Com Roberto Mancini é assim: ou o jogador mostra que pode ser titular se doando em campo, ou então vai para o banco. Recado que Robinho talvez nunca tenha entendido
Um clássico decepcionante. Foi isso o que se viu na partida entre Manchester City e Manchester United, na última quarta. Um jogo excessivamente concentrado no meio campo, com poucas chances criadas, raros momentos de emoção e dois treinadores medrosos na beira do campo. Sir Alex Ferguson, por exemplo, estava em um daqueles dias em que joga para não perder e achar um gol salvador. É verdade que não contava com jogadores importantes como Giggs e Rooney. Porém, nem isso serve de desculpa para a excessiva cautela apresentada por sua equipe. No máximo, o fato de jogar fora de casa, e olhe lá.
Entretanto, do outro lado havia alguém com atitudes ainda mais contestáveis. Se Ferguson foi responsável por mandar a campo uma equipe cautelosa, preocupando-se mais em defender, Roberto Mancini, treinador dos Citizens, escalou um time com poucos homens de frente. Sem tanto poder ofensivo, o italiano tratou de travar ainda mais o jogo, tendo em mãos um time não muito ousado e sem tanta habilidade com o objetivo de furar uma fortíssima defesa montada pelo adversário. E o ex-treinador da Inter de Milão não se empenhou muito em consertar isso: suas substituições foram extremamente conservadoras, deixando inalterado seu esquema tático e trocando titulares por reservas da mesma posição.
A quem ficou muito irritado com tal atitude, ainda mais se for um torcedor do City, aqui vai um conselho: nem tente se estressar. Pelo andar da carruagem, já parece bem claro que a equipe que foi a campo no último jogo é a base de Mancini. Doa a quem doer, seu time não se preocupa em oferecer espetáculo, e sim em ser combativo e dar o máximo que pode em campo, mesmo que isso signifique que o jogo praticado por sua esquadra não seja nada bonito.
É claro que isso revela algumas opções cornetáveis. Para perceber isso, é só ver como Mancini escala seu time do meio para a frente. A faixa central é congestionada: o polêmico volante De Jong é o responsável por destruir (literalmente) as jogadas, tendo Gareth Barry ao seu lado. Se o inglês não possui uma postura tão defensiva quanto a do holandês, também não se arrisca tanto no ataque como faz Yaya Toure, que joga a sua frente e é um dos responsáveis por criar jogadas para o argentino Carlitos Tevez, homem em quem Mancini parece mais confiar.
No papel, essa parte do time é sem dúvida excelente. Porém, escancara uma preocupante falta de poderio ofensivo e a preferência pelo combate e pela eficiência. O ponto central dessa questão é Yaya Toure. Obviamente o marfinense é um ótimo jogador. Porém, quando Mancini o escala com a responsabilidade de levar seu time ao ataque, ao mesmo tempo em que ganha ao tentar aproveitar seu porte e sua condição física, perde muito por confiar a um jogador não tão habilidoso e criativo a responsabilidade de ajudar na criação de jogadas. E aí o time todo perde, justamente em um setor importantíssimo.
Não há, no entanto, como mudar a cabeça de Mancini. Atualmente, ele vê que o êxito será alcançado com uma equipe combativa, e quem não se enquadar nesse esquema não terá vez. É por isso que Adam Johson, winger de muito futuro na seleção inglesa, muitas vezes é preterido por James Milner, ótimo jogador mas visivelmente sem a habiliade do jogo companheiro de seleção.
Da mesma forma, é por isso que Tevez é seu homem de confiança, e Adebayor, que bateu o pé para sair do Arsenal, é deixado de lado. O argentino enche os olhos de seu treinador por ser reconhecidamente um atacante brigador e que não tem medo de dividida, enquanto o togolês parece pouco disposto a conquistar o mesmo. É por isso que o italiano prefere muitas vezes escalar, num esquema com apenas um atacante, alguém sem tanto faro de gol mas que se doará ao máximo, ainda que deixe tal setor sem uma referência ou sem um homem tipicamente finalizador. Ser lutador é a questão aqui, e quem não se enquadrar, dança. Ou então vai dar um passeio definitivo ou por uns tempos fora de Manchester.
O problema é que Mancini precisa entender que nem sempre seu pensamento deve prevalecer, indo às últimas consequências. Há situações de jogo que pedem equipes mais ousadas e ofensivas, e ele deve estar ponto para fazer as adequadas mudanças no momento certo - coisa que não fez contra o Man Utd. De certa forma, ou ele entende isso da mesma forma que todos entendem que ele quer um time lutador, ou ele ganha ainda mais inimizade e começa a ver sua carreira no comando dos Citizens ameaçada.
