O Manchester United é, incontestavelmente, o vencedor do futebol inglês nas últimas duas décadas. Desde a criação da Premier League, em 1992, foram fantásticos 11 títulos conquistados pelo treinador Sir Alex Ferguson e por grandes nomes de uma geração inesquecível: Gary Neville, Roy Keane, Paul Scholes, Ryan Giggs, David Beckham e tantos outros sucessores.
Entretanto, as melhores campanhas da curta história da Premier League não pertencem aos Red Devils. Analisando friamente, os dois desempenhos mais impressionantes são do Chelsea de José Mourinho. Em 2004/05, temporada de estreia do treinador português, os Blues marcaram incríveis 95 pontos em 38 partidas (83,3% de aproveitamento). Logo na temporada seguinte, o clube de Stamford Bridge conquistou 91 pontos (79,8% de aproveitamento).
Ocorre que os cientistas do futebol não são matemáticos, mas passionais. Então, é impossível não incluir a campanha do Arsenal 2003/04 entre as melhores da Premier League. Arsène Wenger comandou um time de invencíveis. Os Gunners obtiveram 26 vitórias e 12 empates. Foram 90 pontos conquistados na campanha mais do que histórica. Antes deste Arsenal, apenas o Preston North End havia conseguido o título invicto no campeonato inglês. E isso foi na temporada 1888/89, quando o Preston jogou 16 vezes a menos do que o Arsenal.
Sendo assim, o Futebol Inglês: Ortodoxo e Moderno sente-se no direito de qualificar as campanhas do Arsenal em 2003/04 e do Chelsea em 2004/05 como as mais notáveis da Premier League. E nós não vamos parar por aí. É hora de dissecar as equipes, compará-las, ver qual foi a melhor.
Arsène Wenger armava o Arsenal no 4-4-2 ortodoxo inglês, conforme você pode observar na figura acima. O time era, sobretudo, muito técnico. O goleiro alemão Jens Lehmann foi bem sucedido na tarefa de substituir o lendário David Seaman. Os laterais - Lauren e Ashley Cole - tinham características ofensivas, e o zagueiro Kolo Touré tinha velocidade suficiente para fazer ótima dupla com o mais pesado Sol Campbell.
Os wingers eram muito bons. O francês Robert Pires e o sueco Fredrik Ljungberg davam velocidade e classe às laterais do Arsenal. Pela faixa central, o capitão Patrick Vieira viveu, ao lado do brasileiro Edu, o melhor ano da carreira. À frente, o holandês Dennis Bergkamp (que, na segunda metade da temporada, revezava-se com José Antonio Reyes) não precisava se esforçar. Era fácil demais jogar ao lado de Thierry Henry. O francês, em 2003/04, marcou 30 gols e distribuiu oito assistências. Henry viveu um ano fantástico e foi o melhor jogador do mundo em 2004 (opinião pessoal), embora a FIFA tenha escolhido Ronaldinho.
José Mourinho, que acabara de vencer a Champions League pelo Porto, chegou com tudo ao Chelsea em 2004. Seu time era posicionado no 4-3-3 (veja na figura ao lado). As laterais eram os pontos fracos. Paulo Ferreira, ex-jogador de Mourinho no Porto, não correspondeu às expectativas. Assim como o inglês Wayne Bridge, que, por várias vezes, viu o zagueiro William Gallas ocupar seu posto. A defesa central, porém, compensava qualquer limitação de outrem. John Terry e Ricardo Carvalho fizeram uma temporada excelente, de solidez ímpar.
À frente da zaga, jogava Claude Makelele, um dos melhores marcadores do início do século XXI. Joe Cole, por vezes, era utilizado ao lado de Frank Lampard na armação. Lampard, aliás, foi o comandante do bicampeonato inglês dos Blues. Era voluntarioso, técnico, preciso nos passes e letal nas finalizações Que jogador! Em última instância, as pontas faziam o time funcionar. O então jovem holandês Arjen Robben, de mais classe, e o irlandês Damien Duff, de mais explosão, eram o complemento perfeito ao matador Didier Drogba.
O veredicto
O Arsenal 2003/04 era mais agradável, mas o Chelsea 2004/05 era mais confiável. Era muito mais interessante ver Vieira, Pires, Ljungberg e Bergkamp tabelando rapidamente, e Henry ganhando jogos em solos magníficos. Entretanto, era muito mais seguro torcer pelo conjunto de Mourinho. Makelele, Terry e Carvalho limitaram os ataques adversários a 15 gols nas partidas contra os Blues. Isso mesmo: O time sofreu 15 gols em 38 jogos! No final das contas, o Chelsea era mais competitivo. Num eventual confronto, talvez vencesse por 2 a 1, tendo de conter o show de Henry. Mas isso é só chute, é só uma opinião. Queremos, agora, saber a sua.
