Certas posturas hipócritas são deveras irritantes. Assim agiu a Premier League quando multou o Wolverhampton em 25 mil libras por conta da escalação de 10 reservas na partida contra o Manchester United, em Old Trafford, a 15 de dezembro do ano passado. Além do (baixo) prejuízo financeiro, houve discussão e repreensão por todos os lados. Por ora, nenhuma ação prática foi tomada diante das constantes formações enfraquecidas de Roy Hodgson, que tem direcionado as atenções do Fulham para a Liga Europa, mas o insuportável debate voltou à tona.
Esportivamente, poupar jogadores de modo quase indiscriminado não é exatamente uma boa decisão. Entretanto, reitero, administrar o elenco de forma conveniente aos próprios objetivos é, necessariamente, uma faculdade de todos os treinadores. Além disso, é preciso saber por que, exatamente, o Wolverhampton foi punido. O diretor executivo do clube, Jez Moxey, levantou, nesse sentido, um debate interessante: quantas mudanças podem ser feitas em relação ao conjunto teoricamente titular?
Ora, o Manchester United, às vésperas da decisão da Champions da temporada passada, foi ao KC Stadium com um bando de reservas. A equipe já era campeã da Premier League, e seu conjunto principal precisava descansar. Trocando em miúdos: apesar de aquele resultado ter sido potencialmente decisivo na corrida contra o rebaixamento, o jogo nada valia para Alex Ferguson. Mesmo com nenhum titular, o United não foi punido. Então, só posso concluir que a definição sobre o que é inadequado não depende do número de reservas, mas das circunstâncias.
E que circunstâncias são essas? A cabeça de Mick McCarthy funciona de maneira fundamentalista quando falamos da luta contra o rebaixamento. O irlandês molda seu time e suas escolhas a um sistema racional de planejamento que se limita a deixar sua equipe à frente de outros três times. Aquele jogo contra o United, pois, não valia nada para McCarthy. Ele tinha a convicção de que, de qualquer jeito, sairia derrotado de Old Trafford. Logo, por que não se concentraria no jogo seguinte, contra o Burnley? Após a derrota por 3 a 0 contra os Red Devils, os descansados Wolves venceram seu adversário direto por 2 a 0 e, hoje, estão livres do rebaixamento.
Dessa história, os leitores do Ortodoxo e Moderno já devem estar cansados. Mas foi interessante retomá-la. Não apenas pelas boas palavras de Jez Moxey, mas também por conta de uma atitude recente da Premier League. Foi permitida a contratação por empréstimo do goleiro húngaro Martin Fulop, do Sunderland, pelo Manchester City. Com Shay Given lesionado, o clube de Eastlands ignorou seus vários arqueiros disponíveis (incluindo o feroês Gunnar Nielsen, que foi bem contra o Arsenal) e, à procura de nomes mais experientes, solicitou a instâncias superiores a permissão para integrar um atleta ao elenco fora do período para transferências. E conseguiu. O rigor não é regra. A pirraça com os Wolves foi a estranha e injusta exceção.
Imagem: Site do Wolverhampton
Esportivamente, poupar jogadores de modo quase indiscriminado não é exatamente uma boa decisão. Entretanto, reitero, administrar o elenco de forma conveniente aos próprios objetivos é, necessariamente, uma faculdade de todos os treinadores. Além disso, é preciso saber por que, exatamente, o Wolverhampton foi punido. O diretor executivo do clube, Jez Moxey, levantou, nesse sentido, um debate interessante: quantas mudanças podem ser feitas em relação ao conjunto teoricamente titular?
Ora, o Manchester United, às vésperas da decisão da Champions da temporada passada, foi ao KC Stadium com um bando de reservas. A equipe já era campeã da Premier League, e seu conjunto principal precisava descansar. Trocando em miúdos: apesar de aquele resultado ter sido potencialmente decisivo na corrida contra o rebaixamento, o jogo nada valia para Alex Ferguson. Mesmo com nenhum titular, o United não foi punido. Então, só posso concluir que a definição sobre o que é inadequado não depende do número de reservas, mas das circunstâncias.
E que circunstâncias são essas? A cabeça de Mick McCarthy funciona de maneira fundamentalista quando falamos da luta contra o rebaixamento. O irlandês molda seu time e suas escolhas a um sistema racional de planejamento que se limita a deixar sua equipe à frente de outros três times. Aquele jogo contra o United, pois, não valia nada para McCarthy. Ele tinha a convicção de que, de qualquer jeito, sairia derrotado de Old Trafford. Logo, por que não se concentraria no jogo seguinte, contra o Burnley? Após a derrota por 3 a 0 contra os Red Devils, os descansados Wolves venceram seu adversário direto por 2 a 0 e, hoje, estão livres do rebaixamento.
Dessa história, os leitores do Ortodoxo e Moderno já devem estar cansados. Mas foi interessante retomá-la. Não apenas pelas boas palavras de Jez Moxey, mas também por conta de uma atitude recente da Premier League. Foi permitida a contratação por empréstimo do goleiro húngaro Martin Fulop, do Sunderland, pelo Manchester City. Com Shay Given lesionado, o clube de Eastlands ignorou seus vários arqueiros disponíveis (incluindo o feroês Gunnar Nielsen, que foi bem contra o Arsenal) e, à procura de nomes mais experientes, solicitou a instâncias superiores a permissão para integrar um atleta ao elenco fora do período para transferências. E conseguiu. O rigor não é regra. A pirraça com os Wolves foi a estranha e injusta exceção.
Imagem: Site do Wolverhampton
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