O Pompey vivia sua ruína financeira, e a escalação parecia pior a cada jogo. Owen Coyle deixava o Turf Moor rumo ao Reebok Stadium. Jimmy Bullard confirmava a fama de jogador mais propenso ao departamento médico do que ao campo. O movimento das placas futebolísticas na Inglaterra já indicava, em janeiro, quais seriam os rebaixados ao Championship. Arrisquei-me a dizer isso, aliás, em uma das colunas que escrevi para a Trivela. Apesar de haver muitos outros times frágeis, já é seguro afirmar que Portsmouth, Hull City e Burnley não devem disputar a Premier League na próxima temporada.
Curiosamente, uma vitória do Portsmouth parece ter sacramentado o fracasso do trio. Como o clube perdeu nove pontos por conta do caos financeiro-administrativo, as esperanças são meramente matemáticas. Mesmo assim, a equipe conseguiu vencer o Hull por 3 a 2, de virada. Os gols azuis foram marcados por Tommy Smith (que balançou as redes pela primeira vez no clube após 838 minutos), Nwankwo Kanu e Jamie O'Hara, emprestado pelo Tottenham e um dos poucos destaques da equipe na temporada. O resultado frustrou a estreia de Ian Dowie no comando dos Tigers. Ele substituiu o injustamente demitido Phil Brown e viu sua equipe perder uma chance incrível de aproximar-se de Wolverhampton e West Ham.
O Hull poderia ter caído já na última temporada. Um início avassalador e os problemas do Newcastle compensaram um segundo turno terrível e preocupante. Em 2009-10, Brown não encontrou boas alternativas ofensivas. Jozy Altidore, Jan Vennegoor of Hesselink, Amr Zaki: ninguém deu certo. Como Geovanni sucumbiu, a equipe marca poucos gols. A ida de Michael Turner, pilar defensivo em 2008-09, para o Sunderland também faz diferença. Assim, os Tigers têm o pior saldo de gols da Premier League: -35. Além disso, o tempo que Bullard perdeu por conta de mais uma grave lesão parece crucial para o iminente rebaixamento.
Outro resultado emblemático foi a vitória do Wigan sobre o Burnley por 1 a 0. O gol do colombiano Hugo Rodallega colocou os Latics sete pontos acima da zona de rebaixamento. Os últimos dois triunfos dos Clarets foram a 31 de outubro, na 11ª rodada, e a seis de fevereiro, na 25ª. A saída do treinador Owen Coyle causou uma queda vertiginosa do aproveitamento em casa, fator que sustentava a equipe na faixa intermediária da tabela durante o primeiro turno. Brian Laws, ex-comandante do Sheffield Wednesday, não se acertou em Burnley e já é fortemente contestado.
Quanto àqueles que devem confirmar a manutenção na Premier League:
West Ham: A temporada é desastrosa, decepcionante. O pacotão ofensivo contratado em janeiro - Ilan, Mido e McCarthy - sinaliza a indecisão de uma diretoria que se perde pelas próprias palavras. Ainda que Guille Franco jogue mais do que eu recomendaria a um time competitivo, os Hammers provavelmente não caem. E não é exagero dizer que eles devem esta quase exclusivamente às fragilidades de Portsmouth, Hull e Burnley.
Wolverhampton: Mick McCarthy é o treinador que trata a corrida contra o rebaixamento de modo mais sério. Por vezes, fundamentalista. Mas é certo que suas sandices, como a escalação de uma equipe completamente reserva contra o Manchester United, funcionam quando falamos em confrontos diretos. Os Wolves devem permanecer porque vencem quando realmente precisam.
Wigan: É difícil decifrar o Wigan. Uma equipe que derrota, com autoridade, Chelsea e Liverpool no DW Stadium e perde de modo retumbante (12 a 1 no placar agregado!) para o Tottenham merece estudo de caso. De todo jeito, Rodallega consegue marcar em quase todos os momentos decisivos. Ademais, a irregularidade e a imponderabilidade sempre foram suficientes para escapar do rebaixamento.