Entretanto, as melhores campanhas da curta história da Premier League não pertencem aos Red Devils. Analisando friamente, os dois desempenhos mais impressionantes são do Chelsea de José Mourinho. Em 2004/05, temporada de estreia do treinador português, os Blues marcaram incríveis 95 pontos em 38 partidas (83,3% de aproveitamento). Logo na temporada seguinte, o clube de Stamford Bridge conquistou 91 pontos (79,8% de aproveitamento).
Ocorre que os cientistas do futebol não são matemáticos, mas passionais. Então, é impossível não incluir a campanha do Arsenal 2003/04 entre as melhores da Premier League. Arsène Wenger comandou um time de invencíveis. Os Gunners obtiveram 26 vitórias e 12 empates. Foram 90 pontos conquistados na campanha mais do que histórica. Antes deste Arsenal, apenas o Preston North End havia conseguido o título invicto no campeonato inglês. E isso foi na temporada 1888/89, quando o Preston jogou 16 vezes a menos do que o Arsenal.
Sendo assim, o Futebol Inglês: Ortodoxo e Moderno sente-se no direito de qualificar as campanhas do Arsenal em 2003/04 e do Chelsea em 2004/05 como as mais notáveis da Premier League. E nós não vamos parar por aí. É hora de dissecar as equipes, compará-las, ver qual foi a melhor.
Arsène Wenger armava o Arsenal no 4-4-2 ortodoxo inglês, conforme você pode observar na figura acima. O time era, sobretudo, muito técnico. O goleiro alemão Jens Lehmann foi bem sucedido na tarefa de substituir o lendário David Seaman. Os laterais - Lauren e Ashley Cole - tinham características ofensivas, e o zagueiro Kolo Touré tinha velocidade suficiente para fazer ótima dupla com o mais pesado Sol Campbell.
Os wingers eram muito bons. O francês Robert Pires e o sueco Fredrik Ljungberg davam velocidade e classe às laterais do Arsenal. Pela faixa central, o capitão Patrick Vieira viveu, ao lado do brasileiro Edu, o melhor ano da carreira. À frente, o holandês Dennis Bergkamp (que, na segunda metade da temporada, revezava-se com José Antonio Reyes) não precisava se esforçar. Era fácil demais jogar ao lado de Thierry Henry. O francês, em 2003/04, marcou 30 gols e distribuiu oito assistências. Henry viveu um ano fantástico e foi o melhor jogador do mundo em 2004 (opinião pessoal), embora a FIFA tenha escolhido Ronaldinho.
José Mourinho, que acabara de vencer a Champions League pelo Porto, chegou com tudo ao Chelsea em 2004. Seu time era posicionado no 4-3-3 (veja na figura ao lado). As laterais eram os pontos fracos. Paulo Ferreira, ex-jogador de Mourinho no Porto, não correspondeu às expectativas. Assim como o inglês Wayne Bridge, que, por várias vezes, viu o zagueiro William Gallas ocupar seu posto. A defesa central, porém, compensava qualquer limitação de outrem. John Terry e Ricardo Carvalho fizeram uma temporada excelente, de solidez ímpar.
À frente da zaga, jogava Claude Makelele, um dos melhores marcadores do início do século XXI. Joe Cole, por vezes, era utilizado ao lado de Frank Lampard na armação. Lampard, aliás, foi o comandante do bicampeonato inglês dos Blues. Era voluntarioso, técnico, preciso nos passes e letal nas finalizações Que jogador! Em última instância, as pontas faziam o time funcionar. O então jovem holandês Arjen Robben, de mais classe, e o irlandês Damien Duff, de mais explosão, eram o complemento perfeito ao matador Didier Drogba.
O veredicto
O Arsenal 2003/04 era mais agradável, mas o Chelsea 2004/05 era mais confiável. Era muito mais interessante ver Vieira, Pires, Ljungberg e Bergkamp tabelando rapidamente, e Henry ganhando jogos em solos magníficos. Entretanto, era muito mais seguro torcer pelo conjunto de Mourinho. Makelele, Terry e Carvalho limitaram os ataques adversários a 15 gols nas partidas contra os Blues. Isso mesmo: O time sofreu 15 gols em 38 jogos! No final das contas, o Chelsea era mais competitivo. Num eventual confronto, talvez vencesse por 2 a 1, tendo de conter o show de Henry. Mas isso é só chute, é só uma opinião. Queremos, agora, saber a sua.