Entretanto, do outro lado havia alguém com atitudes ainda mais contestáveis. Se Ferguson foi responsável por mandar a campo uma equipe cautelosa, preocupando-se mais em defender, Roberto Mancini, treinador dos Citizens, escalou um time com poucos homens de frente. Sem tanto poder ofensivo, o italiano tratou de travar ainda mais o jogo, tendo em mãos um time não muito ousado e sem tanta habilidade com o objetivo de furar uma fortíssima defesa montada pelo adversário. E o ex-treinador da Inter de Milão não se empenhou muito em consertar isso: suas substituições foram extremamente conservadoras, deixando inalterado seu esquema tático e trocando titulares por reservas da mesma posição.
A quem ficou muito irritado com tal atitude, ainda mais se for um torcedor do City, aqui vai um conselho: nem tente se estressar. Pelo andar da carruagem, já parece bem claro que a equipe que foi a campo no último jogo é a base de Mancini. Doa a quem doer, seu time não se preocupa em oferecer espetáculo, e sim em ser combativo e dar o máximo que pode em campo, mesmo que isso signifique que o jogo praticado por sua esquadra não seja nada bonito.
É claro que isso revela algumas opções cornetáveis. Para perceber isso, é só ver como Mancini escala seu time do meio para a frente. A faixa central é congestionada: o polêmico volante De Jong é o responsável por destruir (literalmente) as jogadas, tendo Gareth Barry ao seu lado. Se o inglês não possui uma postura tão defensiva quanto a do holandês, também não se arrisca tanto no ataque como faz Yaya Toure, que joga a sua frente e é um dos responsáveis por criar jogadas para o argentino Carlitos Tevez, homem em quem Mancini parece mais confiar.
No papel, essa parte do time é sem dúvida excelente. Porém, escancara uma preocupante falta de poderio ofensivo e a preferência pelo combate e pela eficiência. O ponto central dessa questão é Yaya Toure. Obviamente o marfinense é um ótimo jogador. Porém, quando Mancini o escala com a responsabilidade de levar seu time ao ataque, ao mesmo tempo em que ganha ao tentar aproveitar seu porte e sua condição física, perde muito por confiar a um jogador não tão habilidoso e criativo a responsabilidade de ajudar na criação de jogadas. E aí o time todo perde, justamente em um setor importantíssimo.
Não há, no entanto, como mudar a cabeça de Mancini. Atualmente, ele vê que o êxito será alcançado com uma equipe combativa, e quem não se enquadar nesse esquema não terá vez. É por isso que Adam Johson, winger de muito futuro na seleção inglesa, muitas vezes é preterido por James Milner, ótimo jogador mas visivelmente sem a habiliade do jogo companheiro de seleção.
Da mesma forma, é por isso que Tevez é seu homem de confiança, e Adebayor, que bateu o pé para sair do Arsenal, é deixado de lado. O argentino enche os olhos de seu treinador por ser reconhecidamente um atacante brigador e que não tem medo de dividida, enquanto o togolês parece pouco disposto a conquistar o mesmo. É por isso que o italiano prefere muitas vezes escalar, num esquema com apenas um atacante, alguém sem tanto faro de gol mas que se doará ao máximo, ainda que deixe tal setor sem uma referência ou sem um homem tipicamente finalizador. Ser lutador é a questão aqui, e quem não se enquadrar, dança. Ou então vai dar um passeio definitivo ou por uns tempos fora de Manchester.
O problema é que Mancini precisa entender que nem sempre seu pensamento deve prevalecer, indo às últimas consequências. Há situações de jogo que pedem equipes mais ousadas e ofensivas, e ele deve estar ponto para fazer as adequadas mudanças no momento certo - coisa que não fez contra o Man Utd. De certa forma, ou ele entende isso da mesma forma que todos entendem que ele quer um time lutador, ou ele ganha ainda mais inimizade e começa a ver sua carreira no comando dos Citizens ameaçada.
Imagem: The Telegraph
2 comentários:
Thanks :)
--
http://www.miriadafilms.ru/ приобрести фильмы
для сайта ortodoxoemoderno.blogspot.com
Me incomoda muito ver o City jogando com o Touré armando o jogo. Ele me parece ser aquele volante com boa chegada, mas que querem lhe transformar em meia armador, a diferença dele para outros exemplos, é que ele é mais durão, sem muita habilidade.
Para mim, o meio campo ideal pros Citizens seria: Barry e De Jong de volantes, Johnson na direita, Silva na esquerda, o Tévez um pouquinho mais recuado, com o Adebayor de centro-avante.
Se o Vieira tivesse melhores condições físicas, teria lugar no time.
Postar um comentário