Com o fim da Premier League, é hora de relembrar os grandes nomes da temporada. O blog montou aqui a seleção dos 11 melhores, seguida de outra lista de jogadores que também se destacaram no campeonato. Há também a lembrança aos técnicos que se destacaram. Abaixo, os escolhidos:
Edwin Van der Sar (goleiro, Manchester United) – Incrível como um jogador com 40 anos conseguiu atuar em grande estilo durante toda a temporada. Extremamente seguro, falhou raríssimas vezes – talvez seus únicos tropeços tenham sido no empate em 2 a 2 contra o West Brom em Old Trafford. Assim como Ferdinand e Vidic, foi essencial para que o time tomasse poucos gols durante a temporada.
Rafael (lateral-direito, Manchester United) – A escolha aqui foi difícil. Rafael atuou apenas 16 vezes e ainda foi preterido após uma expulsão boba contra o Tottenham e uma contusão no meio da temporada. Porém, a falta de concorrência em comparação aos outros times e as boas atuações enquanto foi titular, mostrando uma ótima dosagem entre força ofensiva e defensiva, fazem com que seu nome seja lembrado aqui.
Nemanja Vidic (zagueiro, Manchester United) – Ratificou a condição de um dos melhores zagueiros do mundo com uma temporada brilhante. Deu conta do recado enquanto Ferdinand esteve machucado liderando a defesa da equipe, ajudando no amadurecimento de Smalling e cobrindo os erros de Evans. Quando Ferdinand retornou de contusão, formou um verdadeiro paredão na defesa com o inglês. Não a toa, devido a sua grande contribuição aos titulares, tornou-se, de forma merecida, o capitão dos Red Devils.
Vincent Kompany (zagueiro, Manchester City) – Os Citizens podem ter outros zagueiros mais badalados, principalmente pela dificuldade em contratá-los, mas Kompany claramente se sobressaiu dentre todos. Com uma capacidade de marcação tão impressionante quanto a de Vidic, tornou um dos nomes indispensáveis do Manchester City, mesmo sem ter o mesmo prestígio de seus companheiros Tevez e David Silva, por exemplo.
Leighton Baines (lateral-esquerdo, Everton) – Um dos únicos jogadores da Premier League a ter atuado em todos os jogos, Baines foi essencial para a boa campanha do Everton. Quando todos os grandes nomes dos Toffees estavam machucados, o lateral se tornou um dos líderes da equipe, comandando o clube, junto com Leon Osman, a uma grande recuperação em 2011. Seus 11 passes para gols, aliás, comprovam isso. Por isso, não dá para entender como foi preterido por um Ashley Cole na escolha o time do ano, já que o jogador do Chelsea esteve bem abaixo das expectativas na temporada.
Scott Parker (meia, West Ham) – O West Ham foi rebaixado, mas não se pode esquecer da grande campanha de Parker; afinal, se quando o meia jogava, já era difícil de prever uma vitória dos londrinos, quando não entrava em campo, a derrota era quase certa. Motorzinho do meio campo dos Hammers, marcava, ajudava na saída de bola e ainda aparecia na frente para marcar belos gols. De quebra, de tanto jogar bem, finalmente cavou uma vaga entre os titulares do English Team.
Jack Wilshere (meia, Arsenal) – O jovem inglês mostrou que a experiência no Bolton fez muito bem a ele. Em sua primeira temporada completa pelo Arsenal, foi o dono do meio campo do Arsenal, superando até mesmo o irregular Fabregas. Com muita habilidade, bom poder de marcação e boa capacidade de conduzir o time ao ataque, mostrou que pode ser escalado de diversas formas. Se os Gunners precisam construir a equipe em torno de alguém, talvez não seja em cima de Fabregas, e sim de Wilshere.
Samir Nasri (meia, Arsenal) – Sem dúvidas um dos jogadores que mais cresceram nessa temporada. Enquanto Fabregas não estreava no campeonato, assumiu com maestria a condição de condutor da equipe. Quando o espanhol retornou ao time titular, se saiu muito bem como winger. Sua leve queda de rendimento após a fatídica perda da Carling Cup não apagou o brilho de sua campanha: com 10 gols marcados, foi um dos melhores jogadores na Terra da Rainha.
