3 de abril de 2011

31ª rodada - Comentários

Chicharito Hernandez e Wayne Rooney, um dos grandes nomes da rodada, levaram o Manchester United a uma grande vitória sobre o West Ham e asseguraram a liderança dos Red Devils na Premier League

A 31ª rodada foi extremamente benéfica ao Manchester United: os Red Devils venceram o West Ham de virada fora de casa e ainda se distanciaram de Chelsea e Arsenal após estes apenas empatarem seus jogos. A sete pontos do segundo colocado, os mancunianos, mesmo sem brilharem durante o campeonato, se veem cada vez mais perto do título. Na parte de baixo da tabela, destaque para Fulham, West Brom e Birmingham, que se distanciaram por um tempo da zona de rebaixamento. Abaixo, os comentários da rodada; aqui, a classificação geral.

West Ham 2 x 4 Manchester United ernanH(Noble (2); Rooney (3), Hernandez) – O maior erro do time da casa nesse jogo foi voltar para o segundo tempo com uma postura muito defensiva, após retornar a campo vencendo graças a dois gols de pênalti. Devido a isso, um rejuvenescido Manchester United, capitaneado por um voluntarioso e fantástico Rooney, sufocou e acuou o adversário até conseguir o primeiro gol, e aproveitou o momento de desespero dos Hammers, sem saber o que fazer após ver Green ser vazado pela primeira vez na partida, para reverter a situação. É pela eficiência e pelos tropeços dos rivais que os Red Devils conseguem se manter na primeira posição, agora a sete pontos do Arsenal e a onze do Chelsea. Já o West Ham está em 18º, com 32 pontos, mas possui boas chances de recuperação.

Birmingham 2 x 1 Bolton (Phillips, Gardner; Elmander) – Todos os jogadores do Birmingham terão de dar parte do bicho do jogo para Ben Foster. Melhor jogador dos Blues na temporada, o goleiro inglês fez excelentes intervenções durante períodos em que o Bolton foi muito superior e garantiu uma importante vitória para o time da casa, agora fora da zona de rebaixamento – com 34 pontos, está na 15ª posição. Já os Wanderers, depois da segunda derrota seguida em que ficaram com a sensação de que poderiam ter levado um ponto para casa, estão na 8ª posição, com 40 pontos e cada vez mais distante da Liga Europa.

Everton 2 x 2 Aston Villa (Osman, Baines; Bent (2)) – Um jogo em que ambas as equipes não saíram satisfeitas: anfitrião e visitante acharam que poderiam ter vencido e se sentiram prejudicados por lances duvidosos – o Everton, através de Beckford, teve um gol aparentemente mal anulado, e o Aston Villa teve um pênalti contra si contestado. De qualquer maneira, é bom que se saiba que os Toffees (que jogaram com um time extremamente desfalcado), mesmo em 7º, com 41 pontos, continuam tendo uma campanha irregular; enquanto isso, o Villa, em 16º, com 34 pontos, ainda tem problemas para escapar da zona de rebaixamento. Pelo menos ficou provado que Darren Bent, o melhor do jogo, está pronto para compensar os erros da frágil defesa de seu time.

Newcastle 4 x 1 Wolverhampton (Nolan, Ameobi, Lovenkrands, Gutierrez; Evanks-Blake) – O Newcastle só havia vencido uma partida nos últimos dez jogos. Os Wolves estavam há quatro jogos invictos. Logo, o resultado final da partida parece ser inexplicável. Porém, não é. Os visitantes foram surpreendidos por defenderem muito mal – algo estranho para quem estava tão bem nesse setor ultimamente – e pela grande exibição de Joey Barton, o nome do jogo. Os Magpies finalmente podem respirar um pouco: com 39 pontos, pularam para 9º. Os Wolves, agora em 19º, com 32 pontos, continuam na UTI.

Stoke 1 x 1 Chelsea (Walters; Drogba) – As duas equipes conseguiram proporcionar um jogo cheio de oportunidades e muito divertido – porém, como a partida deveria ter uma pitada do estilo rude do Stoke, também foi bem pegado. Ambos os times tiveram seus grandes momentos, tanto que Petr Cech, por ter feito defesas salvadoras e muito difíceis, pode ser considerado o nome do jogo. Fernando Torres foi levemente desmoralizado, começando a partida no banco e vendo Drogba empatar o jogo. Porém, o clube tem mais motivos para reclamar do que o azarado espanhol: em 4º e agora a 11 pontos do Manchester United, os Blues, na condição de azarões pelo título, estão numa situação ainda mais complicada na luta pela liderança. Já os Potters, na sua usual zona de segurança, é 11º, com 38 pontos.

