A Inglaterra precisava de um bom teste. Experimentar opções táticas, definir os donos de postos ainda vagos e colocar à prova o poder de forte postulante ao título mundial eram algumas das tarefas de Fabio Capello. O Egito foi, nesse sentido, o adversário perfeito. Mesmo em Wembley, impôs muitas dificuldades, fez um primeiro tempo superior, saiu na frente e valorizou uma boa vitória inglesa por 3 a 1, conquistada na etapa final sob a batuta dos reservas Peter Crouch, com dois gols, e Shaun Wright-Phillips, com um gol e uma assistência. Vamos, então, percorrer as posições que ainda suscitam dúvidas e pensar sobre os efeitos do amistoso de hoje.
Gol. Capello foi muito conservador ao não testar Joe Hart, de 22 anos. Parece claro que, com o patamar terciário de Ben Foster no Manchester United e a ótima temporada do goleiro do Birmingham, os três que vão à Copa já foram escolhidos. Além de Hart, David James e Robert Green são as opções mais óbvias. Ainda assim, parece não existir convicção sobre quem será o titular. A tendência é que Green seja a primeira opção, mas o arqueiro do West Ham está longe de transmitir segurança. O melhor goleiro é Hart. Pela capacidade, a inexperiência e a consequente necessidade de ensaios, poderia muito bem ter atuado contra os egípcios.
Lateral direita. Na Copa, se bem fisicamente, Glen Johnson será titular. As últimas convocações e a escalação contra o Egito indicam que Wes Brown é, definitivamente, a segunda opção. Para a Inglaterra. Porque, para o Manchester United, ele é apenas a quarta escolha de Ferguson para a posição. Antes de pensar em utilizá-lo no lado direito da defesa, o escocês verifica se O'Shea, Rafael e Neville estão disponíveis. Apesar de ter quebrado o galho por ali em outras temporadas, Brown mal joga no setor e, quando o faz, joga mal. Na seleção, as exibições recentes, inclusive a de hoje, foram muito fracas. Para piorar, sua polivalência não é um argumento forte. Micah Richards é titular do Manchester City e também pode jogar na faixa central.
Lateral esquerda. Foram convocados Stephen Warnock, que já havia recebido oportunidade, e Leighton Baines, lembrado pela primeira vez. Provavelmente pela ótima temporada, o lateral do Everton foi o escolhido para a partida contra o Egito. Baines fez um jogo discreto e seguro. Defensivamente firme, o ex-jogador do Wigan foi tímido no apoio, embora tenha participado do primeiro gol inglês. É bem possível que ele seja o elemento a ocupar a vaga abdicada por Wayne Bridge. A presença de dois laterais puros sugere que Capello não pretende improvisar, como poderia fazer elegendo Lescott e Milner como alternativas a Ashley Cole. Assim, Baines é uma opção sólida e ainda pode colaborar bastante através de cobranças de faltas e escanteios.
Asa direita. Titular inconteste da posição, Aaron Lennon enfrenta uma lesão séria. Por isso, era preciso procurar alternativas que pudessem oferecer um estilo de jogo semelhante ao do meia do Tottenham. Daí Capello ter convocado Theo Walcott, em temporada fraca pelo Arsenal. No entanto, o jovem winger, que esteve na Alemanha em 2006, foi muito mal contra o Egito. Para agravar o impacto de sua infeliz jornada, Shaun Wright-Phillips, que o substituiu após o intervalo, foi protagonista da virada inglesa. A princípio, não convocaria nenhum deles. De todo modo, após a atuação de hoje, é bem plausível imaginar que Wright-Phillips assegurou seu bilhete para a África do Sul.
Ataque. Rooney, Defoe, Crouch, Heskey e Carlton Cole estavam à disposição. No primeiro tempo, o acompanhante de Rooney foi Defoe, escolha justa pelas exibições do artilheiro do Tottenham na temporada. Entretanto, a fraca produção ofensiva inglesa na metade inicial aguçou a necessidade de uma referência mais imponente. Sensato, Capello deixou Heskey e Cole no banco. Como quase sempre, a opção por Crouch funcionou. Com dois gols (o segundo, irregular), o atacante chegou a uma expressiva marca pela seleção: 20 gols em 37 jogos. A atuação serviu para ratificar o lugar na Copa do esguio e técnico atacante, injustamente tachado de mero "grandalhão desconjuntado". Rooney e Defoe também estão garantidos. A quarta vaga pode ser de Cole, Darren Bent, Gabriel Agbonlahor, Bobby Zamora ou Michael Owen. Mas, lamentável e provavelmente, acabará nos pés de Heskey.