Bolton: Owen Coyle funcionou. Nos primeiros jogos, o ex-treinador do Burnley não fazia bom trabalho no Reebok Stadium. Seu desempenho, aliás, era muito semelhante ao do antecessor Gary Megson. No entanto, uma boa sequência - aqui destaco a vitória por 2 a 1 sobre o West Ham, no Upton Park - definitivamente afastou o Bolton da zona de rebaixamento.
Observação: A classificação da Premier League está na barra lateral do blog.
Imagem: NowGoal.com
Curiosamente, uma vitória do Portsmouth parece ter sacramentado o fracasso do trio. Como o clube perdeu nove pontos por conta do caos financeiro-administrativo, as esperanças são meramente matemáticas. Mesmo assim, a equipe conseguiu vencer o Hull por 3 a 2, de virada. Os gols azuis foram marcados por Tommy Smith (que balançou as redes pela primeira vez no clube após 838 minutos), Nwankwo Kanu e Jamie O'Hara, emprestado pelo Tottenham e um dos poucos destaques da equipe na temporada. O resultado frustrou a estreia de Ian Dowie no comando dos Tigers. Ele substituiu o injustamente demitido Phil Brown e viu sua equipe perder uma chance incrível de aproximar-se de Wolverhampton e West Ham.
O Hull poderia ter caído já na última temporada. Um início avassalador e os problemas do Newcastle compensaram um segundo turno terrível e preocupante. Em 2009-10, Brown não encontrou boas alternativas ofensivas. Jozy Altidore, Jan Vennegoor of Hesselink, Amr Zaki: ninguém deu certo. Como Geovanni sucumbiu, a equipe marca poucos gols. A ida de Michael Turner, pilar defensivo em 2008-09, para o Sunderland também faz diferença. Assim, os Tigers têm o pior saldo de gols da Premier League: -35. Além disso, o tempo que Bullard perdeu por conta de mais uma grave lesão parece crucial para o iminente rebaixamento.
Outro resultado emblemático foi a vitória do Wigan sobre o Burnley por 1 a 0. O gol do colombiano Hugo Rodallega colocou os Latics sete pontos acima da zona de rebaixamento. Os últimos dois triunfos dos Clarets foram a 31 de outubro, na 11ª rodada, e a seis de fevereiro, na 25ª. A saída do treinador Owen Coyle causou uma queda vertiginosa do aproveitamento em casa, fator que sustentava a equipe na faixa intermediária da tabela durante o primeiro turno. Brian Laws, ex-comandante do Sheffield Wednesday, não se acertou em Burnley e já é fortemente contestado.
Quanto àqueles que devem confirmar a manutenção na Premier League:
West Ham: A temporada é desastrosa, decepcionante. O pacotão ofensivo contratado em janeiro - Ilan, Mido e McCarthy - sinaliza a indecisão de uma diretoria que se perde pelas próprias palavras. Ainda que Guille Franco jogue mais do que eu recomendaria a um time competitivo, os Hammers provavelmente não caem. E não é exagero dizer que eles devem esta quase exclusivamente às fragilidades de Portsmouth, Hull e Burnley.
Wolverhampton: Mick McCarthy é o treinador que trata a corrida contra o rebaixamento de modo mais sério. Por vezes, fundamentalista. Mas é certo que suas sandices, como a escalação de uma equipe completamente reserva contra o Manchester United, funcionam quando falamos em confrontos diretos. Os Wolves devem permanecer porque vencem quando realmente precisam.
Wigan: É difícil decifrar o Wigan. Uma equipe que derrota, com autoridade, Chelsea e Liverpool no DW Stadium e perde de modo retumbante (12 a 1 no placar agregado!) para o Tottenham merece estudo de caso. De todo jeito, Rodallega consegue marcar em quase todos os momentos decisivos. Ademais, a irregularidade e a imponderabilidade sempre foram suficientes para escapar do rebaixamento.
Bolton: Owen Coyle funcionou. Nos primeiros jogos, o ex-treinador do Burnley não fazia bom trabalho no Reebok Stadium. Seu desempenho, aliás, era muito semelhante ao do antecessor Gary Megson. No entanto, uma boa sequência - aqui destaco a vitória por 2 a 1 sobre o West Ham, no Upton Park - definitivamente afastou o Bolton da zona de rebaixamento.
Observação: A classificação da Premier League está na barra lateral do blog.
Imagem: NowGoal.com
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