No início da temporada, era quase consensual a afirmação de que o elenco do Arsenal é o pior dos últimos anos. Em 2008-09, a quarta colocação na Premier League e o atropelamento imposto pelo Manchester United nas semifinais da Champions já deixavam claras as fragilidades de um time refém do tempo e da sorte. Para vencer, os Gunners precisavam, necessariamente, da evolução gradual de seus jovens jogadores. Assim, a parcela experiente do plantel seria fundamental para o processo, para sustentar as ambições do clube enquanto as apostas estivessem abertas, em desenvolvimento. As vendas de Kolo Touré e Emmanuel Adebayor para o Manchester City foram, nesse sentido, um golpe aparentemente definitivo às pretensões do Arsenal no curto prazo.
Isso, repito, no início da temporada. Agora, a análise é diferente. O progresso de Song, Diaby e Nasri é o principal símbolo da sobrevida da política de Arsène Wenger. Ainda que após algumas falhas, o Arsenal pode se orgulhar de sua posição em 2009-10, uma vez que sustenta possibilidades (ínfimas ou não, você pode interpretar) de conquistar as duas competições realmente importantes para o clube. A quatro pontos do Manchester United e a três do Chelsea na Premier League, os Gunners esperam o confronto direto entre os dois líderes e gozam de uma reta final mais tranquila. Na Champions, a equipe precisa repetir a façanha do Liverpool em 2007: vencer no Camp Nou.
Entretanto, observando a situação do time, não é difícil chegar à conclusão de que a temporada não deve terminar bem. Não é mais clichê injustificado ou mera lamentação: o índice de lesões no Emirates é abissal, incomum. Se consultarmos a tabela de contusões da Physio Room, veremos que os Gunners não ocupam a liderança em número de atletas inativos. E isso não significa rigorosamente nada. Há duas observações necessárias: o panorama é muito raro, o Arsenal quase sempre esteve entre os primeiros; os que se lesionam são justamente os jogadores-chave, que, por conta da escassez de opções, são constantemente atirados ao fogo, sem estarem totalmente recuperados de contusões anteriores.
De acordo com a previsão do portal, o Arsenal não terá Fàbregas (que já estaria fora por conta de suspensão automática), Arshavin, Gallas, Ramsey, van Persie, Gibbs e Djourou na segunda partida contra o Barcelona. A escalação poderia ser Almunia; Sagna, Gallas, Vermaelen, Clichy; Song, Diaby, Fàbregas (Ramsey); Nasri, van Persie, Arshavin. Mas certamente será Almunia; Sagna, Campbell, Vermaelen, Clichy; Song, Diaby, Nasri; Walcott, Bendtner, Rosicky. A primeira formação, mesmo com Ramsey na vaga de Fàbregas, seria capaz de derrotar, na Catalunha, o Barcelona de Gabriel Milito e Rafa Márquez. A segunda, porém, deve ser facilmente superada. Se Fàbregas fosse a única ausência, as chances de avançar seriam respeitáveis.
Por outro lado, a iminente eliminação na Champions pode ser interpretada de modo positivo. O Arsenal deve ter retornos de jogadores importantes em abril. Se o Manchester United, sem Rooney por um mês, seguir adiante, os Gunners seriam os únicos candidatos ao título inglês plenamente concentrados na Premier League. O insistente princípio da tabela mais fácil e a ainda pequena diferença para United e Chelsea criam o ambiente para uma arrancada. Ainda assim, o cenário de ontem, de três jogadores seriamente lesionados em apenas um jogo, não pode ser reeditado nem mesmo em menor escala. Hoje, não é exagero afirmar que o absurdo número de lesões custou - ou pode custar - ao Arsenal uma temporada bem-sucedida.
Imagem: Metro
Isso, repito, no início da temporada. Agora, a análise é diferente. O progresso de Song, Diaby e Nasri é o principal símbolo da sobrevida da política de Arsène Wenger. Ainda que após algumas falhas, o Arsenal pode se orgulhar de sua posição em 2009-10, uma vez que sustenta possibilidades (ínfimas ou não, você pode interpretar) de conquistar as duas competições realmente importantes para o clube. A quatro pontos do Manchester United e a três do Chelsea na Premier League, os Gunners esperam o confronto direto entre os dois líderes e gozam de uma reta final mais tranquila. Na Champions, a equipe precisa repetir a façanha do Liverpool em 2007: vencer no Camp Nou.
Entretanto, observando a situação do time, não é difícil chegar à conclusão de que a temporada não deve terminar bem. Não é mais clichê injustificado ou mera lamentação: o índice de lesões no Emirates é abissal, incomum. Se consultarmos a tabela de contusões da Physio Room, veremos que os Gunners não ocupam a liderança em número de atletas inativos. E isso não significa rigorosamente nada. Há duas observações necessárias: o panorama é muito raro, o Arsenal quase sempre esteve entre os primeiros; os que se lesionam são justamente os jogadores-chave, que, por conta da escassez de opções, são constantemente atirados ao fogo, sem estarem totalmente recuperados de contusões anteriores.
De acordo com a previsão do portal, o Arsenal não terá Fàbregas (que já estaria fora por conta de suspensão automática), Arshavin, Gallas, Ramsey, van Persie, Gibbs e Djourou na segunda partida contra o Barcelona. A escalação poderia ser Almunia; Sagna, Gallas, Vermaelen, Clichy; Song, Diaby, Fàbregas (Ramsey); Nasri, van Persie, Arshavin. Mas certamente será Almunia; Sagna, Campbell, Vermaelen, Clichy; Song, Diaby, Nasri; Walcott, Bendtner, Rosicky. A primeira formação, mesmo com Ramsey na vaga de Fàbregas, seria capaz de derrotar, na Catalunha, o Barcelona de Gabriel Milito e Rafa Márquez. A segunda, porém, deve ser facilmente superada. Se Fàbregas fosse a única ausência, as chances de avançar seriam respeitáveis.
Por outro lado, a iminente eliminação na Champions pode ser interpretada de modo positivo. O Arsenal deve ter retornos de jogadores importantes em abril. Se o Manchester United, sem Rooney por um mês, seguir adiante, os Gunners seriam os únicos candidatos ao título inglês plenamente concentrados na Premier League. O insistente princípio da tabela mais fácil e a ainda pequena diferença para United e Chelsea criam o ambiente para uma arrancada. Ainda assim, o cenário de ontem, de três jogadores seriamente lesionados em apenas um jogo, não pode ser reeditado nem mesmo em menor escala. Hoje, não é exagero afirmar que o absurdo número de lesões custou - ou pode custar - ao Arsenal uma temporada bem-sucedida.
Imagem: Metro
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