Para Wayne Rooney, a Copa do Mundo, além de minar suas chances de ser indicado à Bola de Ouro, só serviu para que entrasse em atrito com os torcedores ingleses
Não deixou de ser injusta a escolha dos finalistas a Bola de Ouro, divulgada na última segunda-feira. Nada contra Xavi e Iniesta, que foram muito bem durante o ano com o Barcelona e ainda levaram a Espanha ao inédito título mundial. Também nada contra Messi, que continuou jogando em alto nível, embora não tenha sido sensacional durante a Copa do Mundo, como se esperava. Porém, Sneijder não poderia ter sido esquecido: o meia holandês foi fundamental na fantástica temporada vivida pela Inter de Milão, assim como foi um dos pilares de sua seleção na África do Sul. Outro que poderia ter sido lembrado era Forlan, melhor jogador da Copa, comandante da Celeste em solo africano e consertador das besteiras feitas por Muslera no gol.
Porém, ninguém se lembra de Rooney. Com justiça, no entanto: o ano que teve, com diversos problemas dentro e fora do campo, foi para ser esquecido. Mas é cruel pensar que, até abril, no fatídico jogo contra o Bayern de Munique em que se machucou e viu sua equipe ser eliminada da Champions League, o camisa 10 do Manchester United era um dos favoritos ao prêmio de melhor do mundo.
Até então, sua fase era realmente sensacional. Era o dono do time, ofuscava qualquer jogador que tentasse ser o destaque da equipe e havia marcado tantos gols que, mesmo sem jogar a reta final da temporada, teve o seu recorde de gols na carreira; aliás, só não foi o artilheiro da Premier League porque Drogba marcou impressionantes 29 gols.
Porém, o que se viu depois daí foi um filme de horror. Como quase todos os jogadores do English Team, fez uma péssima Copa: embora tentasse ser voluntarioso, estava completamente fora de ritmo e teve atuações pífias. Na verdade, suas chances de ganhar o prêmio de melhor do mundo acabaram ali: não havia como conseguir tal feito com uma Copa ruim nas costas e vendo outros jogadores sendo mais decisivos na Champions League. E como se não as coisas não pudessem piorar, ainda viu problemas pessoais e uma novela para renovar seu contrato com os Red Devils minarem sua recuperação no começo da atual temporada. Dessa maneira, só seria finalista à Bola de Ouro se pagasse a todos da Fifa.
Rooney tem talento de sobra para reverter esse quadro e, um dia, concorrer ao prêmio dado pela Fifa. Se repetir o que fez na temporada passada - quando quase carregava seu time nas costas -, mas desta vez conquistar títulos, ficará muito perto do feito. Porém, ganhar a Champions League será quase fundamental: em anos em que não há Copa, geralmente o melhor do ano é algum jogador que se destacou na competição européia, como aconteceu com Kaká, Cristiano Ronaldo e Messi recentemente.
Mas para isso, Shrek precisa melhorar seu desempenho em campo. Rooney, embora não venha jogando mal, ainda está longe de reeditar suas grandes atuações do passado recente. Até agora, em dez jogos na temporada, marcou apenas duas vezes; no Manchester United, ainda não voltou a ser o destaque do time, posto que atualmente pertence a Nani. Porém, depois de tantos problemas e contusões, até é compreensível que não volte jogando em alto nível como antes. O que não pode acontecer é se acomodar com essa condição.
Balanço positivo - Pode-se dizer que o desempenho inglês na Champions League, até agora, é muito bom. Todos os times da Terra da Rainha passaram de fase: enquanto o Arsenal ficou em segundo no Grupo H, Chelsea e Manchester United, mesmo sem brilharem, ficaram em primeiro nos seus respectivos grupos, assim como o Tottenham. Um rendimento já melhor do que no ano passado, quando a Inglaterra viu um de seus "filhotes", o Liverpool, cair na fase de grupos.
Até o momento, é impossível relacionar Champions League e Inglaterra sem citar o Tottenham. Os Spurs são a sensação da competição: foram líderes de um grupo que tinha a Inter de Milão, bateram os italianos em White Hart Lane e ainda mostraram a toda Europa quem é Gareth Bale, destaque inicial do torneio, depois do winger atordoar o lado direito da defesa nerazzurra em ambos os confrontos. O time de Harry Redknapp pode até mesmo chegar às quartas-de-final, já que provavelmente terá um adversário mais tranquilo nas oitavas. O que não pode se dizer do Arsenal, que, por ter conseguido a proeza de ser o segundo no grupo mais fácil, provavelmente terá pela frente um dos grandes clubes europeus na próxima fase. Por isso, foi o destaque inglês negativo até aqui.
Imagem: The Guardian
Porém, ninguém se lembra de Rooney. Com justiça, no entanto: o ano que teve, com diversos problemas dentro e fora do campo, foi para ser esquecido. Mas é cruel pensar que, até abril, no fatídico jogo contra o Bayern de Munique em que se machucou e viu sua equipe ser eliminada da Champions League, o camisa 10 do Manchester United era um dos favoritos ao prêmio de melhor do mundo.
Até então, sua fase era realmente sensacional. Era o dono do time, ofuscava qualquer jogador que tentasse ser o destaque da equipe e havia marcado tantos gols que, mesmo sem jogar a reta final da temporada, teve o seu recorde de gols na carreira; aliás, só não foi o artilheiro da Premier League porque Drogba marcou impressionantes 29 gols.
Porém, o que se viu depois daí foi um filme de horror. Como quase todos os jogadores do English Team, fez uma péssima Copa: embora tentasse ser voluntarioso, estava completamente fora de ritmo e teve atuações pífias. Na verdade, suas chances de ganhar o prêmio de melhor do mundo acabaram ali: não havia como conseguir tal feito com uma Copa ruim nas costas e vendo outros jogadores sendo mais decisivos na Champions League. E como se não as coisas não pudessem piorar, ainda viu problemas pessoais e uma novela para renovar seu contrato com os Red Devils minarem sua recuperação no começo da atual temporada. Dessa maneira, só seria finalista à Bola de Ouro se pagasse a todos da Fifa.
Rooney tem talento de sobra para reverter esse quadro e, um dia, concorrer ao prêmio dado pela Fifa. Se repetir o que fez na temporada passada - quando quase carregava seu time nas costas -, mas desta vez conquistar títulos, ficará muito perto do feito. Porém, ganhar a Champions League será quase fundamental: em anos em que não há Copa, geralmente o melhor do ano é algum jogador que se destacou na competição européia, como aconteceu com Kaká, Cristiano Ronaldo e Messi recentemente.
Mas para isso, Shrek precisa melhorar seu desempenho em campo. Rooney, embora não venha jogando mal, ainda está longe de reeditar suas grandes atuações do passado recente. Até agora, em dez jogos na temporada, marcou apenas duas vezes; no Manchester United, ainda não voltou a ser o destaque do time, posto que atualmente pertence a Nani. Porém, depois de tantos problemas e contusões, até é compreensível que não volte jogando em alto nível como antes. O que não pode acontecer é se acomodar com essa condição.
Balanço positivo - Pode-se dizer que o desempenho inglês na Champions League, até agora, é muito bom. Todos os times da Terra da Rainha passaram de fase: enquanto o Arsenal ficou em segundo no Grupo H, Chelsea e Manchester United, mesmo sem brilharem, ficaram em primeiro nos seus respectivos grupos, assim como o Tottenham. Um rendimento já melhor do que no ano passado, quando a Inglaterra viu um de seus "filhotes", o Liverpool, cair na fase de grupos.
Até o momento, é impossível relacionar Champions League e Inglaterra sem citar o Tottenham. Os Spurs são a sensação da competição: foram líderes de um grupo que tinha a Inter de Milão, bateram os italianos em White Hart Lane e ainda mostraram a toda Europa quem é Gareth Bale, destaque inicial do torneio, depois do winger atordoar o lado direito da defesa nerazzurra em ambos os confrontos. O time de Harry Redknapp pode até mesmo chegar às quartas-de-final, já que provavelmente terá um adversário mais tranquilo nas oitavas. O que não pode se dizer do Arsenal, que, por ter conseguido a proeza de ser o segundo no grupo mais fácil, provavelmente terá pela frente um dos grandes clubes europeus na próxima fase. Por isso, foi o destaque inglês negativo até aqui.
Imagem: The Guardian
5 comentários:
Rooney deve tentar vir com tudo apartir do proximo ano, e se ele fazer o mesmo da temporada passada o Man United muda de cara.
A respeito do Tottenham gostaria de destacar o bom momento de Lennon, o Tottenham concerteza esta bem servido de Wingers, serias os melhores da Inglaterra hj ??? ou Nani poderia entrar nessa ???
Dantas, Nani pode ser considerado um dos melhores wingers da Inglaterra sim. Acredito até que, atualmente, está num nível acima ao de Lennon, que ainda está ofuscado por Bale nessa temporada.
Ateh!
Tambem gostaria de poder incluir Adam Jhonson e Ashley Young nesta lista de wingers mas ambos nao vem tao bem, Adam alias deveria procurar novos rumos caso continue sendo pouco aproveitado, tem potencial esse cara.
Adam Johnson certamente será um ótimo winger no futuro. Na verdade, já poderia estar na lista, se não fosse muitas vezes preterido por Mancini, que, ao colocá-lo no banco, perde a chance de dar um toque de habilidade e talento ao time e desacelera o crescimento do garoto. Porém, acho que é mais fácil esperar a saída de Mancini, algo que é capaz de acontecer caso os Citizens não conquistem algum título nessa temporada. Ou então trabalhar mais a fim de conquistar o italiano.
Quanto a Young, concordo com você. A má fase do Aston Villa fez prejudicando o rapaz. Talvez suba de produção quando o time tiver menos desfalques.
Acho que Mancini nao é o cara que o City precisa pra ganhar titulos, muito fraco para alcançar objetivos tao altos.
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