West Brom 2 x 1 Liverpool (Brunt (2); Skrtel) – Brunt, depois de só anotar mais uma assistência após disparar em tal lista com dez passes para gol, voltou aos noticiários ao marcar dois gols de pênalti. Porém, a estrela do jogo foi Roy Hodgson. O técnico disse que o resultado não foi uma vingança ao seu ex-clube, mas certamente foi interessante vê-lo levar seu novo time a uma vitória contra o Liverpool – a primeira nos últimos dez encontros entre as equipes. Porém, mais interessante do que isso é perceber que Hodgson está invicto com o West Brom, que venceu duas vezes e empatou três com ele no comando. Na 12ª posição e com 36 pontos, os Baggies mostram que consertaram o erro de demitir Roberto Di Matteo contratando um treinador que sabia e soube montar uma equipe muito consistente e organizada. Já os Reds, em 6º, com 45 pontos, começam a se distanciar da Liga Europa.

Wigan 0 x 0 Tottenham – Na temporada passada, o Tottenham derrotou o Wigan por 9 a 1 em casa e 3 a 0 fora; na atual, perderam por 1 a 0 em White Hart Lane e empataram sem gols no DW Stadium. Porém, pior do que pensar dessa forma, é pensar que o Tottenham tem perdido diversos pontos para os times da parte de baixo da tabela, algo quase inadmissível – é justamente por isso que estão em 5º, com muitas dificuldades para entrar na zona da UCL. No jogo de ontem, tentando poupar jogadores para o confronto contra o Real Madrid, Redknapp armou o time no 4-4-2, com Defoe e Pavlyuchenko no ataque, van der Vaart voltando a compor a linha de quatro homens no meio e sem Bale (machucado) e Lennon (no banco) nas pontas. Não deu nada certo. Sorte é que o Wigan, embora tenha atuado bem, não aproveitou a oportunidade. Nada bom para que é o lanterna da Premier League.

Arsenal 0 x 0 Blackburn – Parece que alguma maldição caiu sobre o time do Arsenal desde a perda da Carling Cup. Desde então, o time tem colecionado diversas atuações muito pobres e só venceu uma de sete partidas disputadas – derrotou o nanico Leyton Orient, da League One, pela FA Cup. O jogo dessa rodada só provou como jogo dos londrinos não flui, assim como eles possuem uma dificuldade gigante para marcar gols. Agora a 7 pontos do Manchester United, na 2ª posição, os Gunners precisam de uma análise cuidadosa para que se entenda o porquê da queda vertiginosa desde o final de fevereiro. Enquanto isso, o Blackburn agradece por ter encontrado o Arsenal na em má forma: antes a seis jogos sem vencer, puderam sobreviver na luta ao rebaixamento, indo a 34 pontos e se estabelecendo na 14ª posição.

Fulham 3 x 0 Blackpool (Zamora (2), Etuhu) – Bobby Zamora marcou seus primeiros gols após a sua grave contusão sofrida no começo da temporada; coincidentemente, seu último tento antes de se machucar havia sido anotado contra o Blackpool. Os Tangerines, aliás, começam a entrar numa situação desesperadora, após mais um derrota em que voltaram a defender muito mal: só venceram uma vez no ano e estão em 17º, com 33 pontos. Já o Fulham, em 10º e com 38 pontos, continuam se recuperando muito bem no campeonato. Estranhamente, ninguém cita a ótima campanha de Mark Hughes a frente do clube após o Boxing Day, quando esteve perto de ser demitido enquanto os Cottagers estavam na zona de rebaixamento.

Manchester City 5 x 0 Sunderland (Johnson, Tevez, Silva, Vieira, Yaya Toure) – Roberto Mancini teve um acesso de loucura e finalmente escalou um time mais ofensivo, com Tevez e Balotelli sendo municiados por Silva e Johnson, finalmente entre os titulares. A nova formação deu bons resultados, com o time goleando os visitantes sem contestação alguma. Se o treinador italiano tivesse arriscado mais durante o campeonato como hoje, os Citizens poderiam estar numa situação melhor do que a atual – estão em 3º, a dez pontos do Manchester United. Já a Sunderland provou que está numa queda livre preocupante: há sete jogos sem vencer, estão em 12º, com 38 pontos. E nem adiantar culpar Bent por isso: é impossível que a saída do atacante tenha desestabilizado um clube que tem o ataque formado por Gyan e Welbeck e ainda se reforçou com Muntari e Sessegnon no meio da temporada.

Imagem: BBC

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