As lesões. São elas as principais responsáveis pelas eventuais quedas no nível técnico dos mais competitivos campeonatos. Na Premier League, que exige das equipes uma absurda intensidade, as contusões são ainda mais devastadoras. O site Physio Room faz levantamentos permanentes do status das contusões de jogadores que disputam a divisão de elite na Inglaterra. Você pode descobrir quais são os times mais deficitários do momento.
Certamente, apesar das poucas lesões atuais (o site parece desconsiderar os problemas com Glen Johnson e Fábio Aurélio), o clube mais afetado por contusões na temporada foi o Liverpool. Quer um exemplo? Veja como o time jogou no dia 20 de outubro contra o Lyon, pela Liga dos Campeões: Reina; Kelly , Carragher, Agger, Insúa; Mascherano, Lucas; Kuyt, Fábio Aurélio, Benayoun; Ngog. Não jogaram Glen Johnson, Aquilani, Riera e Fernando Torres. Gerrard saiu, lesionado, ainda no primeiro quarto do jogo.
O Liverpool, quando completo, tem um dos melhores onze iniciais da Premier League. No meu conceito, só é (levemente) inferior ao Chelsea. Mas realmente precisa que todos joguem. Quando algum jogador do que considero o quinteto-chave - Johnson, Aquilani, Gerrard, Benayoun e Torres - sai, o conjunto se desmonta. Ou se devasta, para mencionar a sensação de Gerrard quando Xabi Alonso deixou o clube.
Os conterrâneo do Liverpool também tem sua campanha prejudicada pelas contusões. Na 13ª posição, o Everton não pode contar com sete jogadores, entre os quais estão Jagielka, Pienaar, Osman e o importantíssimo e eternamente lesionado Mikel Arteta (foto 1).
Na temporada passada, o treinador David Moyes teve de conviver com um problema inusitado. Ele chegou a não ter nenhum atacante disponível por várias rodadas. A solução que encontrou foi escalar o australiano Tim Cahill ou o belga Marouane Fellaini como centroavante isolado. E até que se saiu bem, visto que os Toffees atingiram a quinta colocação na Premier League.
Apesar dos efeitos mais pesados terem acontecido na cidade de Liverpool, o atual campeão de lesões na Premier League é o Arsenal. Por outro lado, o desempenho da equipe não tem sido afetado. Das nove contusões com que convive Arsène Wenger, apenas duas acometem titulares absolutos: Clichy e Denílson, ambos com retorno previsto para o fim do mês. Com um elenco jovem, porém preparado para eventualidades, fundamental, de fato, é que Fàbregas, Arshavin e van Persie mantenham-se saudáveis.
Há ainda que se destacar a habilidade do treinador Roy Hodgson, do Fulham, para lidar com a situação. O elenco da equipe londrina não é dos mais abastados e, ao perder quatro jogadores-chave, deveria sofrer em níveis acima do aceitável. As ausências de Simon Davies, Danny Murphy, Andrew Johnson e Damien Duff (que saiu no intervalo) não impediram a boa vitória por 3 a 1 dos Cottagers diante do Liverpool. A equipe, da qual muito se esperava (algo parecido com as expectativas em torno do West Ham, de Gianfranco Zola), recuperou-se do péssimo início e já ocupa a décima posição.
Os outros candidatos a algo ambicioso no campeonato não enfrentam problemas significativos. O Manchester City já perdeu, em algum momento, Tévez, Adebayor ou Robinho, mas a tendência é que conte com todos eles para os próximos jogos. O United, por sua vez, tem em Rio Ferdinand seu desfalque mais importante, mas está claro que, contusão à parte, a fase do zagueiro da seleção inglesa não é boa. Já o Chelsea convive com pelo menos cinco ausências importantes: Ashley Cole, Kalou, Zirkhov, Bosingwa e Mikel. Mesmo assim, o desempenho dos Blues manteve-se excelente. Daí não ser clichê chamar o elenco de Stamford Bridge de "o melhor da Premier League".
