Com a vitória em cima do rival Manchester United por 1 a 0, o Manchester City se classificou para a final da FA Cup, um feito que que o clube não alcançava a 30 anos. Com a chance de finalmente conquistar um título, algo visto como uma obrigação desde que os Citizens tiveram a chance de construir um grande elenco, finalmente os árabes que investem no grupo têm a oportunidade de ver o seu investimento dando resultados – ainda que não na mesma proporção.
Porém, mais do que os investidores e, obviamente, torcedores, é Roberto Mancini quem deve estar aliviado com a grande e convincente classificação. A responsabilidade do italiano a frente do grupo é tremenda, e a verdade é que ele não vinha, e talvez não venha, correspondendo às expectativas do City.
Com excelente mão de obra a sua disposição, a impressão que se tem é que Mancini poderia fazer muito mais do que já fez. Por mais que se reclame de uma deficiência ou outra isolada dentro do grupo, é fato que o clube, além de contar com Tevez, o melhor jogador da Premier League, não possui nenhuma posição realmente carente. Logo, a eliminação prematura – e evitável – da Liga Europa e a queda de produção em 2011 que tirou a equipe da disputa pelo título do campeonato nacional estavam abalando o prestígio do treinador. Para piorar, ainda tem de conviver com as críticas – justas, até – de que é cauteloso demais em certos momentos, o que acaba influenciando negativamente nos resultados dos Citizens.
Seja o adversário da final o Bolton ou o Stoke, os Blues serão os favoritos. Um possível título da FA Cup, por mais que o clube saiba que tem potencial para conquistas maiores, pode salvar a pele de Mancini e fazer com que ganhe um voto de confiança no clube, permitindo ao italiano passar mais uma temporada no City of Manchester com tranquilidade e até mesmo tempo para rever alguns conceitos. Mas uma surpreendente perda pode decretar também o fim da paciência com o italiano.
Imagem: BBC
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