Rio Ferdinand no Leeds: naquele tempo, os Peacocks não conseguiam vencer o Manchester United em Old Trafford
O Manchester United era pela penúltima vez eliminado na terceira fase da FA Cup em 1984. O autor da façanha foi o Bournemouth, então comandado por Harry Redknapp. No ano seguinte, o Aberdeen, treinado por Sir Alex Ferguson, levava o título da liga escocesa. Foi o último campeonato não conquistado por Celtic ou Rangers. Sem dúvida, capítulos importantes do futebol britânico eram escritos. Afinal, Ferguson assumiu o Manchester United em 1986 e, desde então, não havia sido derrotado na Copa da Inglaterra por um time de divisão inferior, sempre passou ileso pela terceira rodada e, em qualquer competição, jamais fora vencido pelo Leeds United em Old Trafford.
Atualmente na liderança da League One (terceira divisão inglesa), os Peacocks acabaram com todos os tabus em questão. Quem acompanha futebol inglês sabe que a vitória do Leeds sobre o Manchester em Old Trafford foi absolutamente histórica. Quando, aos 20 minutos, o bom Jermaine Beckford - que pode acertar com o Newcastle para a próxima temporada - recebeu fantástico lançamento de Johnny Howson e derrotou Wes Brown e Kuszczak, todos imaginavam que aquele seria um momento isolado, cercado por absoluto domínio do Manchester United.
A verdade, porém, é que o Leeds sempre esteve muito bem. A defesa teve desempenho impecável, o goleiro Ankergren fez boas intervenções, o meio de campo batalhou e criou - especialmente com Howson -, e o praticamente desacompanhado Beckford deu muito trabalho a Evans e Brown durante toda a partida. A dez minutos do fim, inclusive, o reserva Snodgrass acertou a trave do Manchester após ótima cobrança de falta.
Outro pensamento equivocado seria a constatação de que Alex Ferguson não atribuiu muito valor ao jogo. Ele escalou a maioria dos titulares disponíveis, demonstrou nervosismo, mandou três atacantes a campo no segundo tempo e, para não perder o velho costume, reclamou muito da arbitragem. Por tudo isso, é bastante árdua a tarefa de escolher apenas uma visão para pensar sobre esse jogo histórico. A façanha do Leeds e do treinador Simon Grayson são proporcionais ao vexame do Manchester United. Nada é compreensível, apenas admirável ou lamentável.
O Leeds chegou à semifinal da Liga dos Campeões de 2001 e, três anos depois, iniciava sua sequência de decepções com o rebaixamento ao Championship. Destruídos pela própria ambição, os Peacocks devem encarar a vitória contra o Manchester United como uma espécie de re-batismo. Considerando que o clube já vive um momento financeiramente mais tranquilo e lidera a terceira divisão inglesa com ótima vantagem, o ideal é utilizar o triunfo para, sem empolgação e sonhos desmedidos, construir de modo sólido o projeto para voltar em breve à Premier League.
O Manchester United, por sua vez, precisa explorar o único lado positivo do vergonhoso 3 de janeiro. Para um time que ainda não jogou bem em 2009/10, as lacunas no calendário podem ser fundamentais. O resultado de hoje evidencia a dificuldade em furar fortes bloqueios (ainda que a defesa do Leeds tenha, de fato, jogado muito bem) e a incapacidade de controlar contra-ataques adversários. Foi assim que o United perdeu nesta temporada para Liverpool, Aston Villa e - definitivamente, não é brincadeira - Leeds United.
Imagem: Team Talk
Atualmente na liderança da League One (terceira divisão inglesa), os Peacocks acabaram com todos os tabus em questão. Quem acompanha futebol inglês sabe que a vitória do Leeds sobre o Manchester em Old Trafford foi absolutamente histórica. Quando, aos 20 minutos, o bom Jermaine Beckford - que pode acertar com o Newcastle para a próxima temporada - recebeu fantástico lançamento de Johnny Howson e derrotou Wes Brown e Kuszczak, todos imaginavam que aquele seria um momento isolado, cercado por absoluto domínio do Manchester United.
A verdade, porém, é que o Leeds sempre esteve muito bem. A defesa teve desempenho impecável, o goleiro Ankergren fez boas intervenções, o meio de campo batalhou e criou - especialmente com Howson -, e o praticamente desacompanhado Beckford deu muito trabalho a Evans e Brown durante toda a partida. A dez minutos do fim, inclusive, o reserva Snodgrass acertou a trave do Manchester após ótima cobrança de falta.
Outro pensamento equivocado seria a constatação de que Alex Ferguson não atribuiu muito valor ao jogo. Ele escalou a maioria dos titulares disponíveis, demonstrou nervosismo, mandou três atacantes a campo no segundo tempo e, para não perder o velho costume, reclamou muito da arbitragem. Por tudo isso, é bastante árdua a tarefa de escolher apenas uma visão para pensar sobre esse jogo histórico. A façanha do Leeds e do treinador Simon Grayson são proporcionais ao vexame do Manchester United. Nada é compreensível, apenas admirável ou lamentável.
O Leeds chegou à semifinal da Liga dos Campeões de 2001 e, três anos depois, iniciava sua sequência de decepções com o rebaixamento ao Championship. Destruídos pela própria ambição, os Peacocks devem encarar a vitória contra o Manchester United como uma espécie de re-batismo. Considerando que o clube já vive um momento financeiramente mais tranquilo e lidera a terceira divisão inglesa com ótima vantagem, o ideal é utilizar o triunfo para, sem empolgação e sonhos desmedidos, construir de modo sólido o projeto para voltar em breve à Premier League.
O Manchester United, por sua vez, precisa explorar o único lado positivo do vergonhoso 3 de janeiro. Para um time que ainda não jogou bem em 2009/10, as lacunas no calendário podem ser fundamentais. O resultado de hoje evidencia a dificuldade em furar fortes bloqueios (ainda que a defesa do Leeds tenha, de fato, jogado muito bem) e a incapacidade de controlar contra-ataques adversários. Foi assim que o United perdeu nesta temporada para Liverpool, Aston Villa e - definitivamente, não é brincadeira - Leeds United.
Imagem: Team Talk
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