A quarta vaga inglesa na Liga dos Campeões deve ser do Manchester City. Ao chegar a Eastlands, Roberto Mancini fez os necessários reparos defensivos, mas o ataque viveu um período difícil, de completa dependência em relação a Tévez. No entanto, após a contratação de Adam Johnson, o sistema ofensivo dos Citizens melhorou bastante até atingir um estágio demolidor. Nos últimos três jogos, os seis gols de Tévez foram acompanhados por outros oito. Três dos seis gols contra o Burnley foram marcados num intervalo de 153 segundos. Três dos cinco diante do Birmingham saíram num espaço de cinco minutos. Essa capacidade explosiva e a segurança na defesa evidenciam uma melhora considerável em relação aos tempos de Mark Hughes.
Ainda mais quando pensamos no que aconteceu hoje. O Manchester City atropelou uma das mais sólidas defesas da Inglaterra, a do Birmingham. A mesma que conteve o ataque do Liverpool na semana passada durante os minutos finais no St. Andrews. Na ocasião, David N'Gog tinha a incumbência de marcar. Assim como hoje, em Anfield, contra o Fulham. Sem o novamente lesionado Fernando Torres, o francês foi o único homem de frente dos Reds na prévia da eventual final da Liga Europa. Não houve gols. O domínio vermelho foi absurdo: 17 chutes contra apenas um dos Cottagers, recorde negativo na temporada da Premier League. Travado pela própria limitação no elenco ofensivo, o Liverpool está fora da luta pela quarta posição.
Já o Tottenham estava preocupado com a Copa da Inglaterra. Apostava em Harry Redknapp, campeão há dois anos com o Portsmouth, para levantar o troféu pela nona vez. O adversário era justamente o Pompey, mergulhado em crise financeiro-administrativa, com um elenco muito fraco e já relegado ao Championship da próxima temporada. O ligeiro domínio dos Spurs não foi suficiente para que houvesse um gol no tempo convencional em Wembley. Na prorrogação, o melhor equilíbrio do Portsmouth e uma arbitragem controversa geraram um resultado absolutamente inesperado. Com uma derrota patética por 2 a 0, o Tottenham perdeu a chance de fazer a final contra o Chelsea.
E o que isso tem a ver com a corrida por uma vaga na Champions? O resultado escancara uma característica lamentável da equipe londrina: a propensão a tropeços ridículos. Apesar de ter vencido o próprio Manchester City por 3 a 0 em White Hart Lane, os Spurs costumam se atrapalhar quando as circunstâncias são favoráveis. Nos dois jogos contra o Wolverhampton, por exemplo, a equipe não somou pontos. Aliás, nem marcou gol, perdendo os dois confrontos por 1 a 0. Tal qual o Liverpool, o Tottenham parece precisar de um domínio substancial para vencer. Quando faz jogos equilibrados, ou mesmo contra defesas muito bem postadas, o time de Redknapp geralmente não consegue triunfar.
Com o Tottenham impotente pela árdua reta final e o Liverpool excluído pela matemática, o City, também com jogos complicados até o fim, já visualiza os dois confrontos que precisa vencer: contra Aston Villa (oito pontos e um jogo a menos), 1º de maio, e o próprio Tottenham (quatro pontos e um jogo a menos), quatro dias depois. Os dois desafios serão em Manchester, o que atribui significativo favoritismo à equipe de Mancini. Endinheirados, ainda que fracassem agora, os Citizens já são a quarta força da Premier League.
A provável conquista da vaga na Champions, potencializada pelo emblemático domingo de agonia dos concorrentes e convincente goleada, não será como a fortuita campanha do Everton em 2004/05. Ela fará parte de um processo consistente, que tem um condutor (Mancini), um protagonista (Tévez) e um grande espaço livre para se desenvolver. Alex Ferguson, adversário na próxima rodada, já pode parar com as piadas e as intimidações proferidas na direção do, agora sim, rival à altura.