Por que falar de contusões? Porque uma lesão decidiu o campeonato na temporada passada. O Liverpool terminou o ano a apenas quatro pontos do Manchester United, campeão. Absolutamente fundamental aos Reds, Fernando Torres perdeu 14 das 38 rodadas da Premier League 2008/09. É fácil associar sua ausência a vários empates tolos do conjunto de Rafa Benítez em Anfield Road. Por isso o United, de elenco mais completo (ainda mais rico do que o desta temporada), levou a taça.
A tabela de lesões é dinâmica. Por isso, talvez você fique com a impressão de que o texto é contraditório. Mas, no momento em que foi escrito, não era o caso.
Imagens: The Guardian e AP
O Liverpool, quando completo, tem um dos melhores onze iniciais da Premier League. No meu conceito, só é (levemente) inferior ao Chelsea. Mas realmente precisa que todos joguem. Quando algum jogador do que considero o quinteto-chave - Johnson, Aquilani, Gerrard, Benayoun e Torres - sai, o conjunto se desmonta. Ou se devasta, para mencionar a sensação de Gerrard quando Xabi Alonso deixou o clube.
Os conterrâneo do Liverpool também tem sua campanha prejudicada pelas contusões. Na 13ª posição, o Everton não pode contar com sete jogadores, entre os quais estão Jagielka, Pienaar, Osman e o importantíssimo e eternamente lesionado Mikel Arteta (foto 1).
Na temporada passada, o treinador David Moyes teve de conviver com um problema inusitado. Ele chegou a não ter nenhum atacante disponível por várias rodadas. A solução que encontrou foi escalar o australiano Tim Cahill ou o belga Marouane Fellaini como centroavante isolado. E até que se saiu bem, visto que os Toffees atingiram a quinta colocação na Premier League.
Apesar dos efeitos mais pesados terem acontecido na cidade de Liverpool, o atual campeão de lesões na Premier League é o Arsenal. Por outro lado, o desempenho da equipe não tem sido afetado. Das nove contusões com que convive Arsène Wenger, apenas duas acometem titulares absolutos: Clichy e Denílson, ambos com retorno previsto para o fim do mês. Com um elenco jovem, porém preparado para eventualidades, fundamental, de fato, é que Fàbregas, Arshavin e van Persie mantenham-se saudáveis.
Há ainda que se destacar a habilidade do treinador Roy Hodgson, do Fulham, para lidar com a situação. O elenco da equipe londrina não é dos mais abastados e, ao perder quatro jogadores-chave, deveria sofrer em níveis acima do aceitável. As ausências de Simon Davies, Danny Murphy, Andrew Johnson e Damien Duff (que saiu no intervalo) não impediram a boa vitória por 3 a 1 dos Cottagers diante do Liverpool. A equipe, da qual muito se esperava (algo parecido com as expectativas em torno do West Ham, de Gianfranco Zola), recuperou-se do péssimo início e já ocupa a décima posição.
Os outros candidatos a algo ambicioso no campeonato não enfrentam problemas significativos. O Manchester City já perdeu, em algum momento, Tévez, Adebayor ou Robinho, mas a tendência é que conte com todos eles para os próximos jogos. O United, por sua vez, tem em Rio Ferdinand seu desfalque mais importante, mas está claro que, contusão à parte, a fase do zagueiro da seleção inglesa não é boa. Já o Chelsea convive com pelo menos cinco ausências importantes: Ashley Cole, Kalou, Zirkhov, Bosingwa e Mikel. Mesmo assim, o desempenho dos Blues manteve-se excelente. Daí não ser clichê chamar o elenco de Stamford Bridge de "o melhor da Premier League".
Por que falar de contusões? Porque uma lesão decidiu o campeonato na temporada passada. O Liverpool terminou o ano a apenas quatro pontos do Manchester United, campeão. Absolutamente fundamental aos Reds, Fernando Torres perdeu 14 das 38 rodadas da Premier League 2008/09. É fácil associar sua ausência a vários empates tolos do conjunto de Rafa Benítez em Anfield Road. Por isso o United, de elenco mais completo (ainda mais rico do que o desta temporada), levou a taça.
A tabela de lesões é dinâmica. Por isso, talvez você fique com a impressão de que o texto é contraditório. Mas, no momento em que foi escrito, não era o caso.
Imagens: The Guardian e AP
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