Quatro estreantes e vários jogadores com experiência nos elencos principais de seus clubes determinaram o teor da convocação de Stuart Pearce. O histórico lateral-esquerdo do Nottingham Forest chamou 19 jovens para representar a seleção inglesa sub-21 no amistoso da próxima terça-feira, em Bristol, contra o Uzbequistão. A partida é importante porque permitirá a Pearce fazer alguns ajustes para os decisivos jogos contra Portugal e Lituânia, pelas Eliminatórias da Eurocopa sub-21. Caráter competitivo à parte, é fundamental pensarmos sobre alguns aspectos da lista, disponível no site da associação:
Preferência pelos mais experientes. Stuart Pearce não chamou a sensação Jack Wilshere, do Arsenal, nascido em janeiro de 1992. A decisão pode não ter muitos adeptos, mas é válida. Há vários bons nomes para posições similares: por exemplo, Welbeck, Rose e Moses, todos com experiência significativa na Premier League. Embora tenha atuado pelo Bolton na metade final da temporada passada, Wilshere está, nesse sentido, abaixo deles. Afora o zagueiro Phil Jones e o meia central Jack Rodwell, ninguém no grupo nasceu depois de 1990.
Pule de dez. Jack Rodwell, por sinal, é o grande destaque dessa seleção. Com a decadência precoce de alguns meias centrais que têm frequentado a seleção de Fabio Capello, o jogador do Everton é nome quase certo para o ciclo da Euro 2012. Com várias mostras de talento, Rodwell é ideal para dinamizar o meio-campo, marca bem e tem um poderoso arremate de longa distância. O ex-zagueiro do Fulham Chris Smalling, hoje no Manchester United, também deve chegar lá em breve.
Quem realmente tem potencial? Com algumas exceções, é difícil falar muito - e com precisão - a respeito desses jogadores. Ainda assim, podemos identificar alguns ótimos valores além de Rodwell e Smalling - o que, vale frisar, não implica sequer titularidade no time sub-21. Do Manchester United, vêm dois jogadores interessantes: o meia central Tom Cleverley e o winger/atacante Danny Welbeck. O primeiro, menos conhecido, ganhou tarimba durante o empréstimo ao Watford na temporada passada. Cleverley marcou 11 gols em 33 jogos e deve ser aproveitado por Alex Ferguson a partir de agora. Já o Liverpool oferece Martin Kelly à seleção. O jogador chama a atenção pela versatilidade. Kelly pode atuar em qualquer setor da defesa e passou ótima impressão quando substituiu Glen Johnson em algumas partidas de 2009-10.
Ryan Bertrand, o dono da lateral esquerda, também tem boas referências. Revelação do Chelsea, o "novo Ashley Cole" já foi emprestado a quatro clubes, o que lhe atribuiu muita experiência e, especialmente, elogios. Andy Carroll deve ser citado especialmente porque já teve uma grande responsabilidade na carreira: comandar o ataque do Newcastle na disputa do Championship. Com 19 gols em todas as competições na última temporada, Carroll é, sim, uma das grandes esperanças dos Magpies para a disputa da Premier League. Outro bom potencial parece ser o de Daniel Sturridge, que já mostrava muito há dois anos, no Manchester City. Depois de, pelo Chelsea, deixar uma marca positiva nas copas nacionais de 09-10, deve ser mais utilizado por Carlo Ancelotti nesta época.
O zagueiro Phil Jones, do Blackburn, também merece menção. Com a lesão de Christopher Samba, Sam Allardyce teve de utilizá-lo em várias oportunidades na temporada passada. O primeiro jogo dele como titular na liga - vejam só - foi contra o Chelsea, no Ewood Park. Após o empate por 1 a 1, todos tinham a mesma sensação: Jones pode ser grande. "Phil foi fantástico no fim da temporada passada. Alguém que, com essa idade, joga como ele jogou na Premier League deve ser levado a sério", argumentou Stuart Pearce, justificando a convocação do jogador de 18 anos. O left winger Danny Rose, do Tottenham, também já recebeu diversos elogios. Especialmente por este golaço contra o Arsenal.
E os goleiros? A Inglaterra continua, sim, com o grave problema. Na realidade, o único goleiro com ótimas perspectivas no país é Joe Hart, que esteve na Copa e já completou 23 anos. No time sub-21, estão Frank Fielding, do Blackburn, e Alex McCarthy, do Reading. Ambos são emprestados de forma recorrente desde 2007 e não têm experiência em seus próprios clubes. Fielding parece mais maduro por ter jogado regularmente em quase todos os times aos quais foi cedido. Na Inglaterra, nenhum deles é encarado como uma grande promessa.
Incógnitas. Naturalmente, endeusar esses jovens não é prudente. É claro que Rodwell e Smalling são nomes consolidados, mas, até pelo curto período de vida profissional, mesmo eles ainda precisam mostrar que podem ser consistentes. O propósito do post é exaltar as qualidades mais evidentes dos jogadores, as que podem vir a separá-los dos futebolistas comuns. No fundo, não temos nenhuma certeza a respeito. Há dez anos, quem não achava que Francis Jeffers, autor de 13 gols pela Inglaterra sub-21, seria um atacante fantástico?