Imagem: The Mirror
Ainda mais quando pensamos no que aconteceu hoje. O Manchester City atropelou uma das mais sólidas defesas da Inglaterra, a do Birmingham. A mesma que conteve o ataque do Liverpool na semana passada durante os minutos finais no St. Andrews. Na ocasião, David N'Gog tinha a incumbência de marcar. Assim como hoje, em Anfield, contra o Fulham. Sem o novamente lesionado Fernando Torres, o francês foi o único homem de frente dos Reds na prévia da eventual final da Liga Europa. Não houve gols. O domínio vermelho foi absurdo: 17 chutes contra apenas um dos Cottagers, recorde negativo na temporada da Premier League. Travado pela própria limitação no elenco ofensivo, o Liverpool está fora da luta pela quarta posição.
Já o Tottenham estava preocupado com a Copa da Inglaterra. Apostava em Harry Redknapp, campeão há dois anos com o Portsmouth, para levantar o troféu pela nona vez. O adversário era justamente o Pompey, mergulhado em crise financeiro-administrativa, com um elenco muito fraco e já relegado ao Championship da próxima temporada. O ligeiro domínio dos Spurs não foi suficiente para que houvesse um gol no tempo convencional em Wembley. Na prorrogação, o melhor equilíbrio do Portsmouth e uma arbitragem controversa geraram um resultado absolutamente inesperado. Com uma derrota patética por 2 a 0, o Tottenham perdeu a chance de fazer a final contra o Chelsea.
E o que isso tem a ver com a corrida por uma vaga na Champions? O resultado escancara uma característica lamentável da equipe londrina: a propensão a tropeços ridículos. Apesar de ter vencido o próprio Manchester City por 3 a 0 em White Hart Lane, os Spurs costumam se atrapalhar quando as circunstâncias são favoráveis. Nos dois jogos contra o Wolverhampton, por exemplo, a equipe não somou pontos. Aliás, nem marcou gol, perdendo os dois confrontos por 1 a 0. Tal qual o Liverpool, o Tottenham parece precisar de um domínio substancial para vencer. Quando faz jogos equilibrados, ou mesmo contra defesas muito bem postadas, o time de Redknapp geralmente não consegue triunfar.
Com o Tottenham impotente pela árdua reta final e o Liverpool excluído pela matemática, o City, também com jogos complicados até o fim, já visualiza os dois confrontos que precisa vencer: contra Aston Villa (oito pontos e um jogo a menos), 1º de maio, e o próprio Tottenham (quatro pontos e um jogo a menos), quatro dias depois. Os dois desafios serão em Manchester, o que atribui significativo favoritismo à equipe de Mancini. Endinheirados, ainda que fracassem agora, os Citizens já são a quarta força da Premier League.
A provável conquista da vaga na Champions, potencializada pelo emblemático domingo de agonia dos concorrentes e convincente goleada, não será como a fortuita campanha do Everton em 2004/05. Ela fará parte de um processo consistente, que tem um condutor (Mancini), um protagonista (Tévez) e um grande espaço livre para se desenvolver. Alex Ferguson, adversário na próxima rodada, já pode parar com as piadas e as intimidações proferidas na direção do, agora sim, rival à altura.
Imagem: The Mirror
5 comentários:
Realmente agora ficou bem difícil da quarta vaga não ficar com o City. O Tottenham, além de demonstrar mais uma vez que tropeça nos momentos mais decisivos, parece estar numa 'mini-crise', podendo inclusive se alastrar mais e causar ´danos maiores ao clube.
O fato é que o City está cada vez mais perto da Champions. E Robinho? Será que volta, depois da Copa, e joga a Champions pelo City? Sei não...
Abs, www.diarioesportivogolaco.blogspot.com
Considero um tanto difíceis o retorno definitivo e a recuperação do posto de titular. Principalmente pelo impacto positivo de Adam Johnson. Robinho, hoje, representa pouco para o clube.
Até mais!
Olá, tenho um blog sobre o Chelsea e gostaria, se possível, de fazer parceria com este blog. Já, inclusive, adicionei como parceiro. Aguardo retorno.
http://chelseanewsbr.blogspot.com
Olá amigos, acho que vcs vão errar o dono da 4ª vaga para a UCL. Depois de derrotar Arsenal e Chelsea, estamos com muita moral.
Go Spurss...
Abraços
Olá amigos, acho que vcs vão errar o dono da 4ª vaga para a UCL. Depois de derrotar Arsenal e Chelsea, estamos com muita moral.
Go Spurss...
Abraços
Postar um comentário