No começo de junho, 500 torcedores do Liverpool protestaram contra a possível saída de Rafa Benítez do Liverpool. Os mesmos certamente torcem para que o espanhol volte apenas seis meses após ter sido demitido
Enquanto a imprensa mundial apenas esperava o comunicado da demissão de Rafa Benítez da Inter de Milão, alguns torcedores do Liverpool se manifestavam a frente da casa do espanhol, clamando pela sua volta. Após a confirmação de sua saída do clube italiano, fóruns na internet mostravam uma torcida dividida: enquanto alguns pediam o retorno de Benitez no lugar de Roy Hodgson, outros gostariam de vê-lo bem longe de Anfield. Uma enquete no site Mirror Football, por exemplo, até o momento em que o texto era escrito, revelava que 45% dos torcedores gostariam de ter o treinador novamente, vencidos pelos 55% resistentes à sua possível chegada.
Soa estranho ver torcedores apoiando uma possível volta de Benitez – na verdade, é difícil de entender como há pessoas que querem que tal desejo se realize. Confiança excessiva em jogadores de talento duvidoso, lembranças sobre as pífias contratações feitas pelo espanhol sob o comando dos Reds, que foram até mesmo lembradas pelos ex-proprietários do clube, e constantes reclamações do atual técnico Roy Hodgson por ter herdado uma geração maldita do antigo treinador dão a impressão de que sua volta não deveria ser requisitada.
A verdade, no entanto, é que sua estadia em Anfield foi prolífica: após conquistar o bicampeonato espanhol com o Valencia, Rafa Benitez conquistou a Champions League e a Copa da Inglaterra, além de quase ter levado sua equipe ao título da Premier League e ter recolocado os ingleses novamente num posto de destaque no cenário nacional e sobretudo no cenário europeu. Ou seja: devido a esse bom retrospecto, foi sob seu comando que o Liverpool viveu um de seus melhores momentos nos últimos tempos – embora Gérard Houllier também tenha tido conquistas importantes; logo, não é de se estranhar que parte de seus torcedores esperem pelo seu retorno.
Porém, é preciso considerar um fator muito importante: Benitez foi demitido após uma péssima temporada, em que seus defeitos – más contratações, escalações e substituições precipitadas e má relacionamento com pessoas influentes no clube – foram escancarados, tornando justa a decisão de demiti-lo.
Pois bem, então por que o Liverpool o contrataria seis meses depois de deixa-lo desempregado? Ora, Benitez teve o seu tempo, conquistou títulos importantes, deixou de ganhar outros – mais notadamente a Premier League 2008-09 – e recolocou o clube no eixo europeu. Sua demissão fechou um bom ciclo de seis anos e deu espaço para que outro ciclo começasse, com outro treinador, que de preferência remodelasse a equipe principal e investisse melhor o dinheiro gasto em contratações.
Portanto, retomar o ciclo de Benitez um dia na história do Liverpool seria compreensível. Fazer isso seis meses depois de mostrar ao mundo seus defeitos até o limite seria contraditório. O espanhol, depois de seu fracasso na Inter, deveria seguir novos rumos, assim como os Reds fazem atualmente com Roy Hodgson no comando da equipe. Aliás, se o inglês estivesse num bom momento, talvez muitos não quisessem a volta do antigo treinador; Rafa tinha (e tem) a simpatia dos torcedores, ao contrário de Hodgson, que não consegue fazer seu time engrenar nem conquista a confiança de ninguém.
Imagem: The Telegraph
Soa estranho ver torcedores apoiando uma possível volta de Benitez – na verdade, é difícil de entender como há pessoas que querem que tal desejo se realize. Confiança excessiva em jogadores de talento duvidoso, lembranças sobre as pífias contratações feitas pelo espanhol sob o comando dos Reds, que foram até mesmo lembradas pelos ex-proprietários do clube, e constantes reclamações do atual técnico Roy Hodgson por ter herdado uma geração maldita do antigo treinador dão a impressão de que sua volta não deveria ser requisitada.
A verdade, no entanto, é que sua estadia em Anfield foi prolífica: após conquistar o bicampeonato espanhol com o Valencia, Rafa Benitez conquistou a Champions League e a Copa da Inglaterra, além de quase ter levado sua equipe ao título da Premier League e ter recolocado os ingleses novamente num posto de destaque no cenário nacional e sobretudo no cenário europeu. Ou seja: devido a esse bom retrospecto, foi sob seu comando que o Liverpool viveu um de seus melhores momentos nos últimos tempos – embora Gérard Houllier também tenha tido conquistas importantes; logo, não é de se estranhar que parte de seus torcedores esperem pelo seu retorno.
Porém, é preciso considerar um fator muito importante: Benitez foi demitido após uma péssima temporada, em que seus defeitos – más contratações, escalações e substituições precipitadas e má relacionamento com pessoas influentes no clube – foram escancarados, tornando justa a decisão de demiti-lo.
Pois bem, então por que o Liverpool o contrataria seis meses depois de deixa-lo desempregado? Ora, Benitez teve o seu tempo, conquistou títulos importantes, deixou de ganhar outros – mais notadamente a Premier League 2008-09 – e recolocou o clube no eixo europeu. Sua demissão fechou um bom ciclo de seis anos e deu espaço para que outro ciclo começasse, com outro treinador, que de preferência remodelasse a equipe principal e investisse melhor o dinheiro gasto em contratações.
Portanto, retomar o ciclo de Benitez um dia na história do Liverpool seria compreensível. Fazer isso seis meses depois de mostrar ao mundo seus defeitos até o limite seria contraditório. O espanhol, depois de seu fracasso na Inter, deveria seguir novos rumos, assim como os Reds fazem atualmente com Roy Hodgson no comando da equipe. Aliás, se o inglês estivesse num bom momento, talvez muitos não quisessem a volta do antigo treinador; Rafa tinha (e tem) a simpatia dos torcedores, ao contrário de Hodgson, que não consegue fazer seu time engrenar nem conquista a confiança de ninguém.
Imagem: The Telegraph
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