Chelsea de Carlo Ancelotti vacila na Premier League, mas ainda é o favorito ao título; porém, não mais de forma quase incontestável
Passadas quatorze rodadas, a Premier League começa a dar sinais de que pode ter um campeonato animado e disputado na parte de cima. A diferença entre o líder Chelsea e o sexto colocado Tottenham é de apenas seis pontos. A expectativa, porém, é de que no máximo quatro continuem na briga - e talvez tal estimativa seja otimista demais.
Embora estejam entre os seis primeiros, não é provável que Bolton e Tottenham briguem pelo título. Não que o ótimo conjunto de Harry Redknapp, mesmo com uma defesa abaixo do nível do resto do time, não tenha capacidade para isso: o problema é que a prioridade dos Spurs parece ser a Champions League; logo, enquanto estiverem disputando a competição europeia, é provável que o clube mantenha a sua rotina atual - grandes vitórias contra equipes fortes e derrotas e empates para outras inferiores. Já os Wanderers devem ficar muito satisfeitos caso consigam uma vaga para a Liga Europa: com o elenco que possuem, a conquista já deveria ser muito comemorada.
Contudo, a verdade é que isso tudo não seria dito se o Chelsea, grande favorito ao título, não tivesse fraquejado nas últimas rodadas. Após um início arrasador, os Blues levantaram dúvidas acerca do seu favoritismo ao título depois de perder jogos decisivos contra Liverpool e Manchester City e mostrar antigos problemas de falta de profundidade no elenco quando, cheio de desfalques, perderam para Sunderland e Birmingham.
Com o declínio recente do Chelsea - que conquistou apenas três dos últimos doze pontos possíveis -, vários times encostaram. Além dos já citados Bolton e Tottenham, Arsenal, Manchester City e sobretudo Manchester United estão muito próximos dos londrinos. Esses sim parecem ser candidatos a derrubar o favoritismo inicial de Drogba & Cia. Mas não sem ressalvas.
Arsenal e Manchester City, embora devam ser respeitados, talvez não sejam apostas muito confiáveis. Os Gunners continuam com a sina de vacilar quando assumem ou chegam perto da liderança; isso quando não desperdiçam pontos bobos antes de brigar pela primeira posição, como quando perderam para West Brom e Newcastle em casa. A equipe de Wenger, no final das contas, continua parecendo aquela que precisa amadurecer para chegar ao título. E sempre será enquanto o francês mantiver sua política de investir em times baratos e jovens. E os Citizens continuarão tendendo a tropeçar facilmente enquanto Mancini escalar equipes excessivamente cautelosas, como já tratado aqui.
Já o Manchester United parece ter mais força e consistência para brigar pelo título. É verdade que a temporada dos Red Devils é, até certo ponto, discreta e sem brilho. Além de lidar com problemas defensivos que tiraram pontos preciosos da equipe e quase quebraram a sua invencibilidade na competição, Sir Alex Ferguson sente falta de um líder, já que Nani, o melhor até aqui, ainda não parece ter futebol e maturidade para assumir o papel, vago pelo até agora desaparecido Rooney. Mas os resultados estão aparecendo: aproveitando os problemas do Chelsea, sendo o único a não perder até agora e mesmo conseguindo vitórias pouco vistosas e empates entediantes, já tem os mesmos 28 pontos do rival londrino.
A questão é saber até onde o Manchester United, mesmo sem brilhar, conseguirá bons resultados. Então, considerando todos os problemas pelos quais os times passam, o Chelsea continua sendo o favorito ao título. Colocando todos os problemas na balança, a sensação é a de que os Blues precisam apenas recuperar a forma inicial e voltar a ganhar jogos decisivos; conseguindo o primeiro, o segundo será apenas uma consequência. E para que isso aconteça, é fundamental a volta dos desfalques, algo que já está acontecendo.
Porém, conclusão maior do que essa é a de que não há nessa temporada um clube absoluto na Inglaterra, que possa ser considerado o grande favorito ao título. Agora, o Chelsea é apenas o favorito, seguido de perto pelo Manchester United, tendo o Manchester City e o Arsenal ameaçando os dois - e os Citizens parecem mais fortes que os Gunners, até porque já oferecem indícios de que têm mais chances de consertar os seus problemas. Nada impede, entretanto, que a briga pelo campeonato volte a se polarizar, como nos últimos anos, entre Blues e Red Devils. Na verdade, o desempenho dos seis primeiros na competição tende a essa realidade.
