Vendo o West Ham atuar mal e sem conseguir deixar a zona de rebaixamento e supostamente ameaçado de demissão, Avram Grant foi à busca de reforços na janela aberta em janeiro. Tentando reforçar todos os seus setores, o israelense assegurou a aquisição de quatro jogadores; agora, colhe os frutos da investida no mercado.
Invictos há mais de um mês e tendo conquistado oito dos últimos doze pontos disputados, os Hammers deixaram a zona de rebaixamento. O time passou a jogar melhor e dá sinais de que realmente pode se manter na Premier League por mais uma temporada. Sem dúvidas, as novas caras que apareceram em Upton Park foram e estão sendo decisivas para isso.
A princípio, Demba Ba parece ter sido a melhor aquisição feita pelo West Ham. O explosivo atacante tem sido fundamental para o crescimento da equipe após ter marcado quatro vezes em seis jogos pelo time. O belo upgrade que deu ao ataque dos londrinos já suscita questionamentos na Inglaterra: afinal, dias antes de ser contratado pelo clube, o senegalês não se transferiu para o Stoke City por não ter passado nos exames médicos – embora haja boatos de que ele realmente possui uma contusão degenerativa no joelho.
As ótimas aparições de Ba no time principal até mesmo fizeram os torcedores se esquecerem da chegada por empréstimo de Robbie Keane, que estava machucado até pouco tempo e jogou pouco pelo West Ham. Porém, ao marcar um dos gols na vitória fora de casa sobre o Blackpool, mostrou que pode ajudar muito o clube enquanto tenta reconstruir sua carreira. Aliás, outro que segue o mesmo processo é Wayne Bridge, primeira aquisição dos Hammers em janeiro. Após uma estreia pífia contra o Arsenal, o lateral-esquerdo vem crescendo de produção: sua atuação contra o Tottenham no último sábado, quando conseguiu deter os avanços dos perigosos Lennon e Bale, foi digna de aplausos – é sempre bom lembrar que um de seus pontos fracos é justamente sua capacidade defensiva.
Nada, no entanto, supera a estreia que o West Ham viu no meio campo. Hitzlsperger foi contratado em julho, mas somente pode começar a jogar em fevereiro devido a duas graves contusões. Suas poucas atuações, entretanto, tem sido fantásticas: o alemão tem sido um excelente suporte a Scott Parker, tirando das costas do inglês toda a responsabilidade que tinha de armar o jogo e liderar a equipe. No final das contas, sua entrada foi frutífera a todos, até mesmo ao já excelente Parker, eleito em fevereiro o Jogador do Mês.
A entrada de Hitzlsperger, aliás, combinado com a volta de Noble, deu ótimas opções a Avram Grant. O técnico vem montando um ótimo 4-3-3, com Parker fechando o meio campo e Ba, Cole e Obinna formando o ataque. Com isso, o time tem um meio muito criativo e que sabe trocar passes e jogar com a bola no pé e um setor ofensivo muito incisivo e vigoroso, com os africanos da linha de frente municiando um Cole ameaçado por Piquionne, que, embora seja mais fraco, marcou mais vezes. No geral, é um time perigoso na frente e que compensa certa fragilidade defensiva que não foi capaz de ser totalmente corrigida com contratações.
Antes cotadíssimo para cair, o West Ham pode ver a sonho de permanecer na Premier League se tornar realidade. Porém, a sequência dos oito jogos restantes é complicada: os Hammers terão de Manchester United, Chelsea e Manchester City – os dois últimos fora de casa. Mais do que nunca, além de contar com a força dos últimos reforços, terão de conquistar o máximo de pontos possíveis contra Aston Villa (casa), Blackburn (casa) e Wigan (fora) todos concorrentes diretos na luta contra o descenso.
Imagem: Goal
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