Rafael van der Vaart (meia, Tottenham) – Era meio difícil acreditar que acrescentaria muito ao Tottenham; afinal, o holandês não estava na melhor fase de sua carreira e os Spurs já possuíam um meio campo muito bom. Porém, Redknapp ajustou seu 4-4-2 para um 4-4-1-1, o que caiu como uma luva para van der Vaart. Jogando como homem de ligação entre o meio e o ataque, provou que sua barata contratação foi excelente, marcando 13 vezes e dando 9 passes decisivos. Também caiu de rendimento em 2011, mas ainda assim não perde vaga por aqui.
Nani (meia, Manchester United) – Um dos melhores jogadores do campeonato, também foi um dos que mais cresceram nessa temporada em relação às anteriores. Com 9 gols e 18 assistências (líder nesse quesito), foi um dos comandantes do Manchester United, principalmente enquanto Rooney não se reencontrava. Dessa forma, finalmente justificou os 25 milhões de euros gastos na sua contratação e provou que pode ser muito mais do que um típico jogador cai-cai.
Carlos Tevez (atacante, Manchester City) – Sem dúvidas o grande nome do Manchester City. Com 21 gols na temporada e 6 assistências, muitas vezes salvou os Citizens e a pele de Roberto Mancini pelas críticas à sua mentalidade defensiva. Aliás, Carlitos deve ser elogiado por outro motivo: se saiu bem demais mesmo jogando como único atacante, embora, mesmo já tendo atuado assim pelo Mancheter United, não tenha tanto porte físico para isso. Também perdeu folego na reta final do campeonato, mas ainda assim se sobressaiu em relação aos demais.
Alex Ferguson (técnico, Manchester United) – Sempre há críticas às suas escolhas, mas mostrou sua veia vencedora levando os Red Devils, poucas vezes considerados favoritos, ao título. Tem que respeitar.
Menções honrosas:
Bem Foster (goleiro, Birmingham) – O Birmingham, mesmo tendo conquistado a Carling Cup, caiu. Porém, o clube teria caído bem antes e não teria conquistado a copa nacional se não tivesse sido pelas ótimas intervenções de Foster, o melhor dos Blues na temporada.
Gary Cahill (zagueiro, Bolton) – Fez mais uma boa temporada pelo agora emergente Bolton. A diferença é que dessa vez já chega a ser cotado para ser contratado por Arsenal ou Liverpool.
Brede Hangeland (zagueiro, Fulham) – Não é uma nome badalado, mas também fez uma temporada muito boa e foi uma peça fundamental entre os titulares de Mark Hughes.
Youssuf Mulumbu (meia, West Brom) – Um dos jogadores mais importantes dos Baggies, foi incansável no seu trabalho de marcação no meio campo, provando porque é um do jogadores favoritos dos torcedores.
Luka Modric (meia, Tottenham) – Deu muita qualidade à saída de bola dos Spurs e foi a cabeça pensante na faixa central do meio. Sua grande atuação no jogo contra o Manchester United em White Hart Lane fez com que surgissem comentários de que era a peça que faltava no meio campo dos Red Devils, que carecem de qualidade pelo centro.
Charlie Adam (meia, Blackpool) – Foi o principal responsável pela resistência do Blackpool na Premier League. Um verdadeiro comandante do meio campo dos Tangerines, marcou 12 vezes e deu 9 assistências. Sem ele, sua equipe perdia mais da metade da sua força.
Gareth Bale (meia, Tottenham) – Não foi tão bem quanto a escolha para melhor do campeonato sugeriu, já que, além de ter passado um tempo machucado, seu maior brilho foi pela Champions League. Ainda assim, com 7 gols marcados, se saiu bem.
Ryan Giggs (meia, Manchester United) - A idade, incrivelmente, não o cansa. Brilhou ofensivamante junto com Nani e Berbatov durante a primeira metade de campeonato e se reinventou jogando na faixa central do meio na segunda parte da Premier League.
Robin van Persie (atacante, Arsenal) – Tem muitos méritos por ter marcado 17 gols e talvez ter sido o único a não ter tido uma queda de rendimento após a perda da Carling Cup. Se não tivesse passado tanto tempo na enfermaria, poderia ter sido artilheiro do campeonato.
Peter Odemwingie (atacante, West Brom) – Uma das maiores surpresas da Premier League, marcou 15 gols e deu 9 assistências. Além disso, sua contratação teve uma excelente relação custo/benefício, já que custou apenas 1 milhão de euros. Se não fosse por ele, os Baggies poderiam ter continuado com a fama de ioiô da Inglaterra.
