O gol de Edin Dzeko na goleada sobre o Notts County, por 5 a 0, pela Copa da Inglaterra – apenas o seu segundo em oito partidas – veio em boa hora. Na semana passada, Roberto Mancini reclamou da atuação da sua mais recente contratação na partida contra o Aris, fora de casa, pela Liga Europa. Na ocasião, algumas das melhores chances dos Citizens na partida foram desperdiçadas justamente pelo bósnio.
E, de certa forma, a contribuição do camisa 10 do City ainda não agregou muito à equipe titular. Na tentativa de dar maiores opções ao seu ataque, Mancini tem tentado escalar Tevez e Dzeko juntos, o que acarretou em algumas mudanças no seu esquema; em uma dessas tentativas, o italiano, antes adepto do 4-5-1, chegou a escalar um 4-4-2 com o meio no formato de um losango. Porém, a ideia ainda não vingou: enquanto o bósnio tem tido dificuldades para marcar, o argentino só tem reforçado algumas deficiências, como uma individualidade que o impede de passar a bola para companheiros em certos momentos, além de ter seu papel no ataque levemente ofuscado.
A situação de Dzeko fica mais complicada quando se lembra que foi justamente no período de sua entrada na equipe que o Manchester City viu sua produção cair. Uma das melhores defesas do campeonato, os Citizens tomaram seis gols nos três primeiros jogos do bósnio – três deles na sua estreia, contra os Wolves. Além disso, foi nessa época que os comandados de Mancini empataram com o Birmingham, perderam para o Aston Villa e, mais tarde, para o Manchester United - esses pontos desperdiçados praticamente aniquilaram qualquer chance do City conquistar a Premier League.
Não se pode, no entanto, culpar exclusivamente Dzeko por alguns insucessos recentes do Manchester City, embora sua entrada tenha causado certos desajustes no time como um todo. O atacante chegou ao clube no meio da temporada, e obviamente precisa passar por um período de adaptação – Torres, no Chelsea, passa e deverá continuar passando pelo mesmo problema. O problema é que ele, na condição de um dos atacantes mais promissores da Europa, chegou como solução ofensiva, pronto para ajudar Tevez e Silva na missão de liderar o ataque. Logo, causa certo desconforto vê-lo não causar um grande impacto imediatamente.
A sua contratação, portanto, deve ser vista como promissora para as próximas temporadas, mas não para essa. Seria melhor que Mancini voltasse ao seu esquema que vinha antes dando certo, com Tevez centralizado e com o bósnio no banco, pronto para ajudar caso a equipe precise de maior agressividade no ataque. Ganhariam com isso os Citizens, já ajustados com a formação do começo do campeonato (ainda que ela seja excessivamente cautelosa em alguns momentos), e o jogador, que iria se adaptar aos poucos ao futebol inglês e não se queimaria com pouco tempo no clube.
Imagem: Zimbio
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