Imagem: The Guardian
Embora estejam entre os seis primeiros, não é provável que Bolton e Tottenham briguem pelo título. Não que o ótimo conjunto de Harry Redknapp, mesmo com uma defesa abaixo do nível do resto do time, não tenha capacidade para isso: o problema é que a prioridade dos Spurs parece ser a Champions League; logo, enquanto estiverem disputando a competição europeia, é provável que o clube mantenha a sua rotina atual - grandes vitórias contra equipes fortes e derrotas e empates para outras inferiores. Já os Wanderers devem ficar muito satisfeitos caso consigam uma vaga para a Liga Europa: com o elenco que possuem, a conquista já deveria ser muito comemorada.
Contudo, a verdade é que isso tudo não seria dito se o Chelsea, grande favorito ao título, não tivesse fraquejado nas últimas rodadas. Após um início arrasador, os Blues levantaram dúvidas acerca do seu favoritismo ao título depois de perder jogos decisivos contra Liverpool e Manchester City e mostrar antigos problemas de falta de profundidade no elenco quando, cheio de desfalques, perderam para Sunderland e Birmingham.
Com o declínio recente do Chelsea - que conquistou apenas três dos últimos doze pontos possíveis -, vários times encostaram. Além dos já citados Bolton e Tottenham, Arsenal, Manchester City e sobretudo Manchester United estão muito próximos dos londrinos. Esses sim parecem ser candidatos a derrubar o favoritismo inicial de Drogba & Cia. Mas não sem ressalvas.
Arsenal e Manchester City, embora devam ser respeitados, talvez não sejam apostas muito confiáveis. Os Gunners continuam com a sina de vacilar quando assumem ou chegam perto da liderança; isso quando não desperdiçam pontos bobos antes de brigar pela primeira posição, como quando perderam para West Brom e Newcastle em casa. A equipe de Wenger, no final das contas, continua parecendo aquela que precisa amadurecer para chegar ao título. E sempre será enquanto o francês mantiver sua política de investir em times baratos e jovens. E os Citizens continuarão tendendo a tropeçar facilmente enquanto Mancini escalar equipes excessivamente cautelosas, como já tratado aqui.
Já o Manchester United parece ter mais força e consistência para brigar pelo título. É verdade que a temporada dos Red Devils é, até certo ponto, discreta e sem brilho. Além de lidar com problemas defensivos que tiraram pontos preciosos da equipe e quase quebraram a sua invencibilidade na competição, Sir Alex Ferguson sente falta de um líder, já que Nani, o melhor até aqui, ainda não parece ter futebol e maturidade para assumir o papel, vago pelo até agora desaparecido Rooney. Mas os resultados estão aparecendo: aproveitando os problemas do Chelsea, sendo o único a não perder até agora e mesmo conseguindo vitórias pouco vistosas e empates entediantes, já tem os mesmos 28 pontos do rival londrino.
A questão é saber até onde o Manchester United, mesmo sem brilhar, conseguirá bons resultados. Então, considerando todos os problemas pelos quais os times passam, o Chelsea continua sendo o favorito ao título. Colocando todos os problemas na balança, a sensação é a de que os Blues precisam apenas recuperar a forma inicial e voltar a ganhar jogos decisivos; conseguindo o primeiro, o segundo será apenas uma consequência. E para que isso aconteça, é fundamental a volta dos desfalques, algo que já está acontecendo.
Porém, conclusão maior do que essa é a de que não há nessa temporada um clube absoluto na Inglaterra, que possa ser considerado o grande favorito ao título. Agora, o Chelsea é apenas o favorito, seguido de perto pelo Manchester United, tendo o Manchester City e o Arsenal ameaçando os dois - e os Citizens parecem mais fortes que os Gunners, até porque já oferecem indícios de que têm mais chances de consertar os seus problemas. Nada impede, entretanto, que a briga pelo campeonato volte a se polarizar, como nos últimos anos, entre Blues e Red Devils. Na verdade, o desempenho dos seis primeiros na competição tende a essa realidade.
Imagem: The Guardian
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