O possível time titular: Frank Fielding (Blackburn); Kyle Walker (Tottenham), Michael Mancienne (Chelsea), Chris Smalling (Man Utd), Ryan Bertrand (Chelsea); Jordan Henderson (Sunderland), Jack Rodwell (Everton), Fabrice Muamba (Bolton), Danny Rose (Tottenham); Andy Carroll (Newcastle), Daniel Sturridge (Chelsea).
Imagem: Eurosport
Preferência pelos mais experientes. Stuart Pearce não chamou a sensação Jack Wilshere, do Arsenal, nascido em janeiro de 1992. A decisão pode não ter muitos adeptos, mas é válida. Há vários bons nomes para posições similares: por exemplo, Welbeck, Rose e Moses, todos com experiência significativa na Premier League. Embora tenha atuado pelo Bolton na metade final da temporada passada, Wilshere está, nesse sentido, abaixo deles. Afora o zagueiro Phil Jones e o meia central Jack Rodwell, ninguém no grupo nasceu depois de 1990.
Pule de dez. Jack Rodwell, por sinal, é o grande destaque dessa seleção. Com a decadência precoce de alguns meias centrais que têm frequentado a seleção de Fabio Capello, o jogador do Everton é nome quase certo para o ciclo da Euro 2012. Com várias mostras de talento, Rodwell é ideal para dinamizar o meio-campo, marca bem e tem um poderoso arremate de longa distância. O ex-zagueiro do Fulham Chris Smalling, hoje no Manchester United, também deve chegar lá em breve.
Quem realmente tem potencial? Com algumas exceções, é difícil falar muito - e com precisão - a respeito desses jogadores. Ainda assim, podemos identificar alguns ótimos valores além de Rodwell e Smalling - o que, vale frisar, não implica sequer titularidade no time sub-21. Do Manchester United, vêm dois jogadores interessantes: o meia central Tom Cleverley e o winger/atacante Danny Welbeck. O primeiro, menos conhecido, ganhou tarimba durante o empréstimo ao Watford na temporada passada. Cleverley marcou 11 gols em 33 jogos e deve ser aproveitado por Alex Ferguson a partir de agora. Já o Liverpool oferece Martin Kelly à seleção. O jogador chama a atenção pela versatilidade. Kelly pode atuar em qualquer setor da defesa e passou ótima impressão quando substituiu Glen Johnson em algumas partidas de 2009-10.
Ryan Bertrand, o dono da lateral esquerda, também tem boas referências. Revelação do Chelsea, o "novo Ashley Cole" já foi emprestado a quatro clubes, o que lhe atribuiu muita experiência e, especialmente, elogios. Andy Carroll deve ser citado especialmente porque já teve uma grande responsabilidade na carreira: comandar o ataque do Newcastle na disputa do Championship. Com 19 gols em todas as competições na última temporada, Carroll é, sim, uma das grandes esperanças dos Magpies para a disputa da Premier League. Outro bom potencial parece ser o de Daniel Sturridge, que já mostrava muito há dois anos, no Manchester City. Depois de, pelo Chelsea, deixar uma marca positiva nas copas nacionais de 09-10, deve ser mais utilizado por Carlo Ancelotti nesta época.
O zagueiro Phil Jones, do Blackburn, também merece menção. Com a lesão de Christopher Samba, Sam Allardyce teve de utilizá-lo em várias oportunidades na temporada passada. O primeiro jogo dele como titular na liga - vejam só - foi contra o Chelsea, no Ewood Park. Após o empate por 1 a 1, todos tinham a mesma sensação: Jones pode ser grande. "Phil foi fantástico no fim da temporada passada. Alguém que, com essa idade, joga como ele jogou na Premier League deve ser levado a sério", argumentou Stuart Pearce, justificando a convocação do jogador de 18 anos. O left winger Danny Rose, do Tottenham, também já recebeu diversos elogios. Especialmente por este golaço contra o Arsenal.
E os goleiros? A Inglaterra continua, sim, com o grave problema. Na realidade, o único goleiro com ótimas perspectivas no país é Joe Hart, que esteve na Copa e já completou 23 anos. No time sub-21, estão Frank Fielding, do Blackburn, e Alex McCarthy, do Reading. Ambos são emprestados de forma recorrente desde 2007 e não têm experiência em seus próprios clubes. Fielding parece mais maduro por ter jogado regularmente em quase todos os times aos quais foi cedido. Na Inglaterra, nenhum deles é encarado como uma grande promessa.
Incógnitas. Naturalmente, endeusar esses jovens não é prudente. É claro que Rodwell e Smalling são nomes consolidados, mas, até pelo curto período de vida profissional, mesmo eles ainda precisam mostrar que podem ser consistentes. O propósito do post é exaltar as qualidades mais evidentes dos jogadores, as que podem vir a separá-los dos futebolistas comuns. No fundo, não temos nenhuma certeza a respeito. Há dez anos, quem não achava que Francis Jeffers, autor de 13 gols pela Inglaterra sub-21, seria um atacante fantástico?
O possível time titular: Frank Fielding (Blackburn); Kyle Walker (Tottenham), Michael Mancienne (Chelsea), Chris Smalling (Man Utd), Ryan Bertrand (Chelsea); Jordan Henderson (Sunderland), Jack Rodwell (Everton), Fabrice Muamba (Bolton), Danny Rose (Tottenham); Andy Carroll (Newcastle), Daniel Sturridge (Chelsea).
Imagem: Eurosport