Foto: Getty Images
Gol. Capello foi muito conservador ao não testar Joe Hart, de 22 anos. Parece claro que, com o patamar terciário de Ben Foster no Manchester United e a ótima temporada do goleiro do Birmingham, os três que vão à Copa já foram escolhidos. Além de Hart, David James e Robert Green são as opções mais óbvias. Ainda assim, parece não existir convicção sobre quem será o titular. A tendência é que Green seja a primeira opção, mas o arqueiro do West Ham está longe de transmitir segurança. O melhor goleiro é Hart. Pela capacidade, a inexperiência e a consequente necessidade de ensaios, poderia muito bem ter atuado contra os egípcios.
Lateral direita. Na Copa, se bem fisicamente, Glen Johnson será titular. As últimas convocações e a escalação contra o Egito indicam que Wes Brown é, definitivamente, a segunda opção. Para a Inglaterra. Porque, para o Manchester United, ele é apenas a quarta escolha de Ferguson para a posição. Antes de pensar em utilizá-lo no lado direito da defesa, o escocês verifica se O'Shea, Rafael e Neville estão disponíveis. Apesar de ter quebrado o galho por ali em outras temporadas, Brown mal joga no setor e, quando o faz, joga mal. Na seleção, as exibições recentes, inclusive a de hoje, foram muito fracas. Para piorar, sua polivalência não é um argumento forte. Micah Richards é titular do Manchester City e também pode jogar na faixa central.
Lateral esquerda. Foram convocados Stephen Warnock, que já havia recebido oportunidade, e Leighton Baines, lembrado pela primeira vez. Provavelmente pela ótima temporada, o lateral do Everton foi o escolhido para a partida contra o Egito. Baines fez um jogo discreto e seguro. Defensivamente firme, o ex-jogador do Wigan foi tímido no apoio, embora tenha participado do primeiro gol inglês. É bem possível que ele seja o elemento a ocupar a vaga abdicada por Wayne Bridge. A presença de dois laterais puros sugere que Capello não pretende improvisar, como poderia fazer elegendo Lescott e Milner como alternativas a Ashley Cole. Assim, Baines é uma opção sólida e ainda pode colaborar bastante através de cobranças de faltas e escanteios.
Asa direita. Titular inconteste da posição, Aaron Lennon enfrenta uma lesão séria. Por isso, era preciso procurar alternativas que pudessem oferecer um estilo de jogo semelhante ao do meia do Tottenham. Daí Capello ter convocado Theo Walcott, em temporada fraca pelo Arsenal. No entanto, o jovem winger, que esteve na Alemanha em 2006, foi muito mal contra o Egito. Para agravar o impacto de sua infeliz jornada, Shaun Wright-Phillips, que o substituiu após o intervalo, foi protagonista da virada inglesa. A princípio, não convocaria nenhum deles. De todo modo, após a atuação de hoje, é bem plausível imaginar que Wright-Phillips assegurou seu bilhete para a África do Sul.
Ataque. Rooney, Defoe, Crouch, Heskey e Carlton Cole estavam à disposição. No primeiro tempo, o acompanhante de Rooney foi Defoe, escolha justa pelas exibições do artilheiro do Tottenham na temporada. Entretanto, a fraca produção ofensiva inglesa na metade inicial aguçou a necessidade de uma referência mais imponente. Sensato, Capello deixou Heskey e Cole no banco. Como quase sempre, a opção por Crouch funcionou. Com dois gols (o segundo, irregular), o atacante chegou a uma expressiva marca pela seleção: 20 gols em 37 jogos. A atuação serviu para ratificar o lugar na Copa do esguio e técnico atacante, injustamente tachado de mero "grandalhão desconjuntado". Rooney e Defoe também estão garantidos. A quarta vaga pode ser de Cole, Darren Bent, Gabriel Agbonlahor, Bobby Zamora ou Michael Owen. Mas, lamentável e provavelmente, acabará nos pés de Heskey.
Foto: Getty Images
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