Darren Bent (atacante, Sunderland/ Aston Villa) – 17 gols distribuídos entre as equipes pelas quais atuou ajudou o Sunderland a ter um ótimo aproveitamento na primeira parte do campeonato e salvou o Aston Villa de um trágico rebaixamento.
Dimitar Berbatov (atacante, Manchester United) – Foi artilheiro com 21 gols, mas seus tentos foram mal distribuídos entre 3 hat-tricks e exibições ruins. De qualquer forma, foi essencial durante a ausência de Rooney e a ambientação de Chicharito ao clube.
Javier ‘Chicharito’ Hernandez (atacante, Manchester United) – Outra grande surpresa. Ambientou-se rapidamente ao clube e, marcando diversos gols decisivos, logo se tornou muito importante aos Red Devils. Com 13 gols feitos, foi a melhor contratação da temporada.
Owen Coyle (técnico, Bolton) – Revitalizou o Bolton, mudando completamente o estilo de jogo da equipe e transformando um conjunto entediante em um dos mais legais de se ver. Pena que alguns equívocos levaram o time apenas a 14ª posição.
Ian Holloway (técnico, Blackpool) – Mostrou que equipes pequenas e com orçamento limitadíssimo não devem se restringir apenas a se defender. Por pouco, não manteve os Tangerines na Premier League.
4 comentários:
Muito bem escolhida essa seleção do Campeonato. Exatamente os mesmos nomes que eu poria em seu lugar. Quanto às menções, acho que poderia ser uma lista menos extensa, apesar de muitos merecerem-na. Mas acho, por exemplo, que Chicharito Hernández merecia algo maior,já que, na seleção, teria de lutar com Tévez por uma vaga e, assim, perderia, pois o argentino foi melhor no total de jogos.
Talvez a lista contendo às menções realmente pudesse ser menor, mas como a escolha foi difícil, ficou desse jeito, rs
Quanto ao Chicharito, se você acha que a descrição sobre ele deveria ser maior, digo que não foi só porque não quis ser tão específico ao citar os jogadores fora da seleção dos melhores da Premier League. Porém, eu não o colocaria na seleção do campeonato. Se tivesse que trocar Tevez por outro atacante ou até mesmo optar por um esquema de dois homens de frente, preferiria Van Persie, por vários motivos: importância crucial para o Arsenal, ótimas atuações o tempo todo e até mesmo o fato de ser mais jogador do que o mexicano.
Abraço!
Eu acho q ainda faltou alguns nomes nas menções, tipo Joey Barton (o melhor do Newcastle na temporada), Elmander e Kevin Davies que fizeram um começo de temporada muito bom apesar de terem caído de produção, talvez até mais jogadores do Blackpool, tipo Taylor-Fletcher, DJ Campbell e Luke Varney, Chris Brunt do West Brom... mas lógico q ñ daria p/ lembrar de todos esses na hora e alguns jogadores só fizeram um começo de campeonato bom.
Eu tenho aqui uma pergunta: será q vc poderia me informar, por favor, pq o técnico do Blackpool tirou alguns jogadores q estavam jogando bem na primeira metade do campeonato do time titular, o tipo Varney? agradeço se responder!
e o blog está muito bom! continue assim!
Pois é, DJ, fazer essa lista foi difícil, e alguns nomes ficaram de fora para não torna-la mais extensa ainda. Por exemplo, Kuyt, Raul Meireles e Dempsey quase entraram nas menções, mas por questão de "peneira", ficaram de fora.
Dos que você, citou. Joey Barton realmente poderia ter sido lembrado; DJ Campbell, pelos 13 gols na temporada, também foi um nome de destaque. Elmander, Davies e Brunt, no entanto, caíram muito de produção durante o campeonato, por isso não foram citados. Só para ter uma ideia, Brunt acumulou 10 assistências até novembro e depois só deu mais um passe decisivo para gol!
O fato de alguns jogadores do Blackpool terem sido barrados se deu justamente pela queda de rendimento de todo o time. Varney, aliás, é um dos melhores exemplos: depois de bom começo de temporada, terminou a mesma sem marcar por mais de 15 jogos. No final das contas, os pilares mais constantes foram apenas Adam e Campbell mesmo.
Ateh!
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