4 de setembro de 2009

O mestre dos magos

Francês de Strasbourg, Arsène Wenger foi um jogador de futebol apenas modesto. Atuou em equipes de pouca expressão no futebol francês, como o ASPV Strasbourg, por exemplo.

Foi como técnico de futebol que Wenger ganhou fama e respeito no mundo esportivo. No início da carreira como treinador, dirigiu Nancy e Mônaco ainda em solo francês, conquistando pela equipe do principado seu primeiro título: o Campeonato Francês da temporada 1987/88.

Já no extremo oriente, mais precisamente no Japão, ganhou prestígio e a alcunha de intelectual do futebol. Após duas conquistas com o Nagoya Grampus Eight em 1996, se transfere para o Arsenal, onde alcança o auge de sua carreira.

Na equipe da capital inglesa, Arsène implantou um jogo baseado no 4-4-2 ofensivo e sempre envolvente. Com uma estratégia de investir no lado mental de seus comandados, montou equipes fortes e capazes de devolver aos Gunners o orgulho e os títulos.

Arsène Wenger tem como característica não investir em contratações de jogadores caros e já consagrados. Assim como o velhinho simpático da famosa série estadunidense Caverna do Dragão, o “Mestre dos magos francês” opta pela contratação e lapidação de jovens talentos, formando seus próprios “craques heróis”. Possui hoje um elenco muito jovem, com revelações como Walcott (20 anos), Ramsey (18) e Wilshere (17). Até mesmo sua principal estrela, Cesc Fàbregas, é jovem, apenas 22 anos. Recentemente, Wenger surpreendeu a todos com a contratação da estrela russa Andrey Arshavin, então com 27 anos, praticamente um “ancião” para os padrões do treinador francês.

Conhecido por ser um o treinador cavalheiro, recebeu em 1998 o prêmio fair-play, contrastante com seu comportamento na última rodada da Premier League, em que foi expulso da partida e ainda acusou o Manchester United de praticar um “antifutebol”, abusando de faltas e encenações.

Com a renovação do seu contrato com Arsenal até o verão de 2011, se tornará o técnico com maior tempo no comando dos Gunners, marcando de vez seu nome na história do clube londrino.

Por tudo isso, Arsène Wenger é hoje uma unanimidade na lista dos maiores treinadores do mundo!

Fotos: Wordpress, Premier League

8 comentários:

Saulo disse...

Também concordo com você.

saulobotafogo.blogspot.com

Gabriel Seixas disse...

Incrível o trabalho que faz o Wenger. Merece ser coroado com um título.

Sou fã da Premier, adicionei aos meus favoritos aqui...visita e comenta no meu blog cara, tem tudo sobre futebol brasileiro e outros destaques:

http://esporteeevida.blogspot.com

Abraço, valeu!

André Vince disse...

Gabriel,
concordo que Wenger esta merecendo um titulo com seus novos garotos. So acho dificil isso acontecer nessa temporada!

Aproveite esse espaco dedicado ao futebol ingles e apareca sempre deixando seus comentarios, sugestoes e criticas!

Obrigado

André Vince disse...

Gabriel e Saulo:
Dei uma olhada nos blogs que voces dois indicaram!
Gostei!
Podemos aproveitar conteudos e ideias e melhorar nossos blogs.

Aparecam sempre

Anônimo disse...

Parabens pelo blog cara
Mto bom mesmo
Otimos comentários

Paulo Pereira disse...

Wenger é, sem dúvida, um belíssimo treinador, uma espécie de Rei Midas, capaz de transformar em ouro os jogadores que contrata. São inúmeros, numa equipa que beneficia deste talento inato para descobrir, em divisões secundárias, verdadeiros diamantes, lapidados sob o seu saber.

Agora, confesso, não sei se ele faz isto por mero prazer, característica inata, ou por necessidade, dado que o Arsenal, ao contrário dos outros emblemas que lutam pelo título, em Inglaterra, não apresenta o mesmo poderio financeiro.

Penso que foi ainda sob a sua égide, no Monaco, que o clube atingiu uma final europeia, curiosamente disputada aqui em Portugal, num Monaco-Werder Bremen.

Este ano, já dei por mim saciado perante a beleza do futebol dos gunners. Com talentos a explodir, brevemente, como Ramsey ou Wilshire, o futuro da equipa londrina parece ser risonho.

Um título acentava-lhe bem, premiando o talento precoce de alguns pequenos génios (caramba, Fabregas parece ser um veterano e ainda nem chegou aos 25 anos).

Vamos ver como se aguentam, quando as competições começarem a fazer mossa. A necessária rotatividade na equipa, quando a sobrecarga de jogos for notória, pode impedir outros feitos.

Leandrus disse...

Sou fã de Arsene Wenger, um dos meus técnicos favoritos da atualidade. A maneira como arma seu time me faz muitas vezes preferir assistir um jogo do Arsenal contra um time mediano da Premier League do que jogos de times que ultimamente têm mais chances de conquistar um título, como Man Utd e Liverpool.

Aliás, além de gostar muito do futebol ofensivo característico de suas equipes, também aprecio sua opção de contratar jogadores bem jovens e ainda baratos. Mas é aí que também me irrito com o francês. Sua equipe muitas vezes claramente carece de experiência, mas tudo que ele faz é chamar mais gente nova; experientes, só em caso de extrema urgência, como quando contratou Arshavin - e olha que demorou bastante para ele perceber que precisava contratar o russo.

Se mesclasse um pouco mais de experiência com juventude, acho que poderia dar voos bem mais altos. Para mim, isso fica visível em retas finais de campeonatos ou em jogos contra time mais fracos em que os Gunners não chegam à vitória, justamente por causa da excessiva juventude que atrapalha suas equipes.

Ateh!

Daniel Leite disse...

Vou aqui destacar dois pontos, muito bem lembrados (cada um) pelo Paulo e o Leandrus.

* Fàbregas é uma cria de Wenger. Tornar-se capitão de um dos 10 maiores clubes do mundo aos 21 anos é algo inacreditável. Talvez minha memória esteja me traindo, mas não me lembro de outro caso semelhante nos tempos atuais. Fernando Torres foi capitão do Atlético de Madrid ainda muito jovem, mas isso não parece ter o mesmo impacto. Fàbregas tem, no mínimo, mais 10 anos em altíssimo nível.

* Além do atrativo futebol comumente apresentado pelo Arsenal, chama a atenção a capacidade de Wenger de surpreender críticos. Para esta temporada, por exemplo, o que esperávamos do Arsenal? Fracasso absoluto! E não é isso que se desenha nas primeiras rodadas. Os Gunners terão de provar isto a cada fim de semana, mas, pelo início de Premier League, a equipe pode ser candidata ao título.

Até mais!