Um fato curioso chamou a atenção na terra da rainha: nenhum jogador aceitou participar de uma campanha contra a homofobia.
A curiosidade se deve ao grande número de ações envolvendo atletas de todo o mundo no combate ao racismo - seja ele de qualquer tipo. Ainda assim, a Associação de Jogadores Profissionais Ingleses (PFA) não conseguiu encontrar um jogador sequer a aderir a essa campanha.
A não participação dos jogadores acaba com a ideia da Federação Inglesa de realizar um videoclipe com as estrelas da Premier League para encabeçar essa campanha. O diretor-geral da PFA, Gordon Taylor, disse entender o lado dos jogadores, pois temas como esse não são fáceis de se abordar. Até bem pouco tempo atrás, os "jogadores negros também não gostavam de abordar a questão racial", disse Taylor.
Muitas vezes o que impede um jogador de aderir é o fato de temer comentários maldosos. O exemplo clássico dessa situação é John Fashanu. Na década de 90, o jogador acabou assumindo sua opção sexual e foi perseguido e insultado por torcedores nos estádios, o que o fez se exilar nos Estados Unidos, onde acabou se suicidando em 1998.
Até mesmo entre os jogadores há o preconceito. Vale lembrar o caso de Rio Ferdinand, zagueiro do Manchester United e da seleção inglesa, que insultou um radialista por sua homossexualidade. Pelo menos esse episódio serviu para que Ferdinand observasse a questão com outros olhos e fosse um dos primeiros jogadores a denunciar canções homofóbicas nos estádios.
No futebol inglês, bem como em vários outros países, há a necessidade de um combate a essas atitudes racistas e discriminatórias dentro dos estádios. Sem uma política a respeito, o que se tem visto é a presença cada vez mais marcante de canções homofóbicas no cenário esportivo.
Há que se fazer algo, pois o esporte conhecido por dar iguais condições a todos praticarem - ricos, pobres, negros, brancos asiáticos, etc - não pode aceitar que atitudes como essas manchem a imagem do futebol, tão popular em todo o mundo.
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