No próximo domingo, o Wolverhampton recebe o Burnley no Molineux. O jogo já motiva uma das maiores polêmicas da atual temporada da Premier League. O treinador irlandês Mick McCarthy, do Wolverhamtpon, decidiu poupar dez titulares diante do Manchester United, na última terça-feira. A equipe de Alex Ferguson venceu facilmente por 3 a 0. McCarthy alegou que precisava fazer descansar seu time principal para a partida do fim de semana, um confronto direto na luta contra o rebaixamento (os Wolves ocupam a 18ª posição, enquanto o Burnley é o 13º).
McCarthy não é louco. Ele tomou a decisão pensando na própria experiência contra equipes do Big Four em 2009/10. Diante de Arsenal (no Molineux) e Chelsea (no Stamford Bridge), foram duas goleadas por 4 a 0. Antes do último final de semana, o Wolverhampton certamente planejava suas duas partidas seguintes com relativo pessimismo. A equipe enfrentaria fora de casa o Tottenham e o Manchester United. Qualquer ponto conquistado nesse par de jogos seria fantástico. Os Wolves foram a Londres, surpreenderam a Inglaterra e venceram por 1 a 0 o time de Aaron Lennon e Jermain Defoe. Kevin Doyle marcou um gol bem no início do encontro, e os Spurs impuseram ao Wolverhampton uma pressão que exigiu muito desgaste defensivo.
Com o planejamento para os dois difíceis confrontos superando as expectativas, McCarthy entendeu que o time não tinha nada a perder contra o conjunto de Alex Ferguson. Preservar sua equipe titular não representou pura falta de confiança nos jogadores. Foi apenas uma atitude racional de quem sabia que, após sofrer goleadas de Arsenal e Chelsea, seria muito complicado arrancar um ponto do United em Old Trafford. A Premier League investiga o caso, como sempre deve fazer diante de situações polêmicas. Entretanto, a menos que surja um fato comprometedor, a atitude do treinador dos Wolves parece válida
A BBC, através das palavras do jornalista Phil McNulty, mostra o outro lado da história. O articulista cita o exemplo do adversário do Wolverhampton no domingo para contestar Mick McCarthy. Ontem, o Burnley recebeu o Arsenal e empatou por 1 a 1. O treinador Owen Coyle, como já era esperado, não copiou a ideia de McCarthy e mandou a campo os seus titulares. Por isso, muitos (especialmente McNulty) dizem que os pequenos clubes "não devem levantar a bandeira branca" quando enfrentam equipes do Big Four - ainda Chelsea, Manchester United, Arsenal e Liverpool.
Concordo. É óbvio que, sempre de acordo com suas possibilidades, as equipes menores têm a obrigação de dificultar a vida dos grandes. O próprio Burnley já venceu o Manchester United na segunda rodada. E aqui entra um outro ponto fundamental. A campanha dos Clarets em casa é excelente. São cinco vitórias, três empates e uma derrota no Turf Moor, desempenho que sustenta o time fora da zona de rebaixamento. Sendo assim, Owen Coyle simplesmente decidiu apostar no que acreditava.
McCarthy, por outro lado, preferiu pensar nos seus planos. O passado, cumprido através da excelente vitória contra o Tottenham, e o futuro, em que o jogo contra o Burnley e a condição física dos seus atletas são cruciais na desgastante sequência de jogos que a Premier League sempre impõe nesta época do ano.
Observação: ainda hoje, o resumo da 17ª rodada.
Foto: Getty Images
McCarthy não é louco. Ele tomou a decisão pensando na própria experiência contra equipes do Big Four em 2009/10. Diante de Arsenal (no Molineux) e Chelsea (no Stamford Bridge), foram duas goleadas por 4 a 0. Antes do último final de semana, o Wolverhampton certamente planejava suas duas partidas seguintes com relativo pessimismo. A equipe enfrentaria fora de casa o Tottenham e o Manchester United. Qualquer ponto conquistado nesse par de jogos seria fantástico. Os Wolves foram a Londres, surpreenderam a Inglaterra e venceram por 1 a 0 o time de Aaron Lennon e Jermain Defoe. Kevin Doyle marcou um gol bem no início do encontro, e os Spurs impuseram ao Wolverhampton uma pressão que exigiu muito desgaste defensivo.
Com o planejamento para os dois difíceis confrontos superando as expectativas, McCarthy entendeu que o time não tinha nada a perder contra o conjunto de Alex Ferguson. Preservar sua equipe titular não representou pura falta de confiança nos jogadores. Foi apenas uma atitude racional de quem sabia que, após sofrer goleadas de Arsenal e Chelsea, seria muito complicado arrancar um ponto do United em Old Trafford. A Premier League investiga o caso, como sempre deve fazer diante de situações polêmicas. Entretanto, a menos que surja um fato comprometedor, a atitude do treinador dos Wolves parece válida
A BBC, através das palavras do jornalista Phil McNulty, mostra o outro lado da história. O articulista cita o exemplo do adversário do Wolverhampton no domingo para contestar Mick McCarthy. Ontem, o Burnley recebeu o Arsenal e empatou por 1 a 1. O treinador Owen Coyle, como já era esperado, não copiou a ideia de McCarthy e mandou a campo os seus titulares. Por isso, muitos (especialmente McNulty) dizem que os pequenos clubes "não devem levantar a bandeira branca" quando enfrentam equipes do Big Four - ainda Chelsea, Manchester United, Arsenal e Liverpool.
Concordo. É óbvio que, sempre de acordo com suas possibilidades, as equipes menores têm a obrigação de dificultar a vida dos grandes. O próprio Burnley já venceu o Manchester United na segunda rodada. E aqui entra um outro ponto fundamental. A campanha dos Clarets em casa é excelente. São cinco vitórias, três empates e uma derrota no Turf Moor, desempenho que sustenta o time fora da zona de rebaixamento. Sendo assim, Owen Coyle simplesmente decidiu apostar no que acreditava.
McCarthy, por outro lado, preferiu pensar nos seus planos. O passado, cumprido através da excelente vitória contra o Tottenham, e o futuro, em que o jogo contra o Burnley e a condição física dos seus atletas são cruciais na desgastante sequência de jogos que a Premier League sempre impõe nesta época do ano.
Observação: ainda hoje, o resumo da 17ª rodada.
Foto: Getty Images
2 comentários:
Ridícula, patética a atitude de Mick. Aonde já se viu, escalar reservas para um jogo difícil já com os titulares em campo? Ele poderia ter tomado um goleada bem pior, e que seria merecida. Não há outros adjetivos para a atitude desse treinador FRACO e PERDEDOR.
Abraços
Considerei válida a atitude. Não faria o mesmo, mas devo concordar que, como bem lembrou McCarthy, "a avaliação do trabalho será baseada exclusivamente na permanência ou não dos Wolves na Premier League". E ele simplesmente fez o que pensou ser mais interessante na luta pela manutenção. Até mais!
Postar um comentário