Carew foi o único destaque do Aston Villa em mais um lamentável mês de março
O norte-irlandês Martin O'Neill nasceu em 1º de março de 1952. A celebração de seu último aniversário deve ter sido contida, insossa. Afinal, ele sempre sabe que está entrando em um mês difícil. O'Neill é treinador do Aston Villa desde agosto de 2006. Portanto, acaba de passar por seu quarto mês de março no Villa Park. As duas primeiras experiências foram péssimas, sem vitórias. A de 2010, apesar de ter determinado o fim do incômodo jejum, também apresenta um saldo muito negativo. Os dois triunfos, sobre Reading (FA Cup) e Wigan (Premier League), não foram suficientes para encerrar uma mística, evitar o afastamento da corrida pela quarta posição e manter a autoestima do conjunto.
Antes da partida contra o Reading, o Aston Villa não vencia em março há 16 jogos, tendo perdido seis das últimas sete partidas. O balanço de 2010 não parece, a princípio, tão desastroso. Por todas as competições, foram duas vitórias, três empates e apenas uma derrota. Mas a verdade é que os Lions ingressam em abril destroçados pelos tropeços. Não me refiro apenas à goleada por 7 a 1 imposta pelo Chelsea agora há pouco. Falo também dos empates caseiros diante de Wolverhampton e Sunderland. O aproveitamento de somente dois pontos dos últimos nove que estiveram em jogo significa para o Villa um revés quase definitivo na luta pela vaga na Champions. A sete pontos do Tottenham, a equipe encerra o mês de modo patético e sem força para seguir adiante.
Antes da partida contra o Reading, o Aston Villa não vencia em março há 16 jogos, tendo perdido seis das últimas sete partidas. O balanço de 2010 não parece, a princípio, tão desastroso. Por todas as competições, foram duas vitórias, três empates e apenas uma derrota. Mas a verdade é que os Lions ingressam em abril destroçados pelos tropeços. Não me refiro apenas à goleada por 7 a 1 imposta pelo Chelsea agora há pouco. Falo também dos empates caseiros diante de Wolverhampton e Sunderland. O aproveitamento de somente dois pontos dos últimos nove que estiveram em jogo significa para o Villa um revés quase definitivo na luta pela vaga na Champions. A sete pontos do Tottenham, a equipe encerra o mês de modo patético e sem força para seguir adiante.
Mesmo com as duas vitórias, é bem possível que este tenha sido o pior março para Martin O'Neill. O Aston Villa parecia muito mais confiável. Antes da tragédia em Stamford Bridge, a equipe tinha a melhor defesa da Premier League, título que ostentou durante quase todo o campeonato. Nas outras temporadas, o conjunto se notabilizou pela força ofensiva e pelo desequilíbrio, sempre determinante para a queda na metade final do campeonato. Agora, com Richard Dunne, era diferente. O ex-capitão do Manchester City havia se recuperado de forma impressionante no Villa Park e liderava uma defesa segura e indigesta para os adversários. Com o quase inexplicável colapso defensivo, a equipe se tornou violável e herdou os problemas ofensivos de outros instantes da temporada.
Do ponto de vista estrutural, o Villa tem inegável vocação para o ataque. Com Milner e Petrov pela faixa central e (Ashley) Young e Downing pelas pontas, é natural que a retaguarda fique exposta. Ainda assim, a conduta da equipe em momentos recentes torna estranha a reflexão sobre os dois gols sofridos diante do Wolverhampton e, especialmente, os sete marcados pelo Chelsea. Hoje, O'Neill ainda adotou postura mais cautelosa ao deixar Downing no banco, escalar Sidwell e abrir Milner pela direita. O placar do primeiro tempo indicava vitória dos Blues por 2 a 1. Na segunda parte, o time estranhamente sucumbiu em todas as vertentes, lembrando bastante o desempenho do Sunderland na goleada do mesmo Chelsea por 7 a 2, em janeiro.
O colapso em março com um Aston Villa realmente sólido é inédito. Nas outras vezes, era um time agradável, mas visivelmente frágil em alguns pontos. Agora, o regresso da defesa aos tempos de calamidade torna ainda mais cruel a sina dos torcedores Villans. De todo modo, a queda certamente não é apenas coincidência. Assim como o Manchester United costuma crescer vertiginosamente a partir de janeiro, o Villa se habituou a cair em março. No exemplo analisado, não existe a desculpa do excesso de jogos, pois, ainda que bem nas copas nacionais, os Lions não chegaram sequer à fase de grupos da Liga Europa. Fato é que, mais uma vez, as águas de março fecham - ou quase isso - a temporada de sonhos do Aston Villa.
Foto: Reuters
Do ponto de vista estrutural, o Villa tem inegável vocação para o ataque. Com Milner e Petrov pela faixa central e (Ashley) Young e Downing pelas pontas, é natural que a retaguarda fique exposta. Ainda assim, a conduta da equipe em momentos recentes torna estranha a reflexão sobre os dois gols sofridos diante do Wolverhampton e, especialmente, os sete marcados pelo Chelsea. Hoje, O'Neill ainda adotou postura mais cautelosa ao deixar Downing no banco, escalar Sidwell e abrir Milner pela direita. O placar do primeiro tempo indicava vitória dos Blues por 2 a 1. Na segunda parte, o time estranhamente sucumbiu em todas as vertentes, lembrando bastante o desempenho do Sunderland na goleada do mesmo Chelsea por 7 a 2, em janeiro.
O colapso em março com um Aston Villa realmente sólido é inédito. Nas outras vezes, era um time agradável, mas visivelmente frágil em alguns pontos. Agora, o regresso da defesa aos tempos de calamidade torna ainda mais cruel a sina dos torcedores Villans. De todo modo, a queda certamente não é apenas coincidência. Assim como o Manchester United costuma crescer vertiginosamente a partir de janeiro, o Villa se habituou a cair em março. No exemplo analisado, não existe a desculpa do excesso de jogos, pois, ainda que bem nas copas nacionais, os Lions não chegaram sequer à fase de grupos da Liga Europa. Fato é que, mais uma vez, as águas de março fecham - ou quase isso - a temporada de sonhos do Aston Villa.
Foto: Reuters
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