Roberto Carlos. Pelo Liverpool, seus números são impressionantes: 216 jogos, 118 gols e 6 títulos, que lhe rendem o status de um dos grandes ídolos do clube.

Novas contusões fizeram com que seus primeiros momentos na capital espanhola fossem extremamente tímidos. Mas, no fim de 2004, ele voltou a fazer a diferença e terminou a temporada com um respeitáveis 13 gols no Campeonato Espanhol. Mesmo assim, a reserva no clube e a perda de espaço na seleção fizeram Owen buscar novos caminhos. Assinou com o Newcastle United e foi jogar ao lado do lendário Alan Shearer. Pelo Real Madrid, foram 35 jogos e 13 gols.

De volta à terra natal, tinha tudo para aumentar os títulos do currículo. Ao lado do maior artilheiro da Premier League, Owen poderia levar o Newcastle ao posto de grande time do futebol inglês. No entanto, seu maior feito no novo clube foi um hat-trick perfeito (marcou com o pé esquerdo, com o direito e com a cabeça) na vitória de 4 a 2 contra o West Ham, em 17 de dezembro. Novas e serias lesões o afastaram dos gramados na maior parte do tempo em que esteve em Newcastle. A falta de sucesso pelo clube (26 gols em 4 anos) culminou com o rebaixamento na última temporada.

Dado como um jogador acabado para o futebol, Owen assinou um contrato sem custos com o tricampeão Manchester United, dando a volta por cima e tendo a chance de mostrar que ainda pode ser um grande nome do futebol da Terra da Rainha.

Pela seleção, nunca teve o prazer de conquistar um título, mas sempre teve boas atuações e já gravou seu nome definitivamente na história da equipe nacional. É o quarto maior artilheiro da história da seleção com 40 gols, atrás apenas de Bobby Charlton (49 gols), Gary Lineker (48) e Jimmy Greaves (44). Por enquanto, disputou três Copas do Mundo e 89 jogos.

O talento de Michael Owen é indiscutível! Com certeza pode dar ainda muito ao futebol mundial. Aos 29 anos tem a chance de provar a todos (e a si mesmo) que pode voltar a ser o Owen do Liverpool e levar o Manchester ao tetra e sua seleção ao título na Copa de 2010. Isso, é claro, se conseguir convencer Fabio Capello a convocá-lo.



A próxima chance de mostrar toda sua capacidade será neste fim de semana, quando voltará para onde tudo começou e enfrentará o Liverpool pela 10ª rodada da Premier League. Resta saber se será bem ou mal recebido pela torcida da qual já foi o maior ídolo e se conseguirá sucesso semelhante ao que teve do outro lado!

21 de outubro de 2009

Duas surpresas em Liverpool x Man Utd

No próximo domingo, o Liverpool recebe o Manchester United. A partida, válida pela nona rodada da Premier League, apresenta várias peculiaridades. Certamente, o clássico do noroeste inglês é o de maior rivalidade no país entre clubes gigantes. Isso ficará claro quando Michael Owen, antigo ídolo dos Reds, pisar pela primeira vez em Anfield como um Red Devil.

O Manchester United ainda mantém viva na memória a humilhante derrota da temporada passada, por 4 a 1, em Old Trafford. O Liverpool, por sua vez, precisa desesperadamente da vitória. A equipe perdeu seus últimos quatro jogos (dois na Premier League, dois na Champions), o que representa a pior sequência do clube desde abril de 1987. Ademais, os comandados de Rafa Benítez estão na oitava posição no campeonato, enquanto o United ocupa a liderança.

Embora os números recentes e a lista de desfalques indiquem o contrário, o Liverpool está autorizado pela história a acreditar num triunfo. Como exemplos, vamos relembrar duas decisões diante do Manchester United em copas nacionais. Uma em 1977, outra em 2003. Os campeões contrariam a lógica. Veja por quê.

Final da FA Cup de 1977. O Liverpool era o time do momento, visto que havia conquistado a Football League (o antigo campeonato inglês) e a Copa Europeia (atual Liga dos Campeões), sob a batuta do vitoriosíssimo Bob Paisley. O United tinha, pois, uma missão: levar o troféu da Copa da Inglaterra para Manchester significaria afastar seu maior rival da tríplice coroa (conquistas no campeonato e na copa nacionais e na copa continental).

E os Red Devils conseguiram. Mais de 98 mil torcedores foram ao Estádio de Wembley para assistir à vitória do Manchester United sobre o Liverpool por 2 a 1. O jogo foi decidido em alucinantes quatro minutos. Aos seis do segundo tempo, uma sequência de toques de cabeça colocou Stuart Pearson cara a cara com o goleiro Ray Clemence. Pearson o fuzilou, marcando o primeiro do conjunto de Manchester. Exatamente dois minutos mais tarde, o lateral-esquerdo galês Joey Jones fez ótimo lançamento na entrada da área para Jimmy Case, que dominou com estilo, girou e marcou um golaço, empatando o jogo.

O Liverpool era claramente mais técnico. Entretanto, outro erro defensivo foi fatal. Pouco mais de dois minutos após o empate, a indecisão dos zagueiros dos Reds fez a bola sobrar para Jimmy Greenhoff, que, finalizando por cobertura, garantiu o título do Manchester United. Esse triunfo foi emblemático não apenas por conta da superioridade teórica do rival. Ao evitar a conquista da tríplice coroa pelo Liverpool, os Red Devils o impediram de ser o primeiro clube inglês a alcançar o feito. E quem conseguiu a proeza foi justamente o United, 22 anos depois. Em 1999, o conjunto de Alex Ferguson levou o Treble, como é conhecida a tríplice coroa na Inglaterra.

No vídeo abaixo, você assiste aos incríveis quatro minutos que decidiram o jogo e acompanha a festa do Manchester United pela FA Cup de 1977:



Final da Copa da Liga de 2003. Pois bem. Em 2003, o Manchester United era o grande time. Vinha de uma sucessão fantástica de títulos sob o comando de Alex Ferguson e tinha, sem dúvida, um dos melhores times da Europa. O adversário na final da Copa da Liga, o Liverpool, apresentava alguns ótimos nomes, como os ainda relativamente jovens Steven Gerrard e Michael Owen. Mas o conjunto de Manchester era realmente muito melhor. É só analisar as formações que iniciaram a partida:

Manchester United: Barthez; Gary Neville, Brown, Ferdinand, Silvestre; Beckham, Keane, Verón, Giggs; Scholes; van Nistelrooy.

Liverpool: Dudek; Carragher, Henchoz, Hyypia, Riise; Diouf, Hamman, Gerrard, Murphy; Owen, Heskey.

Todavia, você pode esquecer isso. O Liverpool, treinado pelo copeiro francês Gérard Houllier, jogou mais e decidiu o jogo através de seus dois grandes valores. Aos 39 minutos, Steven Gerrard recebeu passe do norueguês John Arne Riise e, da quina da área, arriscou o chute. A bola desviou no pé direito de David Beckham e entrou de forma espetacular. A quatro minutos do fim, Michael Owen foi lançado pelo alemão Dietmar Hamann e finalizou com precisão o ótimo contra-ataque. O Liverpool conquistava mais uma copa (a sexta da década), desta vez contra o muito mais qualificado Manchester United.

Veja no vídeo abaixo de que forma o Liverpool superou o Manchester United pela Copa da Liga de 2003:



Imagem: Zimbio