6 comentários:
Dava gosto de ver aquele Arsenal. Era praticamente invencível e tinha um ataque incrível, com Henry praticamente voando. Fiquei muito surpreso quando vi aquele time derrotado na Liga dos Campeões 03/04 por um Chelsea que ainda estava ganhando corpo - tanto que na fase seguinte perdeu para o Monaco.
Agora, saber quem iria ganhar naquele confronto é brincadeira com a gente né? Certamente ia ser um jogo decidido nos detalhes. Mas como acho que a defesa do Chelsea era mais consistente do que a do Arsenal e o ataque dos Blues era tão perigoso quanto o dos Gunners, apostaria numa vitória da equipe de Mourinho. Mas por um placar chorado, como 1 a 0 ou 2 a 1.
Ateh!
É claro que foi brincadeira, Leandrus. Uma simulação séria seria impossível. Portanto, pensar num eventual jogo entre Arsenal 2003/04 e Chelsea 2004/05 foi apenas uma maneira de tentar escolher o melhor time (se é que existe essa possibilidade).
Quanto à eliminação do Arsenal da Champions em 2003/04, lembro que todos ficaram muitos surpresos, até pela incrível forma dos Gunners naquela temporada. Mas, logo na fase seguinte, o Chelsea voltou ao normal ao ser eliminado pelo Monaco. Normal, sim, pois o treinador era Claudio Ranieri.
Até mais!
A minha opinião? Bem, a mesma é também passional, e elege o Chelsea por motivos mais do que óbvios. Eu, ainda enlevado por 3 anos maravilhosos de Mourinho no Porto, onde tive a possibilidade de assistir, em Sevilha, e um ano mais tarde, em Gelsenkirchen, às conquistas históricas da UEFA e Champions, segui de forma apaixonada a passagem do Special One por Inglaterra.
Acho que não falharei muito se disser que assisti a praticamente todos os jogos dos blues londrinos, numa campana épica e que permitiu ao clube acabar com um jejum de 50 anos na conquista do título máximo.
Numa equipa que contava com um duo de betão, na defesa (Terry e Carvalho), com um trinco fabuloso, esse incansável Makelele, e com dois extremos rápidos e cheios de técnica (Duff e Robben), com um líder que dinamizava o jogo (Lampard) e com um avançado magnífico (o Porto tentou, sob a égide de Mourinho, contratar Drogba ao Marslha, sem sucesso), o êxito foi merecido.
Nos bons momentos passados a ver o clube de Abramovich jogar, destaco um jogo, repleto de emoção e drama. O jogo dos oitavos, frente ao Barcelona, quando um improvável 3-0 foi rapidamente colocado em 3-2, depois de um magnífico golo de Ronaldinho, para finalizar com um 4-2, marcado à beira o fim por Terry.
Era, sem dúvida, uma equipa fabulosa, criando os alicerces para transformar a equipa naquilo que ela é hoje: poderosa e respeitada.
Quanto o Arsenal, sempre respeitei e admirei a capacidade inesgotável de Wenger de maraviar o comum adepto com um futebol belo, esteticamente perfeito nas suas transições. E esse seu dom reflecte-se na criteriosa escolha de jogadores, transformados de meros desconhecidos em verdadeiras estrelas.
ps: Nota máxima para mais um trabalho excelente!
Eram dois timaços sem dúvida. Eu prefiro o time do Chelsea. Gosto de ver times bem acertados e seguros. Mas na Inglaterra eu curto o Manchester United e o Liverpool, que tem a torcida mais vibrante de todos. Abraços.
Obrigado, Paulo, pelas considerações. Entendo seu lado passional (em virtude da direta relação entre paixão x Porto x Mourinho x Chelsea), mas vejo que sua opinião é repleta de ponderações racionais. Você tem razão: o Chelsea não é apenas uma equipe financeiramente poderosa. Ao contrário de tantos outras nuvens passageiras, os Blues vieram para ficar.
Seja bem-vindo a este espaço, Guilherme. Confesso que tenho alguma simpatia pelo Liverpool, mas minha grande afeição, de fato, é pelo campeonato e o show de equilíbrio e técnica que este disponibiliza aos seus fãs.
Grande abraço!
eu prefiro o do arsenal pois como a maioria eu prefiro o futebol bonito e lembrando que o arsenal nao perdeu UM jogo!!!!